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Como montar uma loja de fogos de artifício?

Como montar uma loja de fogos de artifício?

Mesmo em momentos de crise, empreender pode ser uma boa opção para subir no mercado. Com este texto, você vai conhecer melhor os fogos de artifício, os contextos e características deste mercado, quais cuidados deve tomar e quais obrigações deve cumprir. Lembre-se que é sempre muito importante planejar e refletir sobre todas as suas ações e estratégias, para que elas tenham grande rendimento.

O que são fogos de artifício? 

Fogos de artifício são artefatos explosivos luminosos utilizados para celebrar datas especiais, acontecimentos e conquistas. O uso destes instrumentos já é comum desde a idade antiga, mas continua em alta para comemorações até nos dias de hoje. A palavra “artifício” que acompanha “fogos” pode ter duas raízes. Uma delas é o “artificial”, como se fossem luzes que imitam os fogos causados pelos tiros da guerra. A outra vertente acredita que a palavra venha de “artifex” que significa artesão, trabalhador.

Quem vende fogos de artifício pode se engajar em dois tipos de negócio: ou vende no varejo para o consumidor final ou no atacado para outros lojistas, ou empreende a própria empresa na realização de shows pirotécnicos.

Atenção: fogos de artifício são um produto perigoso. Justamente por isso, sua venda é controlada e a legislação implica obrigações adicionais ao lojista do que as convencionais para demais mercados. Além da burocracia, é indispensável ter cuidado constante no armazenamento, manuseio, transporte e logística destes produtos.

Mercado dos fogos de artifício 

Antes de tudo, é importante ressaltar que a obtenção das licenças específicas para a comercialização de fogos de artifício é um bocado morosa e complicada. Isto tem duas consequências, uma ruim e uma boa. A ruim é que lhe custará perseverança e tempo para conseguir regulamentar toda a situação de sua empresa. A boa é que nem todos os possíveis empreendedores têm a paciência necessária para lidar com este processo e acabam desistindo no meio do caminho, o que significa uma menor concorrência para seu negócio.

O brasileiro é um povo que gosta de festa, e esse detalhe é fundamental para o sucesso de seu negócio. Réveillon e Natal consomem toneladas de fogos de artifício anualmente. As festas populares que pipocam em todo o país também dão vazão a este mercado. A ASSOBRAPI (Associação Brasileira de Pirotecnia) estima que pelo menos 30% dos fogos de artifício consumidos no país sejam destinados às festas juninas. Apaixonados por futebol, os brasileiros também costumam comemorar o gol do time do coração com muita festa e pirotecnia.

A estrutura da empresa 

Para desenvolver toda a estrutura de sua empresa, desde a física até o pessoal, matérias primas e vendas, é necessário estudo de contexto e de possibilidades. Vamos falar primeiro da localização: é muito importante levar em conta a relação entre custo e benefício do ponto em que pretende instalar sua loja. Considere vários fatores – local adequado, imóvel em boas condições e que favoreça o negócio, a análise da oferta do mesmo produto nas proximidades (concorrência), facilidade para carga e descarga, destaque visual, etc.

Considerando o risco do produto, que pode ser classificado como A, B, C e D de acordo com o potencial explosivo, pense em um imóvel que possa ser ao mesmo tempo seguro e prático para seu negócio. Lembre-se também que a lei determina uma distância mínima entre comércios desta espécie e locais como escolas, asilos, hospitais e depósitos de inflamáveis. Para maiores detalhes em relação à regulamentação, acesse o Regulamento para Produtos Controlados (R-105) junto ao Corpo de Bombeiros.

Burocracia

Atenção para as exigências burocráticas. Primeiro, registre-se nos seguintes órgãos: Junta Comercial, Receita Federal, Secretaria Estadual da Fazenda, Prefeitura (alvará de funcionamento), Entidade Sindical Patronal, INSS/FGTS, Corpo de Bombeiros. Requer a visita de autoridades da prefeitura no local de instalação da loja e obtenha o alvará de funcionamento junto à autoridade responsável no seu estado. Após a obtenção do alvará, realize a efetivação de sua licença junto ao Departamento de Armas, Munições e Explosivos (DAME).

Se você também quiser oferecer shows pirotécnicos, é necessária uma licença de certificado do Registro R-105, retirada junto ao Exército Brasileiro. Nesses shows, é necessária a operação de um profissional chamado “Bláster”, um profissional habilitado de acordo com a Secretaria de Segurança Pública de cada estado.

