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Gestão de franquias: Entenda como funciona

Gestão de franquias: Entenda como funciona

Ao optar pela franquia como modelo de negócio o empreendedor recebe uma série de vantagens. A principal delas, sem dúvida, é a utilização de uma marca já conhecida e adorada por determinado público-alvo. Uma vez que os estudos de viabilidade se mostrem favoráveis à inauguração da franquia, falta pouco para comemorar a vitória. O franqueado precisa se lembrar, entretanto, que uma boa gestão de franquias é essencial para o sucesso da empresa.

O problema é que, em se tratando de gestão de franquias, boa parte dos franqueados são inexperientes. Se você está prestes a ter uma franquia, conheça algumas práticas que você deve levar em consideração ao administrá-la.

Mantenha a padronização da rede

Como mencionado brevemente acima, a franquia fornece ao franqueado uma marca de sucesso. Antes de pensar em gerir esse tipo de negócio, é fundamental que você se lembre da trajetória da marca. Tal conhecimento será importante para a gestão da franquia nos mais diversificados aspectos.

Um deles está ligado ao respeito da padronização da rede. Ao estudar os caminhos percorridos pela marca, você percebe por que ela faz tanto sucesso. Ao avistarem uma franquia de uma marca renomada, as pessoas que já foram a outras unidades não esperam algo novo. Em vez disso, elas vão até a loja com a certeza de que tudo será igual às outras. As novidades aparecem, evidentemente, mas em uniformidade com toda a rede.

Por isso, o primeiro desafio da gestão de franquias consiste em manter a padronização da rede. De fato, essa capacidade é o seu cartão de visitas para os clientes. Trata-se de uma dificuldade gerencial porque a manutenção dos padrões não se limita às cores tradicionais do estabelecimento.

Os clientes acreditam, por exemplo, que receberão a mesma qualidade do início ao fim do serviço. Isso implica em um ótimo atendimento durante todo o tempo em que um cliente estiver no estabelecimento. A franqueadora fornece treinamento e até apoio jurídico aos novos franqueados. Você precisa aproveitar esses momentos ao máximo.

Desenvolva uma ótima gestão de pessoas

Outro ponto importante relacionado à gestão de franquias se reflete na escolha da equipe de trabalho. A seleção deve se pautar em características indispensáveis para dar vida ao negócio.

Você, como gestor, deve visitar uma das unidades da rede, como cliente, e observar como é o trabalho dos colaboradores. Verifique qual é a dinâmica do fluxo de trabalho. Veja como os funcionários se comunicam entre si e se o resultado é satisfatório.

Um dos grandes equívocos de alguns de donos de franquias é acreditar que o negócio é regido apenas pela força da marca. Na verdade, por maior que seja a rede, as unidades apresentam problemas e soluções bem particulares.

Na maioria dos casos, o obstáculo está na escolha de pessoas desalinhadas com os objetivos do negócio. Dito de outro modo, todo o cuidado é pouco na hora de contratar os funcionários. Com uma franquia nova, a desarmonia da equipe tende a comprometer o faturamento e o capital de giro.

Por outro lado, vale destacar que a presença dos melhores colaboradores do mundo não está isenta de dificuldades. Mesmo que esteja com as pessoas mais indicadas para as funções, você terá de praticar uma gestão de pessoas bem desenvolvida.

Mediar conflitos e períodos de crises, além de demonstrar apoio, é primordial para conquistar a confiança dos funcionários. Assim, é bem provável que você nem tenha de pedir mais dedicação e empenho. Desde que você seja um bom líder, os colaboradores retribuirão automaticamente.

Atente-se aos prazos dos fornecedores

Ocasionalmente, a inauguração de determinadas franquias em certas regiões de algumas cidades se transformam em um evento de grandes proporções. De forma natural, muitos gestores não estão preparados para lidar com tamanho sucesso repentino.

Pronto ou não, você precisa aproveitar esse fluxo de pessoas e conquistá-las. Para tanto, tudo deve ser o mais perfeito possível. Em termos de gestão, certifique-se que a loja esteja bem abastecida dos itens essenciais da rede.

