Muito se fala em planejamento estratégico, entretanto, como é possível fazê-lo de fato?
Planejar é inerente ao administrador. Ainda assim, é importante destacar que ferramentas e recursos perspicazes podem potencializar a busca de bons resultados.
É pensando em tudo isso que neste texto se encontram conceitos, definições, passos e dicas de como fazer um planejamento estratégico completo, direto e certeiro. Se você quer sair do achismo e empenhar qualidade e segurança aos processos internos e externos do negócio, continue esta leitura e enriqueça a sua gama de conhecimento sobre o assunto.
O que é planejamento estratégico
Planejamento estratégico é uma etapa de muita importância dentro do ambiente administrativo. Ele é essencial para ajudar gestores a levar negócios e empresas ao crescimento e serve como base demonstrativa do rumo que a organização está seguindo.
Basicamente, o planejamento estratégico é a criação de um plano para organizar ações e chegar em um objetivo comum. Ou seja, ele define as metas, o que será feito para alcançá-las, além de prazos e quem será responsável por cada parte.
Ele deve ser utilizado, principalmente, quando a empresa pretende realizar alguma mudança, seja a curto, médio ou longo prazo. Por exemplo, quando a empresa planeja crescer uma porcentagem específica, é aí que o planejamento estratégico deve ser aplicado.
Mas, o primeiro passo na hora de fazer o planejamento, antes mesmo de saber para onde se quer ir, é saber onde se está. Para isso, é necessário uma gestão de negócio muito bem feita.
Como fazer um planejamento estratégico?
Na hora de começar um novo projeto, o planejamento estratégico é o primeiro passo para começar. Mas como começar um planejamento estratégico?
Para ajudar, existem etapas que amparam o responsável na hora de montar o planejamento. São elas:
Etapas do planejamento estratégico
Diagnóstico do negócio
O primeiro passo é fazer um diagnóstico do negócio, ou seja, entender onde ele está. A melhor ferramenta para fazer esse diagnóstico é a análise SWOT. Ela mostra as forças e fraquezas e as oportunidades e ameaças que um negócio tem. Dessa forma, é possível analisar a empresa tanto internamente como externamente.
Nessa etapa é importante reunir a equipe para realizar esse estudo. Muitas vezes o dono do negócio está ocupado com outras questões da empresa e não consegue ver algumas informações importantes.
A partir da identificação desses pontos é possível traçar novas metas e entender onde se quer chegar e se é possível chegar lá. E aqui também é preciso ser realista, claro que ter sonhos é o que nos motiva, mas os objetivos do negócio devem estar de acordo com o lugar onde ele está.
Missão, visão e valores
Além de saber onde a empresa se encontra no mercado, os princípios também devem estar definidos. Ou seja, a empresa precisa ter sua missão, visão e valores definidos. Essas definições são o que devem guiar na hora de fazer um planejamento estratégico e também, os colaboradores, a todo momento.
A missão se refere ao propósito, porque a organização existe. A visão é o que a empresa busca, quais objetivos ela quer alcançar em geral. E os valores é a moral que a instituição segue. Elas são usadas em diversos momentos, por exemplo, na hora de contratar um novo colaborador.
Assim, ela será mais um guia na hora de montar o planejamento estratégico.
Metas e indicadores
Você já sabe onde a empresa está no mercado e quais os princípios que não é possível deixar de lado. Agora é a hora de entender onde ela pode chegar.
Nessa etapa se definem as metas a serem alcançadas, ou seja, o que a instituição busca no total. É interessante ter uma meta maior e dividi-la em pequenas metas. Dessa forma, se torna mais simples atingir um objetivo que por vezes parece tão distante.
Mas, mais importante que definir as metas, é entender como elas serão metrificadas. É aí que entram os indicadores. Se essas metas são financeiras, quais indicadores financeiros serão utilizados?
Projetos e plano de ação
Lembra da análise SWOT que você fez no diagnóstico? Utilize as informações obtidas com ela para traçar os projetos. Ela mostrou as forças e oportunidades, agora é hora de entender o que fazer com elas.