Com relação aos recursos humanos, tudo varia de acordo com o porte da empresa. Para uma loja de fogos de artifício pequena, dois funcionários costumam ser suficientes, onde normalmente um deles é o proprietário. Lembre-se que é importante o trabalho do contador para a prestação de contas à Receita. Com o crescimento da demanda e do rendimento, considere contratar mais funcionários. E lembre-se que, se for realizar shows pirotécnicos, contrate pelo menos um Bláster.

Para os equipamentos utilizados na loja, também existem especificidades. Os vidros das vitrines, por exemplo, devem ser temperados. Em caso de explosões, ele não fará estilhaços e será mais seguro, juntamente a prateleiras que não entrem em chamas. Invista em bons equipamentos para o escritório e, para shows pirotécnicos, compre também pelo menos uma mesa de controle e detonadores de qualidade, para evitar acidentes.

Normalmente, o comércio de fogos de artifício, se respeitadas as condições, é seguro e não apresenta falhas. Mas, em todo caso, considere contratar um seguro para cobrir perda de material em caso de explosões ou incêndios.

Loja de fogos de artifício pode ser MEI?

Não, uma loja de fogos de artifício se enquadra no CNAE 4789-0/06 – Comércio varejista de fogos de artifício e artigos pirotécnicos, que não pode ser MEI.

Administre bem a sua empresa

Mesmo com todas as exigências devidamente cumpridas, é fundamental não descuidar nunca da gestão da empresa para que os rendimentos sejam maiores. Informatize toda a sua parte administrativa com um software como o eGestor. Online e prático, o programa tem vários módulos que vão facilitar o acompanhamento das finanças do seu negócio, e até mesmo gerar Nota Fiscal Eletrônica.

Conclusão

Portanto, investir em um negócio de fogos de artifício pode ser lucrativo, devido a alta demanda, pois são materiais ainda muito utilizados para celebrar datas comemorativas e acontecimentos importantes. Mas por ser um material explosivo, é imprescindível ter muito cuidado ao comercializar este objeto. A legislação e a questão burocrática devem ser cumpridas rigorosamente não só para poder abrir o empreendimento, mas para exercer este serviço com o máximo de segurança. Além da questão burocrática, é preciso ficar atento à localização do negócio, já que a lei determina que este tipo de estabelecimento precisa estar a uma distância mínima de locais como escolas, hospitais e asilos, por exemplo.

Como montar uma loja de instrumentos musicais?

Como montar uma loja de instrumentos musicais?

A música é uma paixão que causa as mais diversas emoções em pessoas de todos os lugares do mundo. Este interesse faz com que surjam cada vez mais músicos, sempre em busca do melhor material para produzir suas músicas com a melhor qualidade.

Desta forma, investir em uma loja de instrumentos musicais pode significar um excelente empreendimento, com chances de lucros reais. No entanto, assim como em qualquer outro empreendimento, é necessário que se estude todos os aspectos deste investimento. Analisando as diversas possibilidades e oportunidades que podem ser cruciais para o sucesso desta loja.

Análise de mercado e planejamento

O primeiro passo para a implementação de uma loja de instrumentos musicais é a definição de qual o público que esta loja irá atender. Os instrumentos musicais são divididos em diferentes tipos, como instrumentos de corda, sopro, percussão ou eletrônicos. Isto significa que uma loja pode ser especializada em um determinado tipo de instrumento ou disponibilizar todos eles a seus clientes.

Caso opte por disponibilizar apenas um destes tipos de instrumentos, a loja irá atender a um público alvo mais específico. Enquanto no caso de optar por uma variedade de instrumentos poderá contar com um público alvo maior. E  consequentemente irá atingir o máximo de clientes possíveis.

Esta definição implicará diretamente no passo seguinte, com a definição dos fornecedores. Ou seja, onde serão comprados os materiais que serão disponibilizados pela loja? É importante considerar que de acordo com o público alvo desta loja devem ser disponibilizados diferentes tipos de instrumentos. Para que possam atender tanto músicos amadores quanto profissionais. Garantindo que possam trabalhar de acordo com suas necessidades.

Loja de instrumentos musicais pode ser MEI?

Sim, a loja de instrumentos musicais de CNAE 4756-3/00 – Comércio varejista especializado de instrumentos musicais e acessórios, pode ser MEI.

