Uma empresa gerida e administrada por estudantes do ensino superior com orientação de professores, que tem como objetivo desenvolver a prática dos conhecimentos adquiridos em sua área de atuação, interligar o mercado de trabalho com as instituições acadêmicas e com os próprios estudantes, além da realização de uma gestão totalmente autônoma. Além de tudo isso, com um custo de consultoria empresarial muito menor que a média do mercado.
É baseado nisso que consiste uma empresa júnior, que não possui nenhum fim lucrativo. Quer saber mais a respeito desse tipo de empresa em relação a sua importância, seu funcionamento, historia e também quanto a forma de ingresso em uma? Siga com a gente neste artigo!
A historia das empresas juniores
O movimento das empresas juniores começou na França, no ano de 1967, na na L’École Supérieure des Sciences Economiques et Commerciales – em Paris. Já no seu primeiro ano, apesar de não possuir um caráter lucrativo, a empresa júnior francesa faturou cerca de 19 milhões de dólares.
Com o decorrer dos anos, a ideia das empresas juniores foi se espalhando por outros países, chegando no Brasil em 1988, e um ano depois, surgiu a primeira empresa júnior brasileira, na FGV (Fundação Getúlio Vargas), situada em São Paulo. Posteriormente, essas empresas foram ganhando força no país, com a UNICAMP e a USP, se tornando duas universidades referência no desenvolvimento e gestão dessas empresas.
Brasil Júnior
No ano de 2003, surgiu a Confederação Brasileira de Empresas Juniores. Também chamada de Brasil Júnior, esta confederação tem como objetivo estabelecer diretrizes e normas para todas as empresas juniores existentes no país. Ainda em 2003, a partir da união de diversas empresas juniores do Brasil, surgiu o evento ENEJ (Encontro Nacional de Empresas Juniores).
O ENEJ é o principal evento voltado para as empresas juniores no Brasil. Com suas edições realizadas uma vez ao ano, o ENEJ tem como intuito gerar o compartilhamento de informações e experiências entre os mais variados empresários juniores e os professores universitários envolvidos.
Os participantes do evento, tem a possibilidade de assistir palestras, se envolvendo em uma ampla de rede de troca de experiências, com a participação em workshops e debates voltados para os mais variados temas referentes ao empreendedorismo. Além disso, os acadêmicos participantes do ENEJ ainda tem a possibilidade de se inscrever em mini-cursos que ocorrem durante os dias do evento, entre diversos outros atrativos, como o contato com empresários e a divulgação da sua imagem profissional.
Atualmente, o Brasil possui mais de 2000 empresas juniores, sendo uma grande referência no desenvolvimento dessas empresas. Entre as empresas juniores existentes no país, 391 fazem parte da Confederação Brasileira de Empresas Juniores (Brasil Júnior), que é a entidade reguladora dessas associações.
A importância de uma empresa júnior
Com a participação em uma empresa júnior, os estudantes possuem uma boa vivência do mercado de trabalho, que lhes possibilita uma experiência diferenciada fora do ambiente de sala de aula. Fazendo parte dessas empresas, os estudantes desenvolvem o trabalho em equipe e tornam-se muito mais preparados para ingressarem definitivamente no mercado de trabalho. Assim como sentem-se motivados a abrir o seu próprio negócio e tornarem-se empreendedores.
Além do trabalho em equipe, os universitários também desenvolvem importantes atributos para a vivência no ambiente empresarial: processos de gerenciamento, oratória, atendimento e negociação com o cliente, dentre outros. Além do desenvolvimento destas habilidades, a participação em uma empresa júnior torna os estudantes muito mais bem vistos por empregadores, aumentando a credibilidade no mercado de trabalho.
Possuir esse diferencial no currículo é de suma importância, a medida em que o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo e acirrado. Portanto, a participação em uma empresa júnior oferece inúmeras vantagens aos acadêmicos. Além de vivenciar o ambiente empresarial e adquirir experiências em relação as mais variadas situações que ocorrem nos processos de gestão empresarial, eventos como o ENEJ, propiciam ainda mais conhecimento e troca de experiências com outros jovens empresários.
As empresas também são beneficiadas com os projetos desenvolvidos pelos acadêmicos, pois conseguem a realização destes projetos com um custo muito baixo, já que não possuem nenhum fim lucrativo. As empresas juniores também são importantes para as universidades, que ficam com uma boa imagem institucional diante da participação dos estudantes nessas empresas, que acabam divulgando as respectivas instituições envolvidas, facilitando a atração de novos alunos e formação de novas parcerias de negócio.
Como funciona uma empresa júnior?
De uma forma geral, o funcionamento de uma empresa júnior se realiza através da aplicação na prática dos conhecimentos adquiridos pelos acadêmicos na universidade, que desenvolvem projetos voltados para consultorias empresariais, criação de novos produtos, realização de estudos e pesquisas sobre o mercado, gestão de projetos, desenvolvimento de networking, além de elaborações de campanhas de marketing, tudo com o auxílio de professores universitários.
Os participantes de uma empresa júnior atuam no desenvolvimento de seu espírito empreendedor e na geração de ideias, tudo de forma a contribuir e solucionar os problemas de outras empresas, também prestando serviços para entidades e para a sociedade de uma forma geral.
As receitas geradas por uma empresa júnior são utilizadas em geral para a manutenção e infra-estrutura da mesma, assim como também são investidas em cursos de capacitação para os voluntários envolvidos.
Os serviços são desenvolvidos principalmente para micro e pequenas empresas, que vão em busca das empresas juniores pelo baixíssimo custo das consultorias, e também pela credibilidade passada pela universidade e pela orientação dos professores acadêmicos, que garantem projetos desenvolvidos com muita qualidade.
Como participar de uma empresa júnior?
Quem deseja ingressar em uma empresa júnior e vivenciar o ambiente empreendedor durante o período de graduação, de forma a se preparar e ganhar credibilidade para o mercado de trabalho, deve passar por um processo seletivo. Esse processo de seleção pode variar de acordo com as diferentes empresas juniores e universidades envolvidas. Mas de uma forma geral, o ingresso em uma empresa júnior é espelhado a de uma empresa tradicional, com a realização de entrevistas, testes e até dinâmicas de grupo.
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