Ou seja, projete o que pode ser feito com esses dados. Por exemplo, uma empresa que tem como oportunidade grandes eventos direcionados a área deve participar e mostrar a marca em todos eles.
Dessa forma, se estipula no plano de ação, ou plano de negócios, o que será feito para que a empresa possa participar desses eventos e o que irá mostrar. É possível contar com a ajuda do método Kanban para saber o que precisa ser feito, o que já está pronto e o que está sendo feito e por quem.
Acompanhamento e análise
Por fim, o objetivo foi alcançado. O que fazer agora? Agora é hora de avaliar o que foi feito, o que deu errado, o que deu certo… Continue analisando os dados desse resultado e busque também como continuar melhorando.
5 ferramentas para fazer o planejamento estratégico
Existem algumas ferramentas que auxiliam na hora de fazer o planejamento estratégico. São elas:
- Análise SWOT: essa análise mostra as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças de um negócio. É possível analisar tanto o que se pode explorar tanto de forma interna como de forma externa.
- PESTAL: é a sigla para acrônimo para Política, Economia, Social e Tecnologia. Essa análise serve para entender o que esses fatores influenciam na organização, assim como o que a organização influencia esses setores.
- Missão, Visão e Valores: esses são os pilares do negócio. Eles mostram porque a empresa existe, onde ela quer chegar e qual a moral que ela deve seguir.
- Forças de Porter: criado por Michael Porter, as forças tratam da entrada de novos concorrentes, produtos substitutos, negociação de fornecedores, negociação dos clientes e a rivalidade entre os concorrentes.
- 5W2H: essa ferramenta é a sigla, em inglês, para: o quê, porquê, onde, quando, quem, como e quanto. Eles são utilizados para avaliar e planejar.
Planejamento estratégico, tático e operacional
Além do planejamento estratégico, que é muito falado, existem duas vertentes, o planejamento tático e o operacional. Cada um se diferencia por alguns pontos, como tempo e quem é responsável.
Enquanto o planejamento estratégico tem uma complexidade mais alta, os planejamentos tático e operacional são mais simples. Assim como mais curtos.
O planejamento tático trata da execução de planos observados durante o planejamento estratégico. Ele também trata de projetos de médio prazo e que envolvem apenas um setor, não a empresa toda, ao contrário do estratégico. Ainda, o planejamento tático tem como um dos focos implementar o planejamento estratégico.
Já o planejamento operacional trata de tarefas mais comuns, de curto prazo. Ele dá ênfase a todos os níveis e serve, principalmente, para a execução de tarefas.
Estratégico | Tático | Operacional | |
Tempo | Longo prazo (5 a 10 anos) | Médio prazo (1 a 3 anos) | Curto prazo (1 a 6 meses) |
Responsável | CEO | Gerente | Departamento |
Envolvidos | Alta diretoria | Executivos e gerentes | Todos os níveis |
Para que serve | Levantamento de ideias | Planejamento | Execução |
Intenção | Para quem e o que | Porque e o que | Para quem e como |
Complexidade | Alta | Média | Baixa |
Porque fazer o planejamento estratégico
Por que é importante planejar? Planejar é uma tarefa administrativa que faz parte da rotina pessoal e empresarial de qualquer pessoa.
Uma dona de casa, por exemplo, planeja diariamente as refeições da família. Assim, se ela planejasse de modo estratégico, com certeza economizaria tempo e dinheiro neste preparo.
Desse modo, o planejamento estratégico funciona como um recurso facilitador da vida do empresário, empreendedor ou gestor do negócio. Indica como crescer, em que mexer ou investir e quando se movimentar.
Bons profissionais sabem que uma das bases do sucesso no mundo dos negócios está aqui.
As vantagens e benefícios do planejamento estratégico
- Objetividade: com o planejamento estratégico é possível fazer com que toda a empresa esteja alinhada com um único objetivo. Ainda, ele também faz com que essa meta possa ser dividida em vários pequenos objetivos, facilitando todo o processo.
- Produtividade: quanto mais definido e especificado um objetivo for, maior será a produtividade. Quando um time tem uma tarefa que não é bem explicada ou que não faz sentido para os colaboradores, se perde muito tempo. Com definições, se tem mais foco e o trabalho pode ser feito de forma mais proveitosa.
