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Serviço de monitoramento eletrônico: como montar o seu

Segurança, mais do que nunca, é um desejo e necessidade de todos. Não há lugar no mundo onde as pessoas queiram estar mais protegidas do que em casa. Por isso, se você está procurando informações para abrir um negócio na área, saiba agora como montar um serviço de monitoramento eletrônico de residências e comece a empreender.

Monitoramento eletrônico pode ser MEI?

Não, uma empresa de monitoramento eletrônico com CNAE 8020-0/01 – Atividades de monitoramento de sistemas de segurança eletrônico, pode ser MEI.

Local

Não é de hoje que o setor de segurança eletrônica cresce. Nos últimos anos, o mercado teve média de crescimento de 9%, chegou a 20% e, mesmo com a crise, entre 2015 e 2016 o crescimento girou em torno de 10% a 12%.

O investimento, no entanto, não é tão baixo. Entre os itens a providenciar estão uma estrutura que possa funcionar 24 h e monitoramento inclusive do próprio equipamento, com acesso fácil e boa recepção dos sistemas eletrônicos.

O ideal é que esse local fique próximo da maior parte dos clientes existentes ou potenciais, assim como de órgãos oficiais de segurança, como delegacias. Se for o local onde os clientes serão recebidos, também é importante pensar na estrutura de recepção e estacionamento.

O local que não deve ser sujeito a alagamentos, mas próximo de serviços bancários e de transportes, com total infraestrutura de serviços públicos e ainda com preço – seja próprio ou alugado – compatível à realidade da empresa.

Estrutura

A área mínima indicada é de em torno de 30 m², com escritório, mesas, cadeiras, arquivo, armário, computador, impressora e telefone. Também deve haver local para guarda dos equipamentos.

A prefeitura deve ser consultada sobre a possibilidade de instalação do negócio no endereço desejado. Há casos em que há dois endereços, o de registro e de funcionamento.

Burocracia

O passo seguinte é procurar a Junta Comercial e pesquisar a respeito de nome e marca, para não registrar nada que já exista. Também é possível consultar o Instituto Nacional de Propriedade Intelectual.

Será necessário, também, providenciar o contrato social da empresa. Em caso de sócios, é importante verificar antecedentes, pesquisando na Receita Federal.

A seguir é preciso solicitar um CNPJ para a empresa na Receita Federal e solicitar a inscrição estadual na Secretaria da Fazenda do seu estado ou órgão correspondente. Já o alvará e licença são obtidos na Secretaria Municipal da área – Fazenda, Indústria e Comércio, o nome pode variar conforme a prefeitura.

💡 Você também pode gostar: Como abrir uma prestadora de serviços

Funcionários

As necessidades de pessoal devem envolver desde pessoas para a administração, como uma secretária, até técnicos e auxiliares de eletrônica. É possível iniciar com uma equipe pequena, de cerca de quatro pessoas.

Essas pessoas devem ter conhecimento do setor, habilidade para resolver problemas, disciplina, cortesia, e no caso dos técnicos, principalmente, deve haver conhecimento proporcional aos serviços oferecidos, seja para avaliar, executar ou propor soluções, inclusive considerando avanços tecnológicos.

Também é imprescindível que os colaboradores não tenham antecedentes criminais e obter o nada consta de todos junto aos órgãos de Justiça de todas as esferas.

Os valores dos salários devem seguir as indicações dos sindicatos de cada região, e é recomendável investir em políticas de retenção de talentos, para evitar a rotatividade. É preciso ter em mente que não apenas a segurança, mas também a privacidade dos clientes estará sob a responsabilidade das pessoas que prestam o seu serviço naquelas residências.

Tenha um veículo

Um veículo também deve fazer parte do seu planejamento, seja ele novo, usado ou alugado. Lembre-se de que será necessário realizar diversas transações bancárias, por isso é importante pesquisar as melhores tarifas em instituições financeiras e bancos, que podem inclusive ajudar a financiar parte dos equipamentos.

Entre os equipamentos mais necessários para o serviço de monitoramento eletrônico estão: centrais de alarme; sensores para detectar movimentos; botões de pânico; fios; câmeras. Há a possibilidade de oferecer: cercas elétricas, circuito fechado de TV; monitoramento 24 h; alarmes; projetos de segurança residencial.