Alegar que algo está em falta porque a loja é nova é uma péssima desculpa. O ponto-chave aqui é gestão de estoque. Desde já, é crucial ajustar o relógio de acordo com o tempo dos fornecedores. Isso vale, é claro, para a gestão da franquia ao longo de toda a sua existência.

Gerencie o pós-venda

Para fazer o negócio funcionar plenamente, o ideal é que você também esteja disposto a trabalhar para isso. Dito de outra forma, mostre aos funcionários que você está lá para ajudar. Por sinal, essa é outra forma de ganhar ainda mais a confiança da equipe.

Quando se fala em gestão de empresas, a parte técnica costuma ocupar um grande espaço na agenda. Se você não for especialista em contabilidade ou finanças, saiba delegar essas funções. Mas antes de pensar que basta ficar de braços cruzados, volte aos olhos à gestão do sucesso do cliente.

Nunca é demais lembrar que, principalmente no início, o negócio precisa girar o caixa para cobrir o investimento inicial. Com o tato certo, ou seja, sem ser invasivo, cuide do pós-venda. Converse um pouco com os clientes, a fim de verificar se estão satisfeitos com a loja.

Atente-se às promoções da rede

Finalmente, a gestão de uma franquia também depende do olhar atento às promoções praticadas pela rede. Todos os banners, faixas e quaisquer outros elementos de comunicação visual devem ser idênticos em todas as lojas. O descumprimento desses detalhes pode ocasionar muitas complicações — financeiras e legais.

As promoções são um fator delicado da gestão da franquia porque elas podem ser diárias, semanais ou mensais. Em redes de fast food, por exemplo, as campanhas promocionais costumam ser bem dinâmicas. Logo, o gestor deve manter atenção máxima às diferentes tabelas de preços especiais e em quais condições elas se aplicam.

Em algum momento, surgirão clientes pedindo algo que pertence a uma promoção que saiu da vigência. Eis uma boa oportunidade de ofertar algo equivalente do cardápio. Para isso, repare que você precisa conhecer bem o produto com o qual trabalha.

Então, estudar a fundo o próprio produto é outra dica vital para se obter o sucesso na gestão de franquias. Não raro, o cliente aceita a sugestão apenas pela convicção e nível detalhe contida na proposta. Além disso, você demonstra que está realmente preocupado em resolver o problema, e não em somente sugerir algo genérico. Além disso, essa é uma grande chance de demonstrar o diferencial da sua loja perante a concorrência.

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Jeff Bezos: Empreendedores de Sucesso

Jeff Bezos: Empreendedores de Sucesso

Jeff Bezos é um dos empresários mais bem-sucedidos da atualidade. Com sua visão inovadora e sua filosofia que prioriza o cliente e estabelece objetivos de longo prazo, construiu um império, ganhou reconhecimento mundial e se tornou um dos homens mais ricos do mundo. É também um grande proprietário de terras no Texas, estado conhecido por suas reservas de petróleo.

Além de empreendedor, é engenheiro, investidor e filantropo. Sua história de sucesso tem origens humildes, mas foge da narrativa tradicional dos empresários que fizeram sucesso após largar a universidade e ir para o Vale do Silício. Ele se formou na faculdade, teve uma carreira de sucesso, mas soube identificar uma oportunidade única e não teve medo de investir nela. Traçou uma estratégia – é bastante metódico e gosta de ordem – e tratou de colocar em prática.

Ousado, Jeff Bezos gosta de revolucionar. Entretanto, também é bastante sistemático e acredita em trabalho duro, sendo reconhecido como alguém difícil de trabalhar, segundo seus funcionários. Sua história como empreendedor de sucesso começa com a criação da Amazon, da qual também é CEO, maior varejista online do mundo, mas vai muito além.

Família de Jeff Bezos

Seus familiares incentivaram seu potencial desde quando Jeff era novo, e se tornaram parte importante de seus empreendimentos e de sua ascensão. Com destaque especial para sua esposa. Ela foi sua parceira direta no início da Amazon. Mas também, a seus pais, que chegaram a investir uma quantia considerável no negócio do filho (300 mil dólares). Não é à toa que até hoje sua família ainda detém boa parte das ações da Amazon.

