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O Monge e o Executivo: A História Sobre A Essência da Liderança

O mundo dos executivos nunca foi tão bem representado como no livro O Monge e o Executivo, de James C. Hunter. Através dele, é possível conhecer a verdadeira essência da liderança, apresentando também como se tornar uma pessoa melhor para a sociedade, no trabalho, na família e em todas as outras ocasiões.

O livro narra a trajetória do personagem Leonard Hoffman, um grande empresário norte-americano que deixa sua carreira para se tornar um monge beneditino. A riqueza de seus ensinamentos são transformadoras e capazes de fazer com que as filosofias de um monge sejam fundamentais para a criação de um executivo de qualidade.

Fundamentos de O Monge e o Executivo

O Monge e o Executivo traz conhecimentos fundamentais para criar um líder respeitável, bem sucedido e justo, tanto diante de sua equipe como na família. Muitas vezes, executivos brilhantes possuem grande dificuldades em lidar com as pessoas e até mesmo com aqueles que ama.

Dentre esses ensinamentos, há a diferença entre poder e autoridade que formam o conceito primordial de liderança. E fundamentalmente, o poder do amor e da entrega das suas ações, capaz de cativar todos ao redor.

O livro demonstra que todos os grandes e verdadeiros líderes que se destacaram na história não só da administração, mas da sociedade, possuíam mais que um carisma nato, e sim algo cativante e que atraía as pessoas para suas palavras e indagações.

A função de liderança inclui ações que influenciam pessoas ao ponto de as motivar suficientemente para que ajam conforme a estratégia lançada. E quanto mais envolvidas estiverem as pessoas pela figura do líder, maior será seu engajamento para o resultado final positivo.

As reflexões inseridas no texto fazem com que o leitor também faça as suas próprias. Como é seu comportamento diante das pessoas, autoritário ou passivo? As pessoas reagem a sua demanda com medo ou com admiração? A avaliação de como são controlados e direcionados os sentimentos e a forma de enxergar os funcionários também fazem parte dessa avaliação.

Resumo de O Monge e o Executivo

O livro é uma história sobre a essência da liderança. O narrador do livro é John Dailly, um executivo bem sucedido, casado, com dois filhos e técnico voluntário do time de beisebol. Ele tem uma vida aparentemente perfeita e controlada. Tudo começa a mudar quando um movimento sindical agita os funcionários de sua empresa. Isso faz com que a liderança de John seja posta a prova. E, em casa, as coisas também não andam bem, com constantes reclamações da esposa e insubordinação dos filhos.

Diante desse quadro, John percebe que seu mundo ao redor começa a sair de seu controle. Então, sua mulher o incentiva a conversar com o pastor da igreja para pedir conselhos. Como sugestão para encontrar respostas às suas perguntas, o pasto indica o retiro no mosteiro João da Cruz, pelo lago Michigan.

Em paralelo entre o controle total e as situações de falta de domínio, John Dailly tem um sonho recorrente cuja mensagem é sempre a mesma. “Ache Simeão e ouça-o”. O sonho é tão marcante que John passa a ser perseguido pelo nome, em diversas situações inusitadas ao longo de sua vida.

Mesmo com muita resistência e questionamentos, John decide ir ao retiro durante uma semana. Lá, ele se entusiasma em conhecer um dos frades do local, o lendário Len Hoffman. Este fora um grande executivo e um dos maiores especialistas em liderança dos Estados Unidos, que largou tudo para viver uma vida monástica. Recebido por Padre Peter, John se surpreende ao descobrir que Hoffman havia recebido outro nome para se tornar monge, e que era Simeão.

Descobertas

Hoffman ou Simeão era o responsável pelo curso de liderança ao qual John Dailly participaria. Logo no início ele começa a receber aulas sobre liderança, poder e autoridade, como lidar com as mudanças de paradigma do mundo atual e os motivos pelos quais se deve exercer a autoridade. Ao abordar questões como sacrifício, amor, bondade, respeito e paciência, Simeão coloca aos alunos o papel do líder em fazer escolhas conscientes e muitas vezes difíceis e que envolvem o bem estar das pessoas as quais lidera.

