fbpx

CST (Código de Situação Tributária): O que é + Tabela A e B

Você sabe o que é o Código de Situação Tributária, também chamado pela sigla CST? Não?

Assim como diversas siglas e questões tributárias difíceis de entender para um empreendedor iniciante e, até mesmo, para aqueles já possuem uma experiência em empreendedorismo, o Código de Situação Tributária (CST) também pode parecer um pouco confuso no início.

Mas calma! Não é preciso entrar em desespero. Ele não é tão difícil assim e, depois que você tiver um pouco de conhecimento sobre ele, vai achar tudo muito mais descomplicado.

É preciso, é claro, prestar bastante atenção a todos os produtos que você adquire, pois cada um possui o seu próprio código.

Afinal, o que é CST?

CST é sigla para Código de Situação Tributária. Ele necessita, exclusivamente, estar inserido na emissão de qualquer nota fiscal.

Mas qual a necessidade disso?

Ele existe para que você consiga identificar a origem e a procedência do produto. Ou seja, o Código de Situação Tributária (CST), mostra onde foi produzida a mercadoria, podendo ser no Brasil, ou em um país do exterior.

É só isso que ele determina? Não, não é só isso. O Código de Situação Tributária também pode ser utilizado para determinar de qual maneira a mercadoria será tributada no Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviço (ICMS). Mas, ele também é utilizado em conjunto ao CFOP (Código Fiscal de Operações e Prestações), uma vez que identifica a natureza do item ou do serviço.

Por que devo saber o que é o CST?

Além de certificar a qualidade do produto que você está adquirindo, o CST permite que você taxe de maneira correta o próprio produto.

No ramo do empreendedorismo, sabemos que esses são dois pontos importantíssimos na hora de adquirir qualquer produto ou serviço.

Mas qual a principal finalidade do CST?

Através do CST o Governo Federal é capaz de identificar a origem do produto a aplicar nele a fiscalização necessária. Assim, são determinadas tarefas muito importantes, como a definição do valor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Com o Código de Situação Tributária em mãos, é feita a conferência completa e detalhada do produto e, posteriormente, é aplicado o ICMS.

O ICMS é um imposto que se aplica em milhares de produtos e serviços, trazendo uma alta taxa tributária para o país. Ele é aplicado em produtos produzidos aqui e os originários de outros países também.

Portanto, esteja sabendo que é necessário que seu negócio possua e informe corretamente o Código de Situação Tributária de seus produtos. O descompromisso com a divulgação do código, pode acarretar em uma série de complicações para você e sua empresa.

Com o CST informado corretamente, é feito o devido cálculo do ICMS e assim você evita riscos à saúde de seu negócio.

E como é feita a consulta ao CST?

Bem, o Código de Situação Tributária nada mais é do que um pequeno código de três dígitos.

Assim, a origem da mercadoria é determinada em cima do primeiro dígito e nos dois últimos dígitos, é possível determinar o formato de tributação do produto.

Existem duas tabelas capazes de determinar esses dígitos e elencar melhor os produtos. A tabela A do Código de Situação Tributária (CST) e a tabela B do Código de Situação Tributária (CST).

Tabela A

0 – Nacional: Exceto as indicadas nos códigos 3, 4, 5 e 8.

1 – Estrangeira: Importação direta, exceto a indicada no código 6.

2 – Estrangeira: Adquirida no mercado interno, exceto a indicada no código 7.

3 – Nacional: Mercadoria ou bem com conteúdo de importação superior a 40% e inferior ou igual a 70%.

4 – Nacional: Cuja produção tenha sido feita em conformidade com os processos produtivos básicos de que tratam o Decreto-Lei nº 288/67, e as Leis nº 8.248/91, 8.387/91, 10.176/01 e 11.484/07.

5 – Nacional: Mercadoria ou bem com Conteúdo de Importação inferior ou igual a 40%

6 – Estrangeira: Importação direta, sem similar nacional, constante em lista de Resolução CAMEX e gás natural.

7 – Estrangeira: Adquirida no mercado interno, sem similar nacional, constante em lista de Resolução CAMEX e gás natural.

8 – Nacional: Mercadoria ou bem com Conteúdo de Importação superior a 70%.

A tabela A do CST é aquela que é destinada a controlar a origem dos produtos. Ela é classificada em 8 números e nela, classificam-se os produtos em Nacional e Estrangeira. Porém, a classificação pode variar conforme a especificidade do produto adquirido. Podendo ser do mercado interno ou via importação direta, por exemplo.

Tabela B

00 – Tributada integralmente

10 – Tributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária

20 – Com redução de base de cálculo

30 – Isenta ou não tributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária

40 – Isenta

41 – Não tributada

50 – Suspensão

51 – Diferimento

60 – ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária

70 – Com redução de base de cálculo e cobrança do ICMS por substituição tributária

90 – Outras

Já a tabela B do Código de Situação Tributária varia um pouco mais. Sua classificação determina de que maneira será realizada a tributação sobre a mercadoria.

