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Custo de armazenagem: por que estar atento?

A gestão do estoque é essencial para manter uma empresa, garantindo que os produtos estejam disponíveis aos clientes. Mas essa atividade gera um conjunto de gastos, conhecidos como custo de armazenagem.

O valor desse custo é repassado aos clientes quando os produtos estocados são comprados. Dessa forma, diminuir os custos com o armazenamento é uma maneira de melhorar os preços e agilizar todo o processo de logística.

Quando o cálculo do custo de armazenagem é feito, ele deve levar em conta diversos fatores que variam de acordo com as características do produto armazenado, o tamanho do espaço utilizado e as ferramentas usadas.

Nesse artigo vamos falar sobre como fazer esse cálculo e o que pode ser feito para diminuir esses gastos.

O que é o custo de armazenagem?

De uma forma resumida, o custo de armazenagem se refere aos gastos que a empresa faz para manter suas mercadorias estocadas.

Esses gastos vão além do custo de manter o espaço físico do estoque. Eles abarcam todos os gastos desde o momento que o produto deu entrada no depósito, sua movimentação interna, até o instante que deixa o estoque.

Existem duas formas de fazer esse cálculo. Um leva em consideração o espaço disponível para a armazenagem e o outro a quantidade de produtos que foram estocados dentro de determinado espaço.

A importância de calcular o custo de armazenagem

Os custos dos produtos que chegam ao consumidor não são baseados apenas no valor pago ao fabricante, mas em todos os gastos durante todo o percurso fábrica-cliente. O custo de armazenagem faz parte dessa conta.

Sendo assim, um alto gasto com estocagem acaba por elevar o preço final dos produtos. Nesse cenário, o empresário tem duas soluções, não repassar os custos para o cliente e manter o preço competitivo ou repassar os valores e correr o risco de perder vendas.

Por isso, é essencial manter os custos de armazenagem em um patamar equilibrado. Para isso, existe uma série de ferramentas que podem diminuir os gastos com a manutenção de estoque.

💡 Você também pode gostar: Almoxarifado: como montar e controlar em sua empresa?

Quais são os custo de armazenagem?

Diversos fatores podem influenciar o custo de armazenagem dos produtos. A seguir você encontra os principais:

  • Estrutura: são os custos com o espaço físico em si. Se for alugado, estamos falando do valor pago ao locatário. Se for um imóvel próprio, pensamos nos custos com impostos, como o IPTU.

Em ambos os casos, devemos levar em consideração o que é gasto com água, internet, luz, manutenção e seguro.

  • Manutenção: o maquinário envolvido no processo de armazenagem, como as empilhadeiras, precisa de manutenção constante. Apesar desses valores estarem previstos no planejamento financeiro das empresas, ele também deve ser considerado para o cálculo do custo de armazenagem.
  • Tecnologia: a cada dia o processo de gestão de estoques está cada vez mais tecnológico, portanto, os gastos com hardwares e softwares entram na conta.
  • Embalagens e Mobiliário: esses itens são indispensáveis para manter os produtos corretamente acomodados, além disso, eles otimizam os espaços e melhoram a logística.

Estamos falando de estantes, paletes, mesas, caixas de papelão e até dos refrigeradores para a preservação das mercadorias perecíveis.

  • Operação: os gastos com o recebimento, estocagem, separação e carregamento até o transporte ou cliente devem estar incluídos no custo de armazenagem.
  • Mão de Obra: aqui estão abarcados os gastos com os salários de todos os profissionais envolvidos no processo. Desde aqueles responsáveis pelo setor administrativo, até os carregadores e faxineiros.

Como calcular

O primeiro passo para realizar o cálculo do custo de armazenamento é levantar todos os gastos envolvidos no processo de armazenagem, sejam eles diretos ou indiretos. Também é necessário estipular um corte temporal.

Para facilitar o entendimento, vamos supor que os gastos com o armazenamento são de 100.000 reais por ano. O tamanho dos armazéns é relevante para o cálculo. Seguindo nosso exemplo, temos um prédio com 100m².

Por último, é necessário saber quantos produtos foram alojados no estoque durante o período estipulado. Para isso, basta somar a quantidade de produtos vendidos com os que ainda então armazenados.

Ainda em relação ao exemplo aplicado, foi armazenado um total de 5.000 mercadorias. Agora podemos calcular o custo de armazenagem em relação ao metro quadrado e ao produto.

Se dividirmos os gastos pelo tamanho do armazém, teremos que o custo de armazenagem é de R$2.000,00 por m². Se dividirmos os gastos pela quantidade de material estocado, obteremos um custo de armazenagem de R$ 40,00 por produto.

Como diminuir o custo de armazenagem

Diminuir o custo de armazenagem é uma ótima estratégia para tornar o preço dos produtos mais competitivo no mercado. A economia pode ser de alguns centavos, mas em longo prazo ela vai fazer diferença.

  • Integrar toda a empresa: isso quer dizer que todos os setores devem ter acesso aos dados do estoque. Assim, o pessoal responsável pelas compras sabe quando fazer novos pedidos e o setor de vendas quais produtos precisa vender.
  • Melhorar o gerenciamento de estoque: manter o nível de estoque equilibrado, estipulando quantidades mínimas e máximas de cada produto. Dessa forma, os materiais estarão sempre à disposição, mas sem que eles fiquem encalhados por muito tempo.
  • Diminuir o ciclo dos produtos: o Lead Time é o tempo em que um produto fica armazenado. Quanto menor esse tempo, menor o ciclo do produto dentro do armazém e, consequentemente, menor será o custo de armazenagem.
  • Otimizar as técnicas de armazenamento: um processo de estocagem mais eficaz, reduz os custos e simplifica a logística, por exemplo:
    • Melhorar a rotatividade dos estoques. Técnicas como a PEPS (primeiro a chegar, primeiro a sair) ajudam a manter os produtos armazenados sempre novos, além de valorizar os itens estocados.
    • Criar um sistema de endereço logístico, no qual as prateleiras, corredores, níveis, etc., são identificados como se fossem ruas, bairros e números residenciais. Isso facilita o processo de busca pelos produtos.
    • Reduzir a quantidade de mercadoria encalhada, dando prioridade para aquelas que têm maior saída.
    • Acompanhar os movimentos sazonais dos produtos, comprando aqueles que vendem melhor em determinados períodos do ano.
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Escrito em: 21/07/20
<a href="https://blog.egestor.com.br/author/pedro-henrique-escobar/" target="_self">Pedro Henrique Escobar</a>

Pedro Henrique Escobar

Pedro Henrique Escobar é formado em Administração e gerente de marketing no eGestor. O eGestor é uma ferramenta online para gestão de micro e pequenas empresas. Teste gratuitamente em: eGestor.

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