Localização

A localização da loja também é fundamental para que obtenha bons resultados. Escolher  um local de fácil acesso fará com que os clientes considerem esta loja como a primeira opção para verificar os preços e materiais disponíveis. Desta forma deve haver um planejamento do local onde o empreendimento será aberto. Para isto deve-se consideradas as facilidades e dificuldades que os clientes terão para chegar à loja.

A definição da localização também deverá levar em conta o espaço físico necessário para que os instrumentos sejam dispostos da melhor forma possível na loja. Para isso será  necessário que no local escolhido possa ser instalada a loja da forma adequada. A estrutura será importantíssima para que se monte a loja de modo que, além dos produtos ficarem bem expostos, os clientes tenham espaço suficiente para observar e serem bem atendidos de maneira confortável, sem dificuldades de locomoção pela loja.

Após a definição do local e materiais que serão disponibilizados na loja, o passo seguinte é a formação da equipe que irá atuar atendendo aos clientes. A escolha da equipe de funcionários é um dos passos mais importantes passos do planejamento. É importante que se componha uma equipe de trabalho bem qualificada para realizar este atendimento. Mas além disso, que também entenda de música e saiba orientar os clientes quanto aos instrumentos disponíveis. Assim como orienta-los a escolher os mais adequados para cada caso.

Treinamento da equipe

Além desta definição da equipe, deve haver um constante treinamento, especialmente quanto às novidades e lançamentos de novos instrumentos musicais. Desta forma, é possível não apenas oferecer o melhor aos clientes, mas também informá-los sobre o funcionamento de cada instrumento disponível na loja.

Realizadas estas etapas de planejamento a loja estará pronta para começar a atender ao público. Neste momento há um novo passo a ser realizado: a divulgação. Como todo novo empreendimento, uma nova loja precisa atrair novos clientes. Ou seja, precisa  ser chamativa ao público. No início das atividades uma boa alternativa é apostar em preços promocionais e descontos que possam levar os músicos a conhecer os produtos disponíveis.

Neste ramo, na música, é fundamental que se mantenha sempre o trabalho de divulgação, mesmo após o período inicial de funcionamento. Uma opção é apostar no patrocínio e realização de eventos, os quais poderão contar inclusive com a presença de músicos clientes da loja. Esta ação vai criar um elo com seu público, podendo gerar resultados altamente positivos.

Controle financeiro e acompanhamento dos números

Mesmo após a loja iniciar seu funcionamento e estabelecer sua clientela, firmando-se no mercado, ainda existe uma etapa importante do trabalho a ser realizada, o acompanhamento financeiro. Apenas com conhecimento pleno dos números da empresa se poderá identificar se é realmente lucrativa e rentável.

No entanto, este acompanhamento financeiro pode ser trabalhoso e difícil de realizar. Para auxiliar neste trabalho existem softwares de gestão que possibilitam uma visualização mais rápida destes números. Um exemplo de software de gestão que pode ser utilizado neste trabalho é o eGestor, que também diminuirá a chance de erros de cálculos neste processo.

O controle financeiro é de fundamental importância para que uma loja de instrumentos musicais possa seguir em funcionamento por grande período de tempo, pois apenas com este controle pode se conhecer detalhadamente a saúde financeira da empresa, observando sua lucratividade e rentabilidade a cada período de tempo.

Esta prática também minimiza as chances de fracasso do negócio, pois torna possível se antecipar a possíveis erros e corrigi-los a tempo, antes que comprometam a empresa. Em contrapartida, também torna possível a identificação de futuras oportunidades que poderão contribuir para um sucesso ainda maior desta loja, solidificando-a no mercado em seu segmento.

Desta forma, aliando uma detalhada análise de mercado e um planejamento estratégico bem elaborado com um rígido e ininterrupto controle financeiro, o investimento em uma loja de instrumentos musicais pode significar um grande sucesso, com possibilidades inclusive de se tornar uma nova marca reconhecida e respeitada no mercado.

Além do mais, deve ser considerada também a importância deste segmento, a música, na sociedade, sendo um ramo do mercado que está sempre em movimento, com cada vez mais músicos lançando carreiras a fim de atender ao público em todos os lugares, sejam cidades grandes ou pequenas, que contam sempre com seguidores dos mais diversos estilos musicais.