Ele demonstra que o líder não faz o que sente e sim o que deve ser feito. Como detestar uma pessoa e mesmo assim agir com amor com ela, trazendo um ambiente saudável e respeitoso para que todos possam se desenvolver plenamente.

Como o pensamento influencia o comportamento, o comprometimento de amar e se doar deve fazer parte de ambos, para que seja posto em prática voluntariamente, causando profunda transformação a quem lidera e aos liderados.

Nesse caminho, Simeão também apresenta que quando o líder direciona seus esforços e os recursos possíveis para algo ou alguém por um tempo, sentimentos positivos começam a ser criados e cada vez mais reforçados, aprimorando as ações. A doação e o amor ao que está sendo realizado, as pessoas que estão partilhando dessas ações, são capazes de quebrar egoísmos e os muros que separam as pessoas em seus mundos individuais.

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Ensinamentos

Dentre os exemplos citados no curso de Simeão, há as recompensas ao final de cada etapa. A alegria do resultado positivo, a comemoração e a satisfação de ter contornado os obstáculos em equipe já é uma grande recompensa que precisa ser valorizada pela liderança.

Simeão apresenta a John que o líder de hoje não é quem sabe mandar e sim aquele que sabe delegar, investindo para que as pessoas deem o melhor de si. A doação por uma causa não é boa apenas para uma empresa, mas para a pessoa que se doa. Ela direciona suas energias a algo que acreditam e buscam superações individuais em prol do coletivo.

O líder de hoje não é apenas um técnico de beisebol, mas sim um sábio, atento a todas as alterações, mudanças e transformações do mundo e ao redor, servindo como pilar para o desenvolvimento da equipe.

Ensinamentos de O Monge e o Executivo

A liderança proposta pelo livro O Monge e o Executivo é a de servidora e não de autoritária. O poder e o autoritarismo são discutidos desde o início, através dos personagens de Simeão e John Daily.

É possível identificar nas empresas vários tipos de liderança como a austera, a democrática, carismática e autocrática, que vão surgindo em grande velocidade no mundo atual. Elas vão surgindo com os modismos e com o alto índice de especialistas que nem sempre são tão preparados e bem sucedidos quanto parecem. No meio de tantas opções, o executivo questiona qual delas é o melhor caminho para sua empresa, que precisa estar muito bem preparada para superar a concorrência e a si mesmo.

No livro, o autor propõe a liderança servidora, baseada em princípios cristãos e que já foi testada por milhares de pessoas em todo o mundo. O sucesso do livro e do autor em suas palestras indica que ela é bem sucedida, gerando opiniões bastante entusiasmadas de grandes executivos de multinacionais.

O grande influenciador de pessoas e que é o personagem principal do livro, mesmo que não tenha uma participação efetiva é Jesus Cristo. Afinal, foi baseado em seus ensinamentos que o Monge e o Executivo foi escrito e repassado pelo personagem Len Hoffman ou Simeão.

Sem entrar em questões religiosas em si, apenas na filosofia, o autor propõe uma análise sobre a liderança exercida por Jesus, que é mantida e reforçada até os dias de hoje. Com parábolas, Jesus mostrava aos seus discípulos e seguidores que era possível e importante se superarem para cumprir as tarefas propostas. Não usava de parcimônia para elogiar ou repreender quando necessário, mostrando a importância de pontuar as ações de seus colaboradores para que possam aprimorá-las e incentivá-las.

Poder ou autoridade?

A relação entre poder e autoridade é abordada no livro como a forma que nos apresentamos às pessoas. A diferença básica entre as duas ações é que o poder é a coação por força ou cargo para que alguém realize uma tarefa. Autoridade é o oposto: é a influência de pessoas para que elas se entreguem ao mesmo objetivo com garra. Jesus liderava com autoridade através do diálogo, sem exercer o seu direito ao poder à quem o ouvia.

Mas mesmo que o líder seja baseado em servir e exerça sua autoridade e não o poder, ele pode e deve usar o sim ou não quando necessário. Em geral essa questão é definida entre as relações entre desejo e necessidade, onde o ego do desejo pode se sobrepor ao da necessidade. Esse ponto pode ser crucial nas relações profissionais, inclusive para o líder.