Hoje conhecido como Jeff Bezos, nasceu em Albuquerque, no Novo México (EUA), em 12 de janeiro de 1964, com o nome de Jeffrey Preston Jorgensen. Na época, sua mãe, Jacklyn, era adolescente e seu pai, Ted, um artista de circo. Ele acabou abandonando a esposa e o filho após um casamento de pouco mais de um ano. Assim, quando Jeffrey tinha 4 anos de idade, Jacklyn se casou novamente. Agora, com Miguel Bezos, um cubano que imigrou para os Estados Unidos sozinho quando tinha 15 anos e que se esforçou para concluir seus estudos na Universidade de Albuquerque.

Quando sua mãe se casou com Miguel, a família foi morar em Houston, no Texas, onde Miguel passou a trabalhar como engenheiro na Exxon. O padrasto cubano adotou Jeff, que desde então adotou o seu sobrenome, substituindo Jorgensen por Bezos. Então, Jeff Bezos nunca mais manteve contato com seu pai biológico.

Adolescência de Jeff Bezos

Posteriormente, durante a sua adolescência, a família Bezos se mudou para Miami, na Flórida, onde Jeff passou a estudar na Miami Palmetto Senior High School. Foi nesse período que participou do Programa de Formação Científico Estudantil na Universidade da Flórida, feito que o fez receber, em 1982, uma medalha de Cavaleiro.

Jeff Bezos, aliás, demonstrou desde muito cedo sua capacidade intelectual, sua competitividade e seus interesses. Quando tinha apenas 12 anos chegou a desenvolver um sistema matemático para avaliar o desempenho dos docentes da 6ª série. Também demonstrou aptidão com mecânica desde cedo, tendo desmontado seu berço usando uma chave de fenda. Transformou a garagem dos pais numa espécie de laboratório, onde explorava seus variados interesses científicos.

Sua paixão por computadores surgiu quando cursava o segundo grau. Além de se destacar nos estudos e participar de inúmeras atividades escolares, foi também o orador da turma ao se formar. Um dos seus professores afirmou na época que ele poderia fazer o que quisesse se tivesse o mínimo de orientação.

A família de sua mãe estava entre os primeiros colonos do Texas. Isso permitiu que a família adquirisse uma fazenda de 25 mil acres em Cotulla ao longo das décadas. Assim, o fundador da Amazon passou boa parte dos verões quando criança e durante a juventude na fazenda de seu avô materno. Esse, foi diretor regional da Comissão de Energia Atômica dos Estados Unidos e se aposentou cedo do cargo e mudou-se para cuidar da propriedade da família no sul do Texas. Lá ele aprendeu com o avô que é preciso ser autossuficiente, resolver o que é necessário, fazer você mesmo.

Universidade

Após se formar no colégio, entrou para a Universidade de Princeton pensando em estudar Física. Mas, seu interesse por computadores prevaleceu e acabou se graduando em Engenharia Elétrica e Ciências da Computação, em 1986. Em Princeton, chegou a ocupar o cargo de presidente da instituição Estudantes pela Exploração e Desenvolvimento do Espaço. Também entrou para as sociedades Phi Beta Kappa e Tau Beta Pi.

Universidade e mercado de trabalho

Ao se formar no ensino superior, foi trabalhar em Wall Street, já que naquela época a informática começou a se destacar e a ser usada cada vez mais para avaliar as tendências do mercado. Trabalhou também na Fitel, que na época estava construindo uma rede para realizar comércio internacional, e no Bankers Trust.

Outro emprego de Jeff Bezos foi numa empresa de investimentos, a D.E. Shaw & Co., que tinha como especialidade desenvolver aplicações para o mercado de ações. Assim, nessa empresa ele conheceu sua esposa Mackenzie, também ex-aluna de Princeton e que no futuro o ajudaria a tornar a Amazon realidade. Os dois se casaram em 1993 e atualmente têm 4 filhos. 

Na D.E. Shaw & Co. Bezos foi promovido rapidamente e se tornou vice-presidente sênior. Com uma reputação e uma carreira consolidadas na área de finanças e um futuro brilhante no setor, Jeff teve uma ideia que mudaria sua vida e de sua família, e que o fez largar a segurança profissional conquistada e arriscar tudo.