Conclusão

Portanto, investir em uma loja de instrumentos musicais pode ser um negócio altamente lucrativo. Seja uma loja de algum instrumento específico, para um público alvo mais restrito, seja para uma loja de diversos instrumentos, para um público mais generalizado. Mas em ambas as situações, é preciso se estabelecer em um local que esteja bastante em evidência e investir em profissionais capacitados, que não sejam somente bons vendedores, mas que tenham conhecimento musical e saibam indicar os melhores instrumentos aos clientes.

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Como montar uma empresa de locação de banheiros químicos?

Como montar uma empresa de locação de banheiros químicos?

O negócio de locação de banheiros químicos pode ser  lucrativo. Tendo em vista a crescente demanda impulsionada pela agenda de grandes eventos em locais abertos no país. Mas o investimento é alto e, por diversas razões, requer um volume alto de capital de giro.

Estima-se que, só para entrar no setor, o investimento inicial não é inferior a R$ 300 mil. Mas essa conta não inclui o capital de giro necessário. A infraestrutura envolve espaço físico amplo, com galpões capazes de armazenar uma grande quantidade de peças, veículo de transporte de carga para fazer a logística de abastecimento, caminhão “limpa fossa”, e um quadro funcional versátil, capaz de aderir à sazonalidade do setor.

Não há maiores dados a respeito de quanto movimenta o setor, ainda que a concorrência seja acirrada, sugerindo a busca de diferenciais competitivos num mercado em que a oferta tem características de commodities.

O que se pode afirmar, com base nas informações disponíveis na mídia, é que uma empresa no patamar de investimento de R$ 300 mil pode ter um faturamento anual a partir da casa dos R$ 3 milhões. Podendo ser muito maior de acordo com o volume do serviço e da capacidade da empresa de atender. Números que indicam a possibilidade de um rápido retorno sobre o investimento. Desse modo, fica evidenciado que a complexidade do setor, como ficará claro mais à frente, enfrentada com bom planejamento e conhecimento da cadeia de relações, é compensada com excelente margem de lucro.

Carnaval

Uma reportagem do portal UOL, de janeiro de 2014, mostra que pelo menos algumas empresas do setor multiplicam até por dois o volume de negócios realizados nessa época do ano.

Uma empresa de Taboão da Serra, região metropolitana de São Paulo, capital, realizou naquele ano 2 mil locações, segundo seu executivo, somente para os cinco dias de carnaval, entre sexta-feira e terça-feira. Sabe-se, no entanto, que, desde então, o carnaval de rua que vinha se expandindo, não só cresceu no período momesco, como se expandiu através do calendário, ocupando com eventos dias anteriores e posteriores à festa oficial.

Segundo o mesmo executivo, a empresa alugava, em média, 1.300 banheiros químicos por mês, o que aponta para um faturamento mínimo na casa dos R$ 130 mil mensais. Isso  indica que a sazonalidade da demanda não implica, necessariamente, em fluxo de caixa negativo nos períodos de baixa. É evidente que tudo depende da gestão do negócio.

O principal cliente e a necessidade de diversificação da base de clientes

A gestão é algo que vai além da demanda e da logística. O componente político está fortemente presente, uma vez que o principal cliente desse do setor de locação de banheiros químicos é o setor público.

O carnaval é um caso típico, e as festas de final de ano outro. O problema é que, como tudo que envolve concorrências públicas, a gestão política é vital. Não é incomum a formação de cartéis e licitações com cartas marcadas.

Outro problema é que o setor público nem sempre é um bom pagador. É preciso que a espera compense. Em outras palavras, fechar algo com o setor público pressupõe contratos robustos em termos de valor. O que justifica ter que suportar possíveis atrasos longos.

A alternativa é diversificar os clientes, investindo os esforços de prospecção de negócios no setor privado.

Reportagem do portal O Popular, de junho de 2015, sobre a Festa do Divino Pai Eterno, uma festa religiosa, que tinha a expectativa de movimentar R$ 300 milhões, promovida pela Associação Turística Fé no Coração do Brasil, revelou que durante os dez dias do evento a direção do mesmo disponibilizou nada menos que 500 banheiros químicos.

Estimando-se em R$ 150,00 cada banheiro, a empresa que fez a locação faturou nada menos que R$ 75 mil diários, ou R$ 750 mil em dez dias. Não há dados sobre o custo direto para o fornecimento do serviço, mas, de forma geral, se resume ao custo de transporte dos materiais e uso volume de produtos químicos, que são usados na limpeza das cabines.