Os dois últimos dígitos do CST, como informamos acima, que fazem essa classificação do produto.

Os números podem variar conforme o produto, mas é preciso estar atento a eles. Não confunda o Código de Situação Tributária (CST) com o Código de Situação da Operação Simples Nacional (CSOSN). Ambos têm a mesma finalidade, mas são cobrados diferentemente dependendo do regime fiscal adotado pela empresa.

Tabela CSOSN

101 – Tributada pelo Simples Nacional com permissão de crédito

102 – Tributada pelo Simples Nacional sem permissão de crédito

103 – Isenção do ICMS no Simples Nacional para faixa de receita bruta

201 – Tributada pelo Simples Nacional com permissão de crédito e com cobrança do ICMS por substituição tributária

202 – Tributada pelo Simples Nacional sem permissão de crédito e com cobrança do ICMS por substituição tributária

203 – Isenção do ICMS no Simples Nacional para faixa de receita bruta e com cobrança do ICMS por substituição tributária

300 – Imune

400 – Não tributada pelo Simples Nacional

500 – ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária (substituído) ou por antecipação

900 – Outros

Bom, agora que ficou mais claro para você, não deixe de correr atrás de mais informações sobre ele e mantenha-se atento nisso. E, o mais importante, sucesso nos empreendimentos!

Banner-conversao-eGestor-blog
Início 9 Sistema de Gestão 9 Controle de Estoque 9 CST (Código de Situação Tributária): O que é + Tabela A e B
Escrito em: 28/04/20
<a href="https://blog.egestor.com.br/author/pedro-henrique-escobar/" target="_self">Pedro Henrique Escobar</a>

Pedro Henrique Escobar

Pedro Henrique Escobar é formado em Administração e gerente de marketing no eGestor. O eGestor é uma ferramenta online para gestão de micro e pequenas empresas. Teste gratuitamente em: eGestor.

Comentários:

Compartilhe seu comentário, dúvida ou sugestão!

0 comentários

Enviar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você também pode gostar…

Nota Fiscal de Serviço Eletrônica (NFS-e): o que é e quem emite

A NFS-e, ou Nota Fiscal de Serviço Eletrônica, é um dos tipos de notas fiscais que existe juntamente com a nota fiscal, a nota fiscal do consumidor e o conhecimento de transporte. Elas são úteis para empresas que tem como uma das funções...

Gestão empresarial: guia definitivo para o sucesso do seu negócio

Toda empresa precisa ter um objetivo, uma missão maior que guie todas as suas atividades. Independente de qual for esse objetivo, ele tem tudo a ver com a gestão empresarial. Isso porque é através de uma gestão empresarial competente e...

Faturamento: O que é, como calcular e aumentar o seu

Porque o faturamento é tão importante para a empresa? Porque ele é o dinheiro que a empresa recebeu em um período, que mostra se ele foi bom ou não. Acompanhar o faturamento se sabe quanto a empresa pode gerar de capital. Ele também é...

Nota fiscal eletrônica: tudo o que você deve saber [ATUALIZADO]

A Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) é um documento cuja função é atestar a venda de um produto ou a prestação de um serviço. Ela foi desenvolvida com o objetivo de substituir alguns sistemas de impressão de documentos fiscais em papel. Assim...

Guia do MEI: Tudo sobre o Microempreendedor Individual

O MEI (Microempreendedor Individual) é um tipo de empresa voltado para formalização de profissionais autônomos. O custo para abrir um MEI é zero. Os impostos pagos pelo MEI são o ICMS, pela venda de mercadorias, o ISS, por prestação de...

Controle financeiro empresarial: Como fazer passo a passo

Passo a passo para fazer o controle financeiro empresarial Faça o controle do fluxo de caixa Separe custos e receitas Planejamento de recebimentos e pagamentos Registre todas as operações financeiras Tenha um orçamento bem estruturado...

Fluxo de Caixa: Guia de como fazer o da sua empresa

O que é o fluxo de caixa?O fluxo de caixa é o controle de todos os valores que entram e saem do financeiro da empresa. Qual o objetivo do fluxo de caixa?O objetivo do fluxo de caixa é garantir a saúde financeira do negócio, assegurando...

NFC-e (Nota fiscal do consumidor eletrônica) [Atualizado]

A NFC-e é uma nota fiscal utilizada para registrar vendas de produtos. Ela é emitida diretamente para o consumidor final. Para emitir a NFC-e deve ser utilizado um sistema emissor de notas fiscais. Emitir NFC-e Todo produto ou serviço...

ERP: O que é e vantagens [GUIA COMPLETO]

Teste Grátis A administração de uma empresa acontece diariamente, com processos e controle que devem ser feitos a todo momento. Esses processos são o que mantém a empresa funcionando, e esse controle é o que mantém as contas em dia e os...

Controle de Estoque: Como fazer um controle profissional

Porque o controle de estoque é tão importante para a empresa? O estoque é o principal ativo de uma empresa, sendo a forma mais importante de fazer dinheiro. Por isso, ter total atenção a gestão do estoque é de extrema importância. Se a...