Amazon, uma ideia revolucionária

Com 30 anos, Jeff Bezos resolveu largar sua vida confortável e estável em Nova York e se mudar para a costa oeste para dar seguimento a uma ideia que teve. Afinal, era lá onde as startups de internet estavam começando a aparecer. Era 1994 e ele havia percebido que a utilização da internet estava aumentando exponencialmente.

Foi assim que percebeu uma nova oportunidade de negócios e passou a avaliar as possibilidades existentes. Ele pesquisou quais eram os 20 negócios de maior sucesso de entregas por catálogos através de e-mail, prática comum naquela época nos Estados Unidos, e refletiu sobre qual deles poderia ser feito de forma mais eficiente pela internet do que nas vias tradicionais. Então, notou que não existia um catálogo global para livros, devido ao tamanho imenso que resultaria, impossibilitando o envio de e-mails. Assim, percebeu que poderia investir em uma livraria online.

Assim que teve a ideia que mudaria sua vida, foi para Convenção Americana de Livreiros, em Los Angeles, se aprofundar no mercado de livros. Lá, ele descobriu que as maiores editoras já possuíam arquivos eletrônicos dos seus estoques, era necessário apenas criar um site reunindo esses dados, permitindo que as pessoas pudessem procurar no estoque disponível e efetuar seu pedido. Em 1994, durante uma viagem que fez de Nova Iorque para Seattle, ele escreveu o plano de negócios da Amazon.

Montando a Amazon

Apesar dos riscos, ele e Mackenzie decidiram seguir em frente e mudar para Seattle, em Washington. A escolha da cidade foi estratégica: livre de impostos estaduais e com preços imobiliários e de mão-de-obra mais acessíveis, também era a sede da Ingram, uma das maiores distribuidoras de livros. Por isso, até hoje a empresa mantém sua sede na cidade. Essas vantagens fizeram com que ele pudesse construir um grande e discreto complexo, que poderia ter sua fachada confundida com um centro de pesquisa, já que nela há apenas uma simples placa.

Assim, definido o negócio e o local, encontrou um imóvel com aluguel abaixo de 700 dólares (equivalente a cerca de 2500 reais nos dias de hoje) e instalou ali a Amazon, em um espaço de 500 metros quadrados, sem nenhuma mobília. O site foi lançado em junho de 1995, e oferecia livros, CDs, brinquedos e eletrônicos. O casal trabalhou muito durante dois anos, empacotando as encomendas e levando-as para uma agência dos correios para serem enviadas.

Defensor de uma política de descontos agressiva, Jeff Bezos viu sua estratégia funcionar e o negócio deslanchar rapidamente. A Amazon fez tanto sucesso em seus meses iniciais que Jerry Yang, um dos fundadores da Yahoo, entrou em contato com Jeff Bezos para sugerir que eles incluíssem em uma das páginas do site a Amazon.com. Jeff topou e as vendas da sua empresa triplicaram após se tornarem parte da lista de um dos maiores portais da época. Assim maio de 1997, fez a abertura de capital da Amazon na Nasdaq.

Como funciona a Amazon

Na Amazon a frugalidade é a regra, não existem excessos. Com algumas exceções, não são feitas viagens na classe executiva. A decoração é simples e séria, e o refeitório não é de graça. Não existem espaços para relaxar na empresa e eles não oferecem massagens aos funcionários, práticas comuns em outras gigantes da internet. Talvez por isso, Jeff Bezos não seja tão querido por seus funcionários. Sua personalidade forte e a dificuldade em trabalhar com ele também são citadas como pontos negativos pela equipe. Entretanto, seu modelo de negócios se mostrou bastante eficaz. O empresário gosta de ordem e classifica seus funcionários em 12 níveis, sendo o 1 aqueles que movem as mercadorias nos depósitos e o 12 exclusivamente seu. Durante 8 anos abriu mão dos seus lucros na empresa – ele acredita em uma gestão a longo prazo.