Controle e finanças

Para melhor calcular o custo por evento, o ideal é fazer um levantamento do custo total anual com recursos humanos, logística de armazenagem e transporte, custo administrativo e de marketing, ratear o investimento inicial pelo tempo em que se pretende ter o retorno sobre o investimento e comparar com a receita total no exercício financeiro. Não é algo tão complexo quanto parece. Um bom gestor financeiro saberá fazer esse trabalho.

O mercado oferece soluções em tecnologia da informação bastante em conta. São medidas capazes de respaldar e otimizar a rotina de controle das finanças, a partir de aspectos como: Faturamento, custo da operação, gestão do estoque e perfil da demanda.

Uma ferramenta disponível no mercado, e que atende plenamente a demanda gerencial do setor, é o eGestor. São módulos fáceis de operar e relatórios amigáveis, capazes de absorver todas as informações da empresa e refiná-las para a tomada de decisões. Reduzindo  assim os custos administrativos e aumentando a capacidade de controle sobre o negócio.

Um pouco mais sobre o mercado

O evento religioso referido acima é apenas uma das manifestações de um mercado que oferece muitas oportunidades. O Brasil, por si só, é um país que, dadas suas características climáticas, geográficas, turísticas e culturais, oferece uma diversificada e robusta oferta de eventos a céu aberto. Sem contar que o extenso litoral, com alta incidência de praias e períodos de calor.

O interior contribui com as concorridas festas de peão de boiadeiro, e os eventos artísticos, sobretudo musicais. Eventos estes que são distribuídos por todo território nacional, oferecendo oportunidades ao setor de locação de banheiros químicos.

Informação do Ministério do Turismo demonstra que o Brasil é o 11º maior realizador de eventos do mundo. Foi responsável, em 2015, por 2,4% dos eventos, mesmo em meio à crise econômica. Naquele ano, foram 292 eventos realizados, um número bastante relevante, que, certamente, não dá conta de tudo que aconteceu no país.

Como ficou evidenciado, não se pode desprezar a força do setor religioso. No ano de 2016, a Câmara dos Deputados registrou o pedido de autorização de mais de 100 eventos religiosos. Todos foram aceitos.

Outra excelente oportunidade para o setor são os canteiros de obras de construção civil. A legislação determina que nesses locais é obrigatória a instalação de banheiros químicos. Por ser menor a quantidade, a lucratividade da operação fica reduzida. Não obstante, é uma excelente oportunidade para que a empresa adquira fontes de receitas por longos períodos, mais estáveis, oferecendo certa segurança ao fluxo de caixa.

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Como funciona a locação

O processo de locação de um banheiro químico é bastante simples. Consiste em quatro etapas: especificação do serviço, entrega, limpeza e recolhimento dos dejetos e recolhimento dos equipamentos.

A fase de especificação do serviço é o que determina qual será o preço de cada unidade disponibilizada, e o valor total do serviço deve ter como base o custo total diário x a quantidade de dias.

Há dois fatores que determinam o custo por unidade para o cliente. O primeiro deles é a concorrência. No setor público, sobretudo, o preço tende a ser reduzido em função da competitividade, mas a prestação de serviço ao setor privado não exclui essa variável como determinante para a realização do serviço.

O outro fator que influencia no preço é o número de despesas realizadas. Para a empresa, cada limpeza representa um custo de deslocamento e gasto de produtos químicos. Mas não é somente o custo da empresa que deve ser levado em consideração. É preciso levar em conta, sobretudo, o benefício e o valor para o cliente. É evidente que mais limpezas significam melhor qualidade do serviço que é entregue para o consumidor final. Condições de higiene são fator preponderante na avaliação dos serviços prestados em um evento.

A entrega é a parte mais simples. Consiste no transporte do galpão até o local e na instalação dos banheiros.

Limpeza e recolhimento dos dejetos

Os banheiros químicos são feitos em polietileno, um material bastante resistente. Não é preciso conectá-los à rede de esgoto. O próprio equipamento armazena os dejetos.

Parte do processo de higienização é aquele que ocorre durante o uso, que consiste no processo químico. Trata-se de um líquido bactericida que é posto no interior do reservatório para combater o odor.