- Economia: esse também é um benefício do aumento da produtividade. Com a diminuição do retrabalho, a quantidade de erros também diminui, trazendo uma economia de tempo e de recursos.
Por onde começar a fazer o planejamento estratégico
Organizar com antecedência para evitar possíveis surpresas ou imprevistos é a chave do sucesso. Contudo, muitas empresas acabam colocando todos os esforços na festa de fim de ano e esquecendo do planejamento estratégico. É preciso preparar a equipe para encarar novos desafios e avaliar o que foi feito ao longo do ano atual. Assim se evita cair nas mesmas armadilhas do ano que passou! Acompanhe o post e saiba como preparar sua empresa para começar o ano novo com o pé direito. Confira!
Faça uma avaliação
Antes de começar a fazer planos para o próximo ano, é preciso, primeiramente, rever e revisar os resultados deste ano e realizar uma avaliação minuciosa de todas as movimentações que ocorreram. Tente analisar o que deu certo — para repeti-los no próximo ano, com melhorias — e o que deu errado — para corrigi-los e não cometer os mesmos erros.
Exatamente tudo que envolve o negócio deve ser analisado, como no caso de fluxo de caixa, fornecedores, contas a receber e a pagar, receitas, prejuízos. Enfim, toda e qualquer movimentação deve ser listada. Invista tempo na avaliação, o futuro do seu negócio depende de um bom planejamento estratégico!
Realize uma pesquisa de satisfação
Fim de ano é o momento ideal para realizar um balanço geral de tudo que ocorreu ao longo do ano. Assim, a realização de uma pesquisa de satisfação com seus consumidores é a melhor forma de conhecer como seu negócio está aos olhos do seu público — ou melhor, é possível saber o que o cliente pensa a respeito da sua empresa e qual a imagem que está sendo criada diante da concorrência.
Uma boa pesquisa de satisfação dos consumidores possibilita que o erro seja facilmente conhecido e, assim, seja possível elaborar uma boa estratégia de melhoria para o próximo ano.
Mas não é somente de opiniões de consumidores que gestores devem se preocupar, conhecer o clima organizacional e como seus colaboradores avaliam sua empresa é fundamental para o crescimento do seu negócio. Por isso, dedique um bom tempo para escutar cada funcionário e conhecer a visão de cada um sobre a empresa. Os resultados de uma boa avaliação organizacional pode ajudar a conhecer os pontos fortes e as falhas da gestão do negócio.
Trace metas e objetivos
Um ano novo merece novas metas e objetivos. Mas muita calma nessa hora! É preciso analisar algumas coisas para que tudo saia como o planejado.
Antes de qualquer decisão, entenda que mudanças podem ocorrer até o fim do ano e que situações inesperadas podem exigir que o planejamento tome outros rumos. Então é preciso ter flexibilidade. Caso alguma meta não tenha sido alcançada em 2015, calma. Nem tudo está perdido! Veja o que impossibilitou que ela não fosse cumprida e reestruture as ideias para que dê certo no próximo ano.
Embora a crise atual do país faça muitos empreendedores temerem o futuro, é preciso manter a equipe motivada, focada e determinada em um objetivo central. Saber aonde se quer chegar é a chave do sucesso. Por isso, é preciso delinear estratégias para que o cumprimento das atividades seja eficiente e eficaz.
Reveja os custos
Na hora de estabelecer novas metas e objetivos é preciso revisar os gastos desnecessários e cortá-los no próximo ano. Assim, saber quando e onde diminuir custos é o diferencial de muitas empresas em meio a um cenário de incertezas e instabilidades. Por isso gestores precisam estar preparados para minimizar gastos para tomar as decisões corretas.
Reveja custos com, por exemplo, telefone, luz, água, que podem ser facilmente reduzidos com programas internos de conscientização para funcionários. Além disso, gastos com telefone podem ser substituídos por sistemas que utilizem a rede de computadores com acesso à internet — como no caso do VoIP, Skype e WhