O patrimônio líquido é um dos elementos de maior importância quando o assunto diz respeito à contabilidade de uma empresa. Assim, de forma bem sucinta, é possível afirmar que o patrimônio líquido é o que representa a riqueza de uma determinada empresa.
Ele fornece informações relevantes, tais como os lucros adquiridos, reservas de valores, valores investidos nos empreendimentos, entre outros pontos pertinentes.
Então, para compreender de uma forma definitiva a conceituação do patrimônio líquido, vale levar em consideração o balanço patrimonial da empresa. O balanço patrimonial é dividido em três grupos. São eles:
- Ativo: Esse grupo representa os bens e os direitos que pertencem à empresa.
- Passivo: Esse grupo, por sua vez, compreende as obrigações da empresa.
- Patrimônio líquido: Esse grupo se refere a riqueza da empresa, pertencente aos sócios e acionistas.
Em alguns conceitos, o patrimônio líquido é parte dos passivos. Isso acontece porque ele é, de certa forma, uma “dívida” da empresa com os sócios. Entretanto, mesmo que visto como passivo, ele é um passivo do tipo não exigível.
O que é o patrimônio líquido
O patrimônio líquido é a diferença do passivo e do ativo do negócio. Ou seja, ele é o valor que a empresa tem, seja em caixa ou em forma de bens, que não será descontada em pagamentos. Por exemplo, uma empresa que tem R$ 100.000,00 como ativos e R$ 25.000,00 de passivos, tem R$ 75.000,00 de patrimônio líquido.
Ainda, esse valor pertence aos sócios, acionistas ou quotistas do negócio.
O que são ativos e passivos
Os ativos e passivos são parte do financeiro de uma organização.
- Ativos: os ativos são todos os bens da organização. Entre eles estão os valores em caixa e no banco, imóveis e qualquer outro tipo de propriedade da empresa. Eles são identificados como ativos porque devem poder ser convertidos em valores em algum momento.
- Passivos: os passivos são todas as obrigações da empresa para com terceiros. Assim, qualquer dívida, seja de empréstimos e contas a pagar, passando por fornecedores e impostos são passivos do negócio.
Como calcular o patrimônio líquido?
O cálculo do patrimônio líquido é efetuado por meio dos lançamentos contábeis que são originários da operação realizada na empresa. Assim, nesse contexto, a cada aporte de valores que é feito no negócio, o capital social receberá um acréscimo. Levando em consideração que o capital compreende uma das contas que constituem o patrimônio líquido.
Ainda, outra maneira de realizar o cálculo do patrimônio líquido é calcular a diferença existente entre o ativo total e o ativo exigível. Para isso, basta fazer uso da seguinte equação:
Patrimônio Líquido – Ativo – Passivo
Exemplos de patrimônio líquido
Uma forma simples de entender o patrimônio líquido é com exemplos. Então, se uma empresa tem no total de ativos, entre imóveis, estoque e caixa o valor de R$ 50.000,00. Entretanto, em passivos, está o valor de R$ 20.000,00, referente a faturas de fornecedores, e despesas. Assim, podemos aplicar a fórmula:
Patrimônio líquido = 50.000 – 20.000
Patrimônio líquido = 30.000
Composição do Patrimônio Líquido
No Brasil, em conformidade com o que diz a lei 6.404/76, o patrimônio líquido é classificado como uma divisão.
Capital social
Dentro do contexto da contabilidade, o Capital Social corresponde ao investimento realizado na sociedade entre os seus acionistas e proprietários. É importante destacar ainda que, de acordo com as leis no Brasil, o valor do Capital Social não sofre nenhum tipo de alteração. Assim, ele poderá apenas ser mudado caso exista uma aprovação de aumentos ou, até mesmo, redução.
Até meados da década de 90, o Capital Social tinha a possibilidade de ser corrigido de forma monetária. Além disso, o investimento no Capital Social pode ser feito de duas formas:
- Por meio de ações: Caso for uma sociedade anônima
- Por meio de cotas: Caso for uma sociedade limitada
Prejuízos Acumulados
Eles correspondem ao saldo que restaram dos prejuízos líquidos e dos lucros que ainda não foram distribuídos, no entanto já foram apropriados para constarem no patrimônio líquido.
Reservas de Capital
Tais reservas são o resultado de saldos em dinheiro que não contam com a capacidade de serem distribuídas para os investidores, sendo assim, elas então são integradas ao Capital Social ou, em determinados casos, compensadas como lucros acumulados.
Ajuste de Avaliação Patrimonial
Esse ajuste corresponde ao resultado do valor de avaliação dos bens comparado com o seu valor justo. O intuito do Ajuste de Avaliação Patrimonial consiste em assegurar que a estipulação do valor justo possa acontecer de uma maneira em que elementos que forçam a liquidação da transação não atrapalhem no resultado final do valor.
Reservas de Lucro
Essas reservas correspondem às contas de reserva que são formadas pela apropriação de lucros da empresa. Em suma, as Reservas de Lucro são as reservas essenciais para a longevidade financeira da empresa, visto que são lucros que ainda não foram devidamente distribuídos para os acionistas ou demais sócios.
De acordo com o que é estipulado em lei, as Reservas de Lucro podem ser:
- Legal: Esse tipo de reserva é consolidada para possibilitar ao credor uma maior proteção. Ou seja, pode ser usada apenas com o intuito de trazer acréscimos para o capital social ou também para cobrir alguns prejuízos.
- Estatutária: Ela é determinada seguindo os preceitos do estatuto da companhia.
- Para Contingências: É um tipo de reserva que tem por intuito diminuir o impacto de eventuais perdas que possam vir a prejudicar a empresa.
- De retenção de lucros: Essa é a reserva que tem a capacidade de reter alguma parte do lucro líquido para formá-la com a intenção de aumentar os negócios como, por exemplo, por meio de criação de filiais ou outros novos investimentos.
- De Incentivos Fiscais: Essa reserva indica que a empresa tem a possibilidade de constituir RIF ao receber doações para a realização de investimentos.
- De Lucros a Realizar: É destinada a partir do momento que o Dividendo Obrigatório supera o valor do Lucro Líquido do Exercício.
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