Ao longo dos anos, diversificou muito os produtos oferecidos pela Amazon, seguindo a ideia de ter um site que pudesse oferecer de tudo, como o maior shopping online do mundo. Oferece, inclusive, produtos de preço baixo e de marca própria, a Amazon Basics. Embora não seja muito divulgada, a marca oferece artigos como pilhas, carregadores, cabos e capas, entregues apenas com as instruções, sem caixas. O objetivo é a eficácia, é oferecer produtos baratos, mas que sejam vendidos em um volume tão grande que as pequenas margens de lucros somadas se tornem significativas.

Inovações de Jeff Bezos

Outra de suas sacadas geniais, que hoje é comum em sites de compras, mas que durante anos foi exclusividade da Amazon, são as compras feitas com apenas um clique. Ele percebeu que essa estratégia simplificaria o processo para o consumidor e patenteou a ideia antes mesmo de fundar a empresa. Como sempre, Jeff Bezos prioriza as necessidades e a experiência do cliente. Inclusive, incentiva seus funcionários a passarem um tempo nos centros de atendimento ao cliente e nos depósitos e recebe até hoje e-mails dos clientes, encaminhando os que considera mais importantes para os responsáveis dos setores.

A Amazon também revolucionou o mercado editorial ao lançar o Kindle, um leitor eletrônico de livros, em 2007. Mesmo pensando na digitalização de livros há uma década, foi só após o lançamento do iPod, em 2004, que Jeff Bezos resolveu investir na ideia, como forma de proteger o seu negócio. O objetivo era criar um leitor digital leve, simples e com conexão sem fio. Outra de suas exigências em relação ao Kindle é que o aparelho deveria ser lançado com uma biblioteca que oferecesse 100 mil títulos digitais.

Blue Origin, o sonho do espaço

Jeff Bezos é fascinado pela investigação aeronáutica, e fundou no ano 2000 a Blue Origin, uma empresa privada de exploração espacial com sede em Kent, Washington (EUA). Segundo ele, a startup tem um objetivo filantrópico: desenvolver aeronaves reutilizáveis para tornar as viagens espaciais mais acessíveis e levar milhões de pessoas para morar e trabalhar no espaço.

Jeff Bezos manteve a Blue Origin em segredo durante anos; foi só em 2006 que se tornou pública, após uma compra de terras no oeste do Texas, onde seriam construídas instalações para testes e lançamentos.

Em abril de 2015 a empresa fez o seu primeiro voo experimental no Texas, sendo bem-sucedida. Já em janeiro de 2016, a Blue Origin obteve sucesso no lançamento e aterrissagem de um foguete pela segunda vez, feito em Cabo Canaveral, na Flórida. Apesar dos testes bem-sucedidos, Jeff Bezos sabe que seu projeto deve levar bastante tempo para ser concluído. Mas ele está acostumado a trabalhar com objetivos de longo prazo e está disposto a continuar investindo pesado para que qualquer um possa “explorar” e viver no espaço.

Em uma entrevista, o empreendedor, hoje com 53 anos, contou que foi durante a infância, ao ver foguetes na televisão, que se encantou pela exploração espacial e que imaginava que atualmente nós já fossemos capazes de passear por todo o sistema solar. Para ele, a fortuna que fez com a Amazon torna possível seguir sua paixão pelo espaço. Seu objetivo é fazer com que qualquer pessoa possa fazer viagens comerciais pelo cosmos, além de colonizar o espaço.

A visão de Jeff Bezos

Jeff Bezos tem uma personalidade peculiar. Na infância, teve seu perfil traçado em um livro sobre crianças superdotadas. Embora não agrade a todos com seu jeito de ser, sua visão inovadora e revolucionária é reconhecida mundialmente. Algumas de suas principais ideias são:

