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Como fazer o uso do big data para PMEs?

Alguns empreendedores têm receio de adotar o big data como uma ferramenta para seu negócio, porque não sabem se vai trazer para uma PME (Pequena e Média Empresa) o mesmo resultado que traz para uma grande corporação.

Este artigo foi escrito pensando nisso, para que você entenda melhor como adotar e usar essa ciência em uma PME, para favorecer o crescimento e desenvolvimento da sua empresa. Vamos lá?

O que é big data?

Antes de começar, apenas uma breve explicação: big data é um termo usado para descrever um grande volume de dados dentro de um negócio. Esses dados podem ser estruturados ou não. Eles carregam um grande potencial para apontar caminhos e oportunidades — mas, se não forem devidamente trabalhados, tornam-se um problema. É como ter todas as respostas de uma prova, porém, escritas em grego.

É aí que entra outro conceito importante (e que, nesse post, consideramos naturalmente vinculado ao conceito de big data). Trata-se da análise de dados. É esse processo que vai examinar o grande volume de dados obtido com essa ciência para identificar padrões, correlações, tendências e gerar outras informações relevantes.

Como usá-lo?

Para entender seus clientes

Nem precisamos explicar como é importante para qualquer negócio — seja um empreendedor individual seja uma corporação multinacional — entender bem seus clientes. E, graças ao big data, você pode ter uma imagem mais completa e precisa de quem eles são.

É possível descobrir por que eles compram, como eles preferem comprar, por que mudam de marca, o que pretendem adquirir em seguida, quais motivos levam a indicar uma empresa a outras pessoas e assim por diante. Isso sem falar nas informações mais específicas de feedback sobre o seu negócio e o seu produto, que são valiosas para tomar decisões estratégicas de melhoria.

Tudo isso é possível, principalmente, porque o big data consegue coletar sistematicamente informações a partir das redes sociais, onde grande parte das pessoas compartilha suas atividades e opiniões.

Para você ter uma ideia, essa ciência está tão avançada que é possível até mesmo analisar os trajetos mais percorridos pelos seus clientes. Isso é interessante, por exemplo, para que um empreendedor possa decidir o ponto ideal para abrir uma segunda loja.

💡 Você também pode gostar: BackOffice: o que é e quais as vantagens para sua empresa

Para ficar um passo à frente

Em determinados segmentos, em que as empresas estão muito equiparadas em termos de tecnologia e qualidade, a vantagem competitiva se desloca para aspectos mais subjetivos. Um deles é a capacidade de se manter um passo à frente, identificando tendências e agindo rapidamente para incorporá-las.

Com o big data, é possível pesquisar grandes volumes de troca de informações (mensagens, imagens, vídeos) via internet, para identificar quais tópicos estão aparecendo mais.

Assim, um empreendedor que tem uma loja de roupas pode descobrir quais marcas estão se tornando mais populares, para trazê-las para o seu estoque. Outro exemplo? O próprio empreendedor que trabalha na produção de roupas também pode descobrir quais cores e estampas estão se tornando “objeto de desejo” e planejar sua próxima coleção.

Isso sem mencionar que uma PME também pode usar o big data para coletar informação sobre seus concorrentes, inclusive os maiores. É uma forma mais avançada de praticar benchmarking, ou seja, criar parâmetros de melhoria para sua empresa baseado nas boas práticas dos concorrentes.

Internamente

Talvez você não saiba, mas também é possível usar o big data para lidar com grandes volumes de informação gerados automaticamente pela sua própria empresa.

Por exemplo, vamos supor que você tenha um maquinário de produção ou, mesmo, um sistema de controle de pedidos dos clientes. Naturalmente são produzidos dados. Porém, algumas vezes é difícil organizar esses dados em algo que faça sentido e seja útil. Essa é a transformação de dado em informação.

Utilizando os dados, essa transformação é possível. A partir daí, você poderá definir o que precisa ser melhorado, em termos de eficiência e qualidade.

É válido dizer, claro, que para isso ser possível, você deve estar encaminhando sua PME para um nível mais alto de automação. Adotando softwares de gestão, por exemplo. Se você ainda trabalha com registros manuais, será impossível aplicar a ciência dos dados para ajudar na gestão.

Outro uso interno dessa ciência é para os processos de recrutamento e seleção, permitindo que você atue de maneira mais proativa na contratação dos seus colaboradores. Por meio da análise de dados, é possível encontrar os melhores candidatos vasculhando, por exemplo, perfis profissionais no LinkedIn.

E, já que o sucesso de uma empresa tem muito a ver com a formação de uma equipe de excelência, esse é um uso dos dados no qual vale a pena investir. Ele trará ótimos resultados em médio e longo prazo.

E não podemos deixar de mencionar o big data como um importante ajudante no monitoramento e controle de métricas. Muitos empreendedores não utilizam métricas em seu negócio porque, de fato, pode ser difícil coletar e atualizar os dados com a frequência adequada (que pode, inclusive, ser diária). Esse é um problema que pode ser facilmente resolvido com o uso de big data em sua PME.

Qual o custo?

Antes de terminar esse artigo, você provavelmente está se perguntando se o custo dessa tecnologia é algo que sua PME pode encarar. Mas vamos pensar nos fatos.

A cada dia, a gestão dos negócios se torna mais digital e gera mais dados. Porém, se esses dados não forem convertidos em informação, eles não apenas são inúteis como podem, até mesmo, prejudicar o negócio, levando o empreendedor a tomar decisões equivocadas. Portanto, não investir em big data representa um risco à sobrevivência de qualquer empresa, grande ou pequena.

Por outro lado, existe uma tendência ao surgimento de serviços para que você possa fazer a análise de dados em sua empresa sem precisar de um profissional especializado. É uma espécie de self-service que agiliza o processo e torna seu custo mais acessível. Assim, é uma excelente oportunidade para as PMEs entrarem nessa nova etapa do desenvolvimento tecnológico.

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Escrito em: 11/07/17
<a href="https://blog.egestor.com.br/author/pedro-henrique-escobar/" target="_self">Pedro Henrique Escobar</a>

Pedro Henrique Escobar

Pedro Henrique Escobar é formado em Administração e gerente de marketing no eGestor. O eGestor é uma ferramenta online para gestão de micro e pequenas empresas. Teste gratuitamente em: eGestor.

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