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Resumo do livro “A Meta” de Eliyahu M. Goldratt & Jeff Cox

Resumo do livro “A Meta” de Eliyahu M. Goldratt & Jeff Cox

Considerado um best-seller por muitos que almejam um sucesso ainda maior com seus negócios, o livro “A Meta já teve mais de dois milhões de exemplares vendidos.

Muito usado por grandes empresários e por professores em faculdades de administração, A Meta é um livro que retrata bem o cotidiano de uma empresa, e como um empreendedor precisa se portar a fim de manter sua empresa e equipe em sintonia com as melhorias necessárias.

Além de apresentar soluções práticas e rápidas para momentos de baixa receita e atrasos em produção, o livro também aborda questões delicadas como retorno sobre investimento (ROI), lucros líquidos e brutos, indicadores globais de resultados e outros aspectos.

A história do livro “A Meta”

A Meta, diferente de muitas obras que retratam o mundo dos negócios, conversa com o leitor sobre o assunto por meio de um romance. Eliyahu M. Goldratt e Jeff Cox apresentam ao leitor a história de Alex Rogo, gerente de uma fábrica que está enfrentando um período de crise e a possível falência da empresa.

Além de ser pressionado por seu chefe direto, Alex ainda precisa executar entrega de um pedido atrasado, tendo que se deparar com as exigências das normas internas, o mau funcionamento dos custos e a cobrança contínua de resultados positivos. E todo esse esforço para conseguir salvar a fábrica num período de três meses.

Em meio a dificuldades e desafios não só profissionais, mas também familiares o sofrido gerente conta com a ajuda de um mentor, Jonah. Jonah o auxilia a salvar a fábrica dos prejuízos e o ajuda a perceber que sua empresa precisa ganhar dinheiro.

Antes, a empresa possuía uma boa produtividade e um rendimento considerável, mas com o passar do tempo foi perdendo o foco nos resultados e deixando de atingir a meta determinada pela direção. Mas Alex, com a ajuda de Jonah consegue estruturar um meio para trazer a empresa de novo a um saldo positivo.

As soluções de Alex

Para que a fábrica saia do prejuízo, Alex toma algumas providências que se concentraram em três pilares: ganho, inventário e custo operacional. Para sustentar esses pilares, algumas atividades eram feitas para evitar que novos problemas fossem surgindo.

Flutuações estatísticas, análise de eventos dependentes e outras tarefas eram realizadas para organizar o foco na maximização de resultados da empresa.

Entretanto, o ponto-chave que Alex criou para levantar a empresa foi focar nas restrições, ou os conhecidos “gargalos” como o livro comenta. Esse trabalho consistia no reforço aos elos fracos na produtividade, na entrega de pedidos e outras funções, a fim de aumentar o lucro e ter um melhor fluxo de trabalho.

Mesmo com enfoque nos gargalos, Alex, com a ajuda de Jonah, não deixava de trabalhar em melhorias além desse quesito. Áreas que não possuíam gargalos também deveriam trabalhar no mesmo ritmo que as outras.

Tempo de montagem, expedição de peças, redução no tempo de inventários e outras ações também precisavam produzir num tempo otimizado promovendo aumento nos lucros.

Os robôs

Ainda com o auxílio de Jonah, Alex se deu conta de que ele e sua equipe poderiam melhorar ainda mais. Além de associar seus conhecimentos com as novas práticas adotadas pela empresa, ele visou a chance de introduzir robôs, aumentar a produção da empresa e assim gerar mais lucro.

O uso de robôs aumentou a produtividade da fábrica. Entretanto, Alex também notou que tempo e custo gastos com a manutenção de peças dos robôs estavam transformando o tempo em um montante ainda maior de inventários. E não só isso, as despesas operacionais também passaram a aumentar.

Nesse momento, o leitor, juntamente no caso de Alex e sua equipe, nota que mesmo os robôs trazendo eficiência na execução dos trabalhos, ainda não mostravam eficácia para solucionar os problemas que a fábrica enfrentava por completo. A cada mês terminado de trabalhos, a gerência precisava gastar muito dinheiro com excessos ainda mais frequentes.

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A metodologia usada por Alex e sua equipe

À medida que o leitor vai acompanhando a trajetória de Alex em salvar a fábrica, ele nota que há um padrão a ser seguido para solucionar os problemas. Seguindo a ideia das restrições, existem cinco passos que Alex segue para conseguir tirar a fábrica do perigo da falência:

  • identificar a restrição do sistema;
  • analisar por completo a restrição do sistema;
  • subordinar a autorização de afazeres ao tutor responsável;
  • elevar a restrição do sistema;
  • se a restrição for alterada ou der errado em algum momento do processo, comece de novo.

A partir daí, A Meta traz ao leitor que a obediência a um raciocínio lógico e prático, pode ajudar a empresa em muitos aspectos.

Nessa instância, o conceito sobre A Teoria das Restrições é estabelecido, tornando-o um recurso necessário não só para o processo de consultoria na solução dos problemas da fábrica, mas também em áreas que não estavam sendo diretamente afetadas.

Até a vida de Alex foi afetada positivamente por conta dessa teoria, e passou a ter maior gosto pela sua função e a trabalhar com mais eficácia.

A Meta aborda a Teoria das Restrições como algo benéfico que todas as empresas deveriam adotar em seus mecanismos de trabalho. Como forma de buscar uma melhor análise de seu funcionamento, também ajuda a empresa a tirar proveito dela e quais são suas restrições.

Tendo todo esse conhecimento armazenado, a empresa poderá planejar quais as melhores estratégias para sobrepujar suas dificuldades e a tomar ações contra ela. Nesse momento, o livro também denota o conceito do que é um gargalo, que retrata o recurso que é maior ou igual a demanda e o que não é gargalo, quando o recurso é maior que a demanda colocada nele.

A Meta e a importância do raciocínio para a empresa

Goldratt e Cox abordam com excelência em A Meta que desde a observação do problema, o planejamento do fluxo de produção e o ato de evitar possíveis erros no futuro requerem um raciocínio lógico.

Todas as restrições físicas tanto no processo produtivo como também na redução de inventários e outras tarefas precisam ter um foco primordial para que haja uma sintonia verdadeira entre produção e ganhos.

A Meta, mesmo sendo escrito em forma de romance, mostra como é a realidade de um administrador de uma empresa de grande porte, mas expõe que a visão certa do que precisa ser feito pode ser uma verdadeira arma para a solução dos problemas.

Essa ênfase que Cox e Goldratt dão em metas da organização e na existência das restrições é fundamental. Afinal, alerta as empresas que em qualquer processo para atingir uma meta há sempre uma ou mais restrições. É daí que a empresa demonstra o seu lucro verdadeiro e como ela pode reagir frente a esses desafios.

Foi dessa forma que Alex conseguiu vencer seus prazos com resultados ainda mais potentes e positivos, aumentou a parcela da empresa no mercado, aumentou a produtividade e ainda garantiu confiança por sua equipe e por Bill, seu chefe direto.

Uma coisa tão simples que Alex executou acabou salvando um empreendimento do verdadeiro fiasco. E justamente o ato de pensar ajudou a ter uma visão diferente de como se deparar com um problema e resolvê-lo.

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Índice de endividamento: Como calcular

Índice de endividamento: Como calcular

Para que se possa entender a finalidade e a importância do cálculo do índice de endividamento de uma empresa, o primeiro passo é entender o que é o endividamento, como ele funciona e por qual razão ele acontece.

Uma empresa pode contrair dívidas por diversas razões. A pior delas é quando a empresa se endivida para pagar as despesas. Significa que o resultado operacional (receitas – despesas) é negativo e que é preciso fazer algo para obter o equilíbrio ou o superávit operacional.

A dívida, quando contraída para cobrir o buraco orçamentário, tende a se tornar uma bola de neve, uma vez que a empresa, caso já possua dívidas de longo prazo, corre o risco de não conseguir também cobrir as despesas financeiras com o pagamento das parcelas.