  • Trabalhar duro faz parte da trajetória para alcançar o sucesso;
  • O cliente é o centro de tudo, é preciso ouvir o que ele tem a dizer e orientar as ações para atender as suas expectativas e necessidades;
  • Uma empresa deve ser orientada a longo prazo (pode gerar perda de lucro no início, mas os resultados a longo prazo compensam, pois preços baixos ajudam a conquistar a confiança dos clientes), pensar no futuro;
  • É preciso gostar de inventar;
  • Autossuficiência é uma vantagem; é preciso saber se virar sozinho. De há um problema para resolver, resolva;
  • É preciso ter pés no chão;
  • Manter o espírito de pioneirismo;
  • Observar a concorrência e absorver aquilo que ela faz melhor do que você é fundamental (sua política de preços baixos teve inspiração direta nas campanhas do Walmart);
  • Evitar gastos desnecessários (frugalidade);
  • Considerar sempre que você está começando – um de seus lemas é “Still day one” (ainda é o primeiro dia, em português) e pode ser visto reproduzido nas paredes e elevadores da Amazon;
  • Gestores devem ser missionários e não mercenários; ou seja, um empreendedor ou gestor de sucesso não pode ser orientado apenas pelo sucesso e pelos lucros (mercenário), é preciso ser apaixonado pelo que faz (missionário), isso acaba gerando melhores resultados no futuro, inclusive nos lucros.

Fortuna, fama e influência

Seus negócios extremamente bem-sucedidos tornaram Jeff Bezos um homem poderoso, com grande influência na área de negócios, comércio online e inovações tecnológicas. Alguns prêmios e conquistas reconhecendo o seu sucesso incluem:

  • Eleito a Pessoa do Ano em 1999 pela revista americana Time;
  • Em 2008 foi selecionado como um dos melhores líderes da América pela U.S. News & World Report;
  • No mesmo ano recebeu o título de doutor honorário em Ciência e Tecnologia da Universidade Carnegie Mellon;
  • Ganhou um prêmio de inovação (Innovation Award) da revista The Economist em 2011, juntamente com Gregg Zehr, pela criação do dispositivo Kindle;
  • Em 2012 foi 32º homem mais rico do mundo de acordo com a revista Forbes, tendo um patrimônio estimado de mais de 18 bilhões de dólares;
  • Também foi nomeado Empreendedor do Ano pela revista Fortune em 2012;
  • Em 2014, foi o melhor CEO do mundo, de acordo com a Harvard Business Review;
  • Em outubro de 2016, se tornou a 3ª pessoa mais rica do mundo, segundo a Forbes, com uma fortuna estimada em 72 bilhões de dólares;
  • Apareceu durante 3 anos seguidos na lista da Fortune dos 50 maiores líderes do mundo, tendo liderado a lista em 2015.

Sua figura é tão relevante no cenário atual que chegou a participar do filme Star Trek – Sem Fronteiras (Star Trek Beyond, no original), interpretando um oficial alienígena da Frota Estelar. Depois, participou também da Comic-Con em San Diego com o elenco do longa.

Outros investimentos

Além do seu maior empreendimento, a Amazon, e da empresa que contempla seu interesse espacial, a Blue Origin, Jeff Bezos também foi um dos primeiros investidores do Google. Ele investiu 250 mil dólares em 1998. Esse investimento resultou em pouco mais de 3 milhões de ações da empresa, que em 2009 já valiam quase 3 bilhões de dólares.

Seu investimento mais inusitado veio em 2013, ao comprar um dos mais tradicionais jornais americanos, o The Washington Post, por 250 milhões de dólares em dinheiro. Ele não envolveu a Amazon no negócio, que para ele era um território desconhecido e precisaria de experimentos. As mudanças implementadas por Jeff Bezos, principalmente na orientação da empresa aos dados e às mudanças tecnológicas, deram novo fôlego ao jornal, que viu as visitas na sua versão online crescerem cerca de 3 vezes, ganhando novamente espaço no mercado.

Também participou da criação de dezenas de outras empresas, como o Behance e o Uber.

Filantropia

Nos últimos anos, Jeff Bezos e sua esposa tem dedicado parte do seu tempo e fortuna à filantropia, apoiando diversas causas. Em julho de 2012, o casal fez uma doação de 2 milhões e meio de dólares para apoiar o referendo do casamento gay em Washington, que acabou sendo aprovado.

Entre os projetos que criaram e/ou apoiam podemos citar:

  • Recuperação de dois motores Saturn V encontrados no fundo do Oceano Atlântico, que em julho de 2013 foram identificados como parte do estágio S-1C da missão Apollo 11.
  • Doação de 42 milhões de dólares para o primeiro protótipo em escala real do Relógio do Longo Agora, um relógio mecânico projetado para funcionar por 10 mil anos.
  • Doação de 10 milhões de dólares para o Centro Bezos para a Inovação do Museu de História e Indústria de Seattle.
  • Fundação da Bezos Family Foundation, instituição privada fundada pelo casal Bezos com foco na educação de jovens e crianças.
  • Doação de 15 milhões de dólares para o Centro Bezos para Dinâmicas do Circuito Neural, no Instituto de Neurociência de Princeton.
  • A Bezos Family Foundation doou 10 milhões de dólares em 2009 e 20 milhões de dólares em 2010 para o Centro de Pesquisa do Câncer Fred Hutchinson.

Jeff Bezos também fez uma doação no valor de 800 mil dólares para a Worldreader, que leva e-books para pessoas de 53 países em desenvolvimento. Essa instituição foi fundada em 2010 por um ex-funcionário da Amazon, e até hoje já atingiu mais de 5 milhões de leitores no mundo todo.

Lucro Presumido: as diferenças para o Lucro Real

Lucro Presumido: as diferenças para o Lucro Real

Lucro Presumido é um regime tributário simplificado por permitir que o valor do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ), assim como a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), sejam calculados sem a necessidade de apurar todas as despesas da empresa.

A diferença entre Lucro Real e Lucro Presumido é que, para o lucro real, o cálculo do IRPJ e CSLL são realizados em cima do lucro que a empresa de fato registrou durante o período de atividade, enquanto o presumido utiliza um percentual fixo que varia de acordo com o tipo de empresa.

A tributação empresarial ainda é um tema que gera muitas dúvidas, não é verdade? Uma das principais dúvidas dos empreendedores em relação ao assunto é sobre os regimes tributários em que estão inseridas. Muitas vezes não se sabe se a empresa pertence ao Simples, Lucro Presumido ou Lucro Real. E essa é uma decisão que deve ser bastante ponderada. Isso, porque uma vez escolhido o regime tributário, esse não pode ser alterado ao decorrer do ano fiscal. Por isso, é importante considerar as vantagens e desvantagens de cada modelo a fim de tomar a decisão mais acertada.

Nesse cenário, vale apontar que o Simples só serve para empresas com faturamento bruto de até 3,6 milhões de reais por ano. Todas as outras empresas precisam optar por Lucro Presumido ou Lucro Real. É importante ressaltar que empresas de factoring, financeiras ou com faturamento bruto maior que R$ 78.000.000,00 precisam, obrigatoriamente, utilizar o modelo de Lucro Real. Quer saber mais sobre as diferenças entre um modelo e outro?

O que é apuração do lucro

Os regimes de tributação definem as formas de pagamento de certos tributos. Eles são a forma de apuração das alíquotas de tributação. Os impostos que esse regime mais incidem são o Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Essa apuração que determina o regime tributário pode ser definida de três formas:

  • Lucro Real
  • Lucro Presumido
  • Simples Nacional

Também é importante levar em consideração outros impostos, como PIS, COFINS, IPI, ISS, ICMS e INSS quando avaliado o regime da empresa.

Lucro Presumido

O Lucro Presumido é uma forma de tributação mais simplificada que se situa entre o Simples Nacional e o Lucro Real. Nessa modalidade, a tributação é tabelada de acordo com um percentual legalmente estabelecido sobre o valor das vendas realizadas. Isso acontece independentemente da apuração do lucro e variando de acordo com a atividade.

Esse regime normalmente se aplica a empresas de pequeno e médio porte. Isso, porque possui uma relação de custo-benefício melhor que a do Simples e que a do regime de Lucro Real. Assim, o Lucro Presumido também é indicado para empresas prestadoras de serviço que possuem os maiores custos em sua folha de pagamento.