A limpeza dos banheiros é feita com um veículo que tem a finalidade específica de limpar as fossas. O mecanismo desse veículo é usado para retirar os dejetos dos banheiros químicos e transportá-los para o descarte. Este processo é feito em estações de tratamento ou na rede de esgoto sanitário. A empresa pode, também, investir no seu próprio sistema de tratamento, mas é preciso um investimento a mais na casa dos R$ 200 mil.

Após o recolhimento, os banheiros são higienizados. O processo de recolhimento do equipamento é simples. Consiste na desinstalação e no transporte.

Logística e recursos humanos

Grande parte do custo de uma empresa do ramo de locação de banheiros químicos está ligada à logística de guarda e transporte dos equipamentos. O que implica na compra ou aluguel de espaço para galpão, construção ou reforma.

A empresa pode, no entanto, optar por tentar reduzir esse custo recorrendo ao aluguel de galpão em um condomínio logístico. Em geral, há uma afinidade geográfica natural entre essas atividades, uma vez que os condomínios logísticos têm suas instalações nas proximidades dos grandes centros de consumo, que é onde, em geral, ocorrem os grandes eventos.

Nos condomínios logísticos, a empresa rateia com outras o custo de segurança e infraestrutura, que consiste, ainda, em galpões modulares, instalação e serviços agregados, como alimentação e limpeza.

Outro serviço que pode ser terceirizado é o transporte. Tudo depende do volume de uso desse tipo de serviço; é isso que irá determinar se justifica ter um veículo próprio. Outra forma interessante é o compartilhamento dos veículos com outras empresas que utilizam pouco o transporte, através de sublocação, sempre levando em conta a possibilidade de uma estrutura enxuta.

Quanto aos recursos humanos, a atividade do setor recomenda profissionais especialistas e polivalentes, capazes de atuar em todas etapas do serviço: carga, descarga, instalação, operação e limpeza. É uma forma de se trabalhar com uma equipe enxuta, reduzindo a ociosidade em períodos de baixa demanda e evitando a necessidade de contratação de mão de obra temporária. O que demanda treinamento e adaptação, em períodos de muitos pedidos.

Buscando diferenciais competitivos

De um modo geral, o mercado de locação de banheiros químicos se aproxima muito de um mercado de commodities. Tendo em conta que a busca de diferenciais competitivos é dificultada.

Sendo assim, o investimento em atendimento impecável ao cliente e precisão no processo de entrega e recolhimento dos equipamentos é fundamental. O que implica todo cuidado com treinamento de pessoal e com logística, como será visto mais à frente.

No que diz respeito ao processo de atendimento, há muito mais em questão do que simplesmente o tratamento. Será um ótimo diferencial competitivo se a empresa puder oferecer respostas precisas ao cliente no que diz respeito ao dimensionamento de suas necessidades.

Em outras palavras, o cliente, antes de buscar alguém que lhe forneça o serviço, precisa estar diante de um consultor ou um especialista. É preciso que o atendente tenha informações consistentes para a partir das características do evento e da previsão de participantes, estimar o tamanho da demanda. Só a título de exemplo, eventos em que há consumo de bebidas, por exemplo, podem demandar até quatro vezes mais unidades químicas que eventos religiosos, por exemplo.

O normal é que a empresa construa esse conhecimento com o tempo. Mas não custa buscar no mercado um profissional que já tenha essa noção. O cliente sabe que precisa de banheiros químicos, mas não sabe dimensionar essa necessidade; logo, informações precisas, com base em dados históricos que confirmem as recomendações do consultor, servirão para gerar uma relação de confiança e podem fazer a diferença na hora da escolha do cliente.

Locação de banheiros químicos pode ser MEI?

Sim, uma empresa de locação de banheiros químicos com CNAE 7739-0/03 – Aluguel de palcos, coberturas e outras estruturas de uso temporário, exceto andaimes, pode ser MEI.

Contrate um contador

Qualquer que seja a atividade na qual se pretenda atuar, há um processo burocrático a ser enfrentado. Quem toca esse processo é contador. Contratar um é o primeiro passo. Ele vai dar entrada nos cadastros, fazer as inscrições e cumprir todas as etapas que levam a concessão do alvará para operar. Como se trata de uma atividade que tem correlação com a questão ambiental, em razão do descarte de dejetos, é bom procurar se informar na prefeitura da cidade sobre quais são as licenças específicas para o setor e quais as obrigações da empresa perante a legislação ambiental.

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