Em outras palavras, uma empresa obtém R$ 600 mil em receitas, mas R$ 700 mil em despesas. Como pagar esses R$ 100 mil de diferença, se não contraindo uma nova dívida?

Suponha, no entanto, que a empresa pagou R$ 80 mil em parcelas da dívida dentro daqueles R$ 600 mil… Isso significa que a dívida aumentou em R$ 100 mil, mas diminuiu R$ 80 mil, significando que o aumento será de R$ 20 mil. Porém, o custo financeiro da dívida no mesmo período foi de R$ 60 mil (juros, variação cambial, etc). Esse valor vai se somar ao montante da dívida. Sendo assim, ao valor de R$ 20 mil deve se somar os R$ 60 mil, o que significa que a empresa terá um aumento da dívida de R$ 80 mil.

O grande problema nessa equação não é o aumento da dívida, mas o fato de não haver uma compensação econômica. A empresa está trabalhando para pagar as despesas e não para gerar lucro. Aos poucos, vai comprometendo seu patrimônio.

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A dívida boa

A outra forma de endividamento ocorre quando ele é contraído para fazer investimentos. Por exemplo, na compra de bens de capital, que vão incrementar a produtividade sem a necessidade de contratação de mais mão de obra. Acontece, também, quando a empresa investe em tecnologia da informação para agilizar processos, aumentar eficiência, ter ganhos de marketing e, ao mesmo tempo, reduzir custos.

Nesse caso, o que ocorre é uma dívida com contrapartida. A empresa deve ter feito um cálculo levando em consideração o custo dessa dívida ao longo do tempo, como os pagamentos impactam o dia a dia do fluxo de caixa, qual o volume de aumento de receitas esperado, como elas impactarão o fluxo de caixa frente às parcelas do empréstimo e em quanto tempo será recuperado o investimento. Esse investimento é o valor total da dívida.

A diferença é clara. Quando a dívida é contraída em favor de um investimento, a empresa está pensando em reduzir custos e/ou ampliar suas receitas. Logo, espera-se que o aumento de receitas seja capaz de cobrir, exercício a exercício, o valor das parcelas a serem pagas, ou que cubram pelo menos parte delas, sem que se comprometa o fluxo de caixa, levando em consideração a perenidade das receitas frente à efemeridade das parcelas.

É diferente de contrair dívida para pagar despesas, pois, nesse caso, se está contraindo uma nova despesa, que são as parcelas da dívida, sem haver geração de novas receitas.

Cálculo do índice de endividamento

Tudo que foi abordado acima serve como introdução ao tema em questão. O índice de endividamento de uma empresa está relacionado precisamente à política praticada por ela, não somente no aspecto financeiro, mas na gestão econômica.

Se uma empresa se endivida por problemas de má gestão, ou seja, se o endividamento é ruim, ele vai acarretar indicadores de longo prazo ruins. Em certa medida, face ao agravamento da situação financeira, tende a acumular muitas dívidas de curto prazo e não conseguir refinanciá-las.

Por que isso acontece? Porque as instituições financeiras, ao fazer a análise de crédito, constatam que a empresa não terá condição de pagar a dívida, mesmo parcelada. Sem crédito, a empresa terá que recorrer a outros meios para liquidar suas dívidas de curto prazo, e isso pode significar encolhimento e consequente redução da capacidade de pagamento, o que pode levar à venda de ativos ou liquidação da empresa.

O índice de endividamento é um indicador de riscos e deve ser feito pela empresa para avaliar o grau de comprometimento dos ativos com o passivo da empresa.

Há, na verdade, dois indicadores de índice de endividamento: o “Índice de endividamento geral” e a “Composição do Endividamento”, cada qual com suas finalidades, observando-se que devem ser integrados a outros indicadores para que façam parte da análise e da avaliação da situação da empresa, como será visto em seguida.

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Índice de Endividamento Geral (EG)

O EG é utilizado pelas empresas para identificar até que ponto os ativos da empresa estão financiados com capital de terceiros, logo comprometidos com a liquidação da dívida.

Trata-se de um cálculo bastante simples, feito com base no balanço da empresa. Todo balanço é dividido em ativo e passivo, de curto e de longo prazo. O ativo são os direitos e o passivo as obrigações, o curto prazo é o exercício (período de um ano) e o longo os próximos exercícios.

O método consiste em somar todo o passivo da empresa (de curto e longo prazo) e dividir pelo total do ativo (curto e longo prazo). Em seguida, o resultado dessa divisão deve ser multiplicado por 100.

Exemplo Índice de Endividamento Geral

Uma empresa tem um passivo total de R$ 2,5 milhões e um ativo de R$ 4 milhões. O cálculo a ser feito é (2,5 milhões, divididos por 4 milhões) x 100 = 62,5%.

Trata-se, evidentemente, de um grau de comprometimento muito alto do ativo, mas não significa, exatamente, que a empresa tenha a saúde financeira comprometida. Esse indicador deve ser cruzado com a capacidade de pagamento da empresa, do ponto de vista financeiro. Se esse endividamento estiver concentrado num prazo curto, pode significar que a empresa está se impondo um aperto para reduzir a dívida rapidamente e ganhar fôlego para novos investimentos.

Em qualquer situação, no entanto, o EG alto não pode ser um bom indicador. Há algumas razões óbvias para isso. A curto ou longo prazo, o EG alto significa alto comprometimento das receitas com pagamento de dívida, o que indica redução da capacidade de investimento, o que fragiliza a empresa perante a concorrência.

Dentro da perspectiva da concorrência, há outro fator que deve ser levado em conta, que é o EG da concorrência. A empresa pode ter um EG alto, mas se os concorrentes estiverem na mesma situação isso significa que a empresa não estará em desvantagem.

Para trabalhar em cima de uma situação bem real e ilustrativa, suponha-se que uma empresa concorre no ramo de tecnologia, produzindo componentes para telecomunicação. O faturamento e a margem das empresas do setor são muito parecidos, porém essa empresa tem um grau de endividamento muito mais alto que o da concorrência. O setor de tecnologia vive de pesquisa e desenvolvimento permanente para suplantar a concorrência. Se essa empresa está com seus ativos comprometidos, com baixo poder de investimento, vai ter sua capacidade de investimento em pesquisa e desenvolvimento reduzida perante os concorrentes, o que vai torná-la menos competitiva.

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Composição de endividamento

A CE é um indicador que serve para identificar a composição do endividamento de uma empresa. Serve para mostrar se o endividamento é mais de curto ou longo prazo.

Assim como o EG, a CE é calculada com base no balanço contábil.

No caso da CE o cálculo é feito com a divisão do passivo de curto prazo pela soma do passivo de curto prazo + passivo de longo prazo. O resultado obtido é multiplicado por 100.

Exemplo Composição de endividamento

Uma empresa tem um passivo de curto prazo de R$ 40 mil e o passivo de longo prazo de R$ 220 mil.

Para obter a CE basta dividir 40 mil por (220 mil + 40 mil) x 100 = 15,38%

Significa que a composição do endividamento é 15,38% de curto prazo e 84,62% de longo prazo.

Essa é uma boa composição. A empresa, se tiver endividamento, deve estar concentrado no longo prazo. Por que isso? O impacto em juros da dívida de curto prazo é maior. Além disso, a dívida de curto prazo não pode comprometer o fluxo de caixa e a capacidade de investimento da empresa.

Por outro lado, uma composição de dívida majoritariamente de curto prazo pode não significar nada demais, muito pelo contrário, pode mostrar que a empresa tem uma ótima situação financeira. Ela pode ter recorrido a um empréstimo de curto prazo, por exemplo, para aproveitar uma grande oportunidade de lançar um novo produto com alto valor agregado, que vai aumentar as vendas e os lucros. Ela tinha dinheiro em caixa, mas sua atividade requer muito capital de giro, logo era necessário captar novos recursos, os quais ela tem plena condição de pagar no período de um ano.

É por isso que o índice de endividamento precisa ser analisado em conjunto com outras variáveis para dar respaldo a decisões gerenciais.

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