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Funerária: Veja o passo a passo para montar uma

Funerárias são comércios que ninguém tem interesse em usar, mas algo inevitável na vida de todos. Para empreender no ramo funerário é preciso ter em mente que lidar com os mortos não é tarefa fácil e necessita de um trabalho especializado e meticuloso.

Muitas funerárias são negócios de família, que em diversas vezes moram no mesmo imóvel do estabelecimento e convivem muito bem com essa situação. Os empreendedores de funerárias estão sempre buscando formas de agregar valor ao negócio, já que o setor está passando por diversas modificações referentes às suas normas e questões de valores e preços tabelados.

Em épocas passadas, as funerárias costumavam realizar o procedimento completo e cuidavam desde o contato com a família e a preparação do corpo até a entrega no cemitério. Questões burocráticas também ficavam por conta do estabelecimento. No entanto, hoje em dia, embora ainda existam funerárias que oferecem os procedimentos completos, o serviço ficou dividido entre três estabelecimentos relacionados. São eles:

  • Funerária: responsável pelo fornecimento da urna funerária e pelo translado do corpo;
  • Clínicas médicas especializadas: são responsáveis por todo o tratamento do corpo, incluindo a maquiagem, vestimenta e colocação das flores;
  • Administração do cemitério: faz a venda da cova, providencia o lugar para o velório e é responsável por toda a parte do enterro.

A principal responsabilidade de uma instituição funerária é a venda e o translado das urnas fúnebres. Entretanto, o empreendedor pode oferecer outras formas de serviço para agregar valor ao negócio, como, por exemplo, apresentar ornamentações diferenciadas.

💡 Você também pode gostar: Como abrir uma prestadora de serviços

O mercado das funerárias

Existem muitas crendices que rondam o ambiente das funerárias e para entrar nesse ramo não basta apenas querer abrir um negócio, é necessário gostar desse tipo de serviço, que não é uma atividade comum, como tantas outras, mas sim algo que envolve os sentimentos de pessoas que perderam entes queridos.

O setor funerário cresceu, aproximadamente, 30% nos últimos anos e montar uma empresa no ramo pode ser bastante lucrativo. Mas, antes de iniciar o negócio, é importante entender como ele funciona e os detalhes de cada etapa. Quando morre uma pessoa, o primeiro lugar em que o familiar entrará em contato para as devidas providências será a funerária, que precisará estar devidamente apta para oferecer todos os serviços necessários para a ocasião.

O fato de o setor estar em expansão não quer dizer o aumento de mortes na população, mas sim, um maior investimento no negócio e melhorias nos serviços ofertados. Segundo a Funexpo 2011, uma feira voltada para o ramo funerário, existem tendências crescentes relacionadas com a sustentabilidade e, por isso, muitos têm procurado serviços de urnas ecológicas, cemitério vertical e até urnas cinerárias, que são produtos feitos de material ecológico e se dissolvem rapidamente no ambiente.

Caso o cliente não tenha preferência por uma funerária, existe em alguns estados, a Central de Óbitos, que distribuirá a demanda pelo serviço por rodízios de empresas cadastradas.

Em alguns estados, por determinação do governo, serviços funerários destinados a crianças com uma altura de até 1m, não devem ser cobrados. As Secretarias de Desenvolvimento Social Estaduais oferecem serviços gratuitos para a população e, dessa forma, com a Central de Óbitos, a concorrência pode se tornar um pouco desleal.

A expectativa de vida dos brasileiros tem aumentado muito e, por isso, empreendedores funerários precisam pensar em como oferecer serviços diferenciados para que os ganhos possam ser maiores e para que não haja queda no setor. De acordo com um levantamento feito pela Abredif (Associação Brasileira de Empresas e Diretores do Setor Funerário) esse mercado movimenta, aproximadamente, R$ 2 bilhões por ano e, cada vez mais, esses estabelecimentos oferecem serviços específicos e personalizados, cuidando de toda a parte da documentação e realizando cerimônias suntuosas.

Onde instalar

Para pensar no lugar ideal para montar uma funerária, é necessário já ter decidido se a empresa terá uma sala de preparação, que é onde o corpo é embalsamado e ornamentado. Tendo uma sala de preparação, a instalação da empresa somente pode ser feita a, no mínimo, 5 km de distância de residências, de acordo com normas da Anvisa.

O imóvel precisa estar regularizado e é importante que o local seja de fácil acesso, tenha local para estacionamento e de preferência, próximo de hospitais, clínicas médicas, cemitérios e necrotérios.

Uma pesquisa de mercado é essencial antes de abrir qualquer negócio e com funerárias não é diferente. Será necessário pesquisar a concorrência, o perfil dos clientes em potencial, valor do aluguel do imóvel e observação com relação ao bairro, se é de classe A, B, C ou D e se os hospitais são públicos ou privados.

Documentos Necessários

Para que seja iniciado um empreendimento funerário, a empresa deverá ser registrada nos seguintes órgãos:

  • Junta comercial;
  • Secretaria Estadual da Fazenda;
  • Secretaria da Receita Federal, para obter o CNPJ;
  • Prefeitura, para conseguir o alvará de funcionamento;
  • Caixa econômica (INSS/FGTS);
  • Entidade Sindical Patronal;
  • Corpo de bombeiros.

É necessária uma visita à Prefeitura para realizar a consulta do local.

Para iniciar o empreendimento, será realizada uma vistoria no local, com o intuito da emissão de uma licença sanitária da Anvisa, já que se trata de um trabalho que envolve corpos em decomposição e que podem disseminar bactérias e transmitir doenças. Como em todos os ramos, a higiene é essencial e em uma funerária é extremamente importante, devido ao tipo de serviço.

Os corpos somente podem ser manuseados se não apresentarem riscos, caso contrário, o corpo permanecerá no IML para os procedimentos necessários.

Funerária pode ser MEI?

Sim, uma funerária com CNAE 9603-3/04 – Serviços de funerárias, pode ser MEI.

Para um bom funcionamento das finanças do estabelecimento, existem alguns softwares de gestão, como o eGestor, que fará todo o controle de vendas e estoque, além de emitir a nota fiscal eletrônica. Trata-se de um sistema simples e inteligente, ideal para micro e pequena empresa.

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Escrito em: 24/02/17
<a href="https://blog.egestor.com.br/author/pedro-henrique-escobar/" target="_self">Pedro Henrique Escobar</a>

Pedro Henrique Escobar

Pedro Henrique Escobar é formado em Administração e gerente de marketing no eGestor. O eGestor é uma ferramenta online para gestão de micro e pequenas empresas. Teste gratuitamente em: eGestor.

Comentários:

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4 Comentários

  1. Baltazar

    Gostei muito dos esclrecimentos citados ,gosto muito do ramo e pretendo ser um empreendedor de sucesso nesse ramo.

    Responder
  2. Luis

    Muito bom!

    Responder
  3. Dirceu Rosa

    Estou me interessando em investir neste ramo.

    Responder
  4. Carla Costa Zenha Barreiro

    Existe algum curso específico para ser um agente funerário? Qual o tamanho ideal para uma casa funerária.

    Responder

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