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Indicadores de resultados: Qual a diferença entre metas e KPIs?

Adotar uma abordagem sistêmica é cada vez mais importante para conduzir uma empresa, definindo metas, analisando os KPIs e indicadores de resultados. Assim, ao fazer isso, é possível tomar decisões ágeis e assertivas com base em dados reais.

O problema é que ainda há muita confusão quando se trata desse assunto. Diversos gestores deixam de colher os benefícios da aplicação dessas ferramentas pelo simples fato de não entender seu funcionamento e, assim, a empresa perde competitividade no mercado.

Por isso, criamos o post de hoje. Nele, vamos explicar com clareza o que são metas, KPIs e indicadores de resultados e como eles podem ser usados em sua empresa.

Definição de metas e seus principais formatos

A meta representa um viés de futuro, o ponto que a empresa, equipes e funcionários devem atingir no curto prazo. Ou seja, elas funcionam como um passo a passo para o alcance dos objetivos da empresa, que são geralmente maiores e mais ambiciosos.

Com boas metas, é possível manter toda a equipe alinhada na busca pelos resultados desejados, por isso, alguns especialistas comparam as metas com uma bússola corporativa. Entretanto, muitos gestores ainda não sabem como definir metas eficazes, que podem facilitar a forma de administrar uma empresa. Veja abaixo alguns formatos desses indicadores de resultado:

1. Meta no formato S.M.A.R.T

Para não errar, é possível seguir um padrão conhecido como S.M.A.R.T. Ele foi desenvolvido em 1981 por George Doran e publicado pela primeira vez em um artigo da Universidade de Harvard. O padrão representa um acrônimo de cinco palavras, do inglês:

  • specific (específica): define claramente o que deve ser alcançado;
  • measurable (mensurável): possui um viés quantitativa;
  • assignable (atribuível): estabelece quem será responsável;
  • realistic (realista): pode ser alcançada;
  • time-related (com prazo): define prazos para o alcance.

Uma meta que segue esse padrão é muito mais eficaz, estimulando os funcionários e equipes da empresa à ação. Assim, no final, grandes resultados podem ser alcançados.

2. Metas no formato de OKRs

Ainda há uma segurada variação de meta, conhecida como OKR. Assim, para ficar claro, o nome vem do inglês Objectives and Key Results (em português, objetivos e resultados-chave). Consiste na definição de um objetivo ambicioso e sua fragmentação em pequenos resultados.

Veja um exemplo:

Objetivo: ser a maior empresa de varejo no seu segmento

  • KR1: reduzir a taxa de churn em 50%
  • KR2: aumentar a conversão de vendas em 30%
  • KR3: elevar o ticket médio para R$500,00

O mais indicado é que cada equipe tenha uma média de 4 ou 5 OKRs, não mais do que isso. Desse modo, é possível manter o foco e garantir que os resultados sejam alcançados.

Indicadores de resultados para a empresa

Diferentemente das metas, esses indicadores não possuem um viés de futuro (algo que deve ser alcançado), apenas representam os resultados que já foram entregues dentro da empresa. Além disso, servem como insumo para criação dos KPIs, pois representam informações mais “brutas” que ainda precisam ser lapidadas pelo gestor responsável.

Também conhecidos como métricas, esses indicadores podem ser obtidos de diversas formas, especialmente do sistema de ERP (Enterprise Resource Planning) da empresa. Com eles, é possível ter informações preciosas sobre o funcionamento da companhia.

Veja, agora, algumas das métricas mais utilizadas:

  • número de vendas efetivadas;
  • número de propostas emitidas;
  • quantidade de funcionários desligados;
  • faturamento da empresa;
  • valor da compra dos clientes;
  • quantidade de curtidas nas redes sociais;
  • investimentos em marketing e vendas;
  • faltas dos funcionários;
  • número de reclamações dos clientes;
  • quantidade de acessos ao site da companhia.

Ao definir e acompanhar os indicadores de resultado, é possível saber se as metas estão sendo alcançadas, bem como se os resultados de determinado período estão de acordo com o desejado pela companhia, mas é preciso ter constância no acompanhamento.

Os indicadores de resultados são mais fáceis de serem acompanhadas, pois, como dito, representam números que ainda não foram lapidados. Ainda assim, muitos gestores os deixam em segundo plano.

Hoje, além de acompanhá-los, é indicado que os deixem à vista para todo o time. Assim, é possível iniciar um modelo de gestão à vista, onde os colaboradores conhecem os atuais resultados da empresa. Com isso, é possível construir um clima de maior transparência e credibilidade com os profissionais.

Identificação de KPIs para o negócio

Para finalizar, é preciso conhecer os KPIs (Key Performance Indicators). Em tradução livre para o português, o termo significa “indicadores-chave de desempenho”. Muitas pessoas o confundem com as métricas já abordadas, mas há uma grande diferença.

Um KPI é definido com base em duas ou mais métricas, além de contar com fórmulas específicas para se chegar aos resultados finais. Diferentemente das métricas, não são valores “brutos”, precisam ser trabalhados para se chegar a algo que faça sentido para o gestor.

Assim, com bons indicadores-chave de desempenho, é possível ter uma atuação muito mais estratégica no mercado, avaliando com eficiência os atuais resultados obtidos. Dentre os principais KPIs, é possível destacar:

  • Taxa de turnover: objetiva identificar o percentual de funcionários desligados;
  • Net Promoter Score (NPS): avalia o nível de satisfação e lealdade dos clientes;
  • Churn Rate: representa o percentual de clientes que deixaram a empresa;
  • Nível de lucratividade: identifica o percentual de lucratividade do empreendimento;
  • Ticket Médio: representa o valor médio das compras dos clientes;
  • Return On Investment (ROI): avalia o retorno obtido em cada investimento;
  • Lifetime Value (LTV): representa o valor do ciclo de vida de um cliente;
  • Taxa de absenteísmo: avalia a média de faltas e atrasos ao trabalho.

Considerações finais

São muitos os indicadores-chave de desempenho que podem ser usados, por isso é importante definir os que mais se adéquam à empresa e aos departamentos específicos. Então, foque em 5 ou 6 indicadores, compartilhando-os com a equipe de trabalho.

Também é preciso que eles sejam acompanhados com periodicidade, identificando se os resultados melhoraram ou pioraram ao longo de determinado período. Assim, quanto melhores os indicadores, mais forte é a companhia em relação às intempéries do mercado.

Resumidamente, as metas referem-se as conquistas desejados, enquanto os indicadores de resultados mostram as informações mais “brutas” do negócio. Os KPIs, por sua vez, representam as informações já lapidadas com a ajuda de cálculos específicos. Vale lembrar que, para obter as informações desejadas com agilidade e precisão, é sempre importante contar com a ajuda de um bom sistema de gestão empresarial.

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Escrito em: 25/05/20
<a href="https://blog.egestor.com.br/author/pedro-henrique-escobar/" target="_self">Pedro Henrique Escobar</a>

Pedro Henrique Escobar

Pedro Henrique Escobar é formado em Administração e gerente de marketing no eGestor. O eGestor é uma ferramenta online para gestão de micro e pequenas empresas. Teste gratuitamente em: eGestor.

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