Algumas empresas não se encaixam no regime de Lucro Presumido, tendo assim, que utilizar o regime de Lucro Real. São empresas que:

  • Atuam no mercado financeiro (como bancos, financeiras, factoring e corretoras);
  • Faturam até R$ 78.000.000,00 por ano;
  • Possuem algum tipo de benefício fiscal;
  • Tem capital oriundo do exterior.

As empresas que adotam esse regime de tributação tem uma base de cálculo pré estabelecida, assim como suas margens de lucro. Geralmente, essas são de 8% para o comércio e de 32% para serviços.

O nome, Lucro Presumido, se dá pelo fato de esse não ser o lucro propriamente dito. Mas sim, uma aproximação.

Lucro Real

O Lucro Real é uma das formas de tributação mais complexas. Ainda assim é o escolhido caso uma empresa não faça essa definição. Segundo a Receita Federal, por Lucro Real se entende o próprio lucro tributável, para fins de legislação do imposto de renda, distinto do lucro líquido apurado contabilmente. Ou seja, a tributação das alíquotas se dará após a apuração do lucro, não do faturamento.

Entre contabilistas, o consenso é de que Lucro Real é a forma de tributação mais justa. Isso, porque ela atende às características do imposto sobre a renda de pessoas jurídicas do resultado efetivo. Ao contrário do caso do Lucro Presumido, que é a partir de um resultado teórico.

Porém, por exigir uma burocracia maior em relação às outras modalidades, muitas empresas optam pelo Simples ou pelo Lucro Presumido. Outras empresas, com um faturamento pequeno, preferem o Simples Nacional. Isso, porque os custos burocráticos exigidos pelo Lucro Real acabam sendo maiores do que as tributações devidas.

O Lucro Real ainda pode ser dividido em Lucro Real anual e Lucro Real trimestral. No anual, a empresa deve antecipar os tributos mensalmente, de acordo com o faturamento mensal e aplicando percentuais predeterminados de acordo com o enquadramento da atividade de atuação — semelhante ao Lucro Presumido. Já no regime de Lucro Real trimestral, os tributos são calculados com base no resultado do trimestre, isoladamente. Dessa forma, há quatro apurações, não havendo antecipação mensal.

Quem utiliza o Lucro Real

Existem empresas que devem, obrigatoriamente adotar o método do Lucro Real. São empresas:

  • Que atuam no mercado financeiro (como bancos, financeiras, factoring e corretoras);
  • Com relação ao agronegócio;
  • Que possuem algum tipo de benefício fiscal;
  • Com capital oriundo do exterior.

Diferença entre Lucro Real e Lucro Presumido

A principal diferença entre os regimes tributários é a base de cálculo. Isso, já que o Lucro Real é calculado utilizando dados de despesas e receitas, o Lucro Presumido é calculado a partir da receita utilizando um percentual pré definido que varia de acordo com o tipo de empresa.

O Lucro Presumido é um regime mais simples. Uma vez que ele lida com informações menos detalhadas, seu cálculo se torna mais fácil. Já o Lucro Real, como citado anteriormente, é mais complexo. Assim, ele exige um controle mais eficaz e mais atento dos dados da empresa.

Simples Nacional

Como bastante citado aqui, não poderíamos deixar de explicar o que é o Simples Nacional.

O regime tributário foi criado pela Lei Geral com o intuito de diminuir as complicações com impostos para micro e pequenas empresas. Dessa forma, foi criado o DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional). Essa guia une os impostos que o empresário optante do Simples deve pagar. São eles:

  • PIS – Programa de Integração Nacional
  • INSS – Instituto Nacional de Seguridade Social
  • IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados
  • ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
  • ISS – Imposto sobre Circulação de Serviços
  • CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
  • COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
  • IRPJ – Imposto de Renda da Pessoa Jurídica

O Simples atende micro empresas que faturam no máximo R$ 360 mil. Já uma pequena empresa deve faturar no máximo R$ 4.800.000 por ano para estar no Simples. Mas também serve para MEIs que faturam até R$ 60.000 por ano.

Considerações finais

Para não ter problemas no futuro, faça sua escolha tendo em mãos informações concretas e pensando no que é melhor para a empresa e na saúde do seu caixa! Em caso de insegurança, que tal consultar um conselheiro contábil?

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