Por fim, a relação entre servir e escravizar é bem pontuada em o Monge e o Executivo. O escravo não questiona e nem pode fazê-lo, ele apenas cumpre o que lhe é designado mesmo que lhe seja hostil. Mas servir é atender as necessidades com autoridade, baseado na compreensão dos envolvidos. A gravidade do que é ser escravo faz com que a servidão seja vista de um jeito equivocado, diminuindo seu valor.

O líder servidor foca nas tarefas que precisam ser exercidas e na melhor forma que os colaboradores possam agir para todos atingirem seus objetivos. Ele desenvolve as relações profissionais baseados na colaboração e entrega, buscando sempre atender as necessidades coletivas e individuais dentro da estrutura formada, para que todos consigam realizar as atividades com entusiasmo e sucesso, e com o amor como base das ações e relações, proporcionando envolvimento não só físico como mental e espiritual de cada peça formadora da engrenagem humana da empresa.

Desempenho do livro

A vendagem do livro indica o sucesso de suas propostas a respeito da liderança. CEOs brasileiros indicam o livro como uma verdadeira “bíblia” da arte de liderar, elegendo O Monge e o Executivo como livro inseparável de consulta. Muitos oferecem até mesmo para seus funcionários, como leitura obrigatória para os que aspiram promoções.

James C. Hunter esteve no Brasil para uma turnê de palestras sobre liderança em diversas cidades, convidado por grandes empresas e universidades. Surpreso com o sucesso de seu livro no país, Hunter afirma que ninguém argumenta contra os preceitos do livro, que são básicos e essenciais, com informações que sempre estiveram disponíveis, mas pouco postas em prática.

O livro O Monge e o Executivo veio na contramão das consequências da globalização, que direcionaram executivos à agilidade, rapidez e individualismo. Seu enredo e ensinamentos mostram a importância de se investir no capital humano como prioridade e sustentação para o sucesso da empresa.

No meio de taxas, mensurações, estratégias e muito estresse para se atingir as metas, as empresas estão se focando na mente e emoção de seus colaboradores, mudando o perfil de um líder que valoriza o poder, para o que seja colaborador. Em suma, um líder que serve no lugar de ser servido e consegue com isso envolver sua equipe para os melhores resultados.

O autor James C. Hunter

O bem sucedido empresário James C. Hunter também conquistou o sucesso como escritor, sendo um dos maiores vendedores de livros do mundo. Consultor-chefe da J.D. Associados, que realizam treinamentos e consultoria sobre as relações profissionais, onde dedicou a maior parte de seus 30 anos de trabalho com desenvolvimento humano. Como instrutor e palestrante, viaja pelo mundo através de grandes empresas e institutos educacionais, para falar sobre tudo o que vem aprendendo ao longo de sua carreira.

James C. Hunter nasceu em Detroit, nos EUA, e seu livro predileto é a Bíblia, a qual retira muitos fundamentos de suas palestras e livros, além da própria vida. E é em Jesus Cristo que se inspira para falar do ato de amar, acima de qualquer outro sentimento, e que é capaz de compreender a ação de servir sem associá-la a humilhação e fraqueza.

O autor acredita que mesmo diante de toda competitividade do mercado atual, é fundamental manter a cooperação entre as pessoas e suas equipes e para isso se sente orgulhoso em conseguir tantos seguidores em prol da cooperação mútua em busca do sucesso.

Uma de suas frases mais peculiares e representativas é “O que pensamos e o que acreditamos traz, no final, uma consequência pequena. A única coisa que traz grandes consequências é o que fazemos”.

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Escrito em: 27/01/21
<a href="https://blog.egestor.com.br/author/pedro-henrique-escobar/" target="_self">Pedro Henrique Escobar</a>

Pedro Henrique Escobar

Pedro Henrique Escobar é formado em Administração e gerente de marketing no eGestor. O eGestor é uma ferramenta online para gestão de micro e pequenas empresas. Teste gratuitamente em: eGestor.

Comentários:

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3 Comentários

  1. Márcia Lima

    Uma obra que transmite de forma clara a mensagem, com poder inspirador admirável.

    Responder
  2. João Schünemann

    Muito bom o conteúdo!!! 👊

    Responder
  3. Cleverton Marcelo dos Santos

    Ótimo resumo amigo, melhor artigo do dia, obrigado pelo tempo dedicado que Deus abençoe sua carreira, abraço.

    Responder

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