O ramo não indica necessidade – e muitas vezes nem é recomendável – de manutenção de estoque. A compra é por demanda, com no máximo um mostruário disponível. Bons fornecedores são fundamentais, assim como ter uma lista atualizada dos melhores do setor.

Todos os materiais devem ter sua documentação técnica guardada, como manuais de instalação e informações sobre manutenção. É preciso ter em mente que o ramo dispõe de normas técnicas específicas que devem ser consultadas junto à Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Toda empresa precisa de gestão

Você precisará organizar o seu processo produtivo: necessidades de deslocamentos para orçamentos, visitas, tempo para elaboração de projetos, orçamentos, assim como planejar e executar o que foi orçado e projetado. Cada fase deve ser planejada. Desde o tempo, pessoal e custo envolvidos.

A maior parte do monitoramento eletrônico é uma atividade automatizada. Devem ser providenciados softwares para acompanhamento de imagens, comunicação para a empresa e clientes, por meio de avisos à central e até mesmo à polícia.

Todo esse planejamento exige monitoramento e controle, especialmente das finanças. Por isso, além de softwares de imagem, é necessário um de gestão. Um exemplo é o eGestor, que não necessita de instalação, roda online e em qualquer plataforma, usando apenas o browser.

Com um sistema inteligente, você consegue ter no mesmo lugar o controle financeiro, de fluxo de caixa, o controle de vendas de produtos e serviços, de estoque, emissão de nota fiscal eletrônica e ainda pode emitir relatórios. Assim, você saberá onde está seu dinheiro sempre.

Os prazos praticados entre fornecedores costuma ser de cinco dias para entrega e pagamento em até 30 dias. Lembre-se de prever valores para pessoal, compras, manutenção e capital de giro, assim como de tributos e investimentos em divulgação, como presença em eventos e publicidade.

O serviço de monitoramento eletrônico de residências pode optar pelo Simples Nacional, voltado para microempresas e de pequeno porte, de acordo com o faturamento. É desse valor e forma de registro que dependerão as taxas a serem pagas.

O valor inicial da montagem de um serviço eletrônico de residências gira em torno de R$ 60 mil a R$ 80 mil, conforme o porte do negócio desejado.

Conclusão

Portanto, sendo a segurança um fator indispensável, principalmente em residências, investir em um serviço de monitoramento eletrônico de residências pode ser lucrativo. Mas para que o negócio obtenha êxito é necessário fazer algumas medidas, como escolher uma localização adequada, que fique pŕoximo a clientes ou potenciais clientes, como órgãos oficiais de segurança e delegacias, por exemplo. Após definir a localização, deve montar a sua estrutura para registrar o estabelecimento na junta comercial. Com a empresa pronta, contratar funcionários qualificados e ter um software para auxiliar na gestão financeira são fatores importantíssimos para a estabilidade de seu negócio.

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Escrito em: 26/03/20
<a href="https://blog.egestor.com.br/author/pedro-henrique-escobar/" target="_self">Pedro Henrique Escobar</a>

Pedro Henrique Escobar

Pedro Henrique Escobar é formado em Administração e gerente de marketing no eGestor. O eGestor é uma ferramenta online para gestão de micro e pequenas empresas. Teste gratuitamente em: eGestor.

Comentários:

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3 Comentários

  1. joao carlos

    TEnho um cliente que já tem as câmeras, ele quer so o monitoramento e ai são 35 lojas para monitorar câmeras e alarmes com ronda. á trabalho com rastreamento veicular e gostaira de saber o que é preciso para montar uma central desse tipo. Equipamento, software, contrato, valor a cobrar (com ronda).

    Responder
    • Sandro izidoro

      João Carlos tô com a mesmo situação, sem idéia de quanto devo cobrar

      Responder
  2. Fabiano Bueno

    Seu artigo é muito interessante. Uma dúvida, existe uma calculo para se determinar quantas pessoas são necessárias para operar um sistema de CFTV ? Exemplo: Uns 20 locais distantes com 16 câmeras cada, total de 320 cameras, porem qual seria a quantidade de pessoas para que exista uma qualidade de operação e visualização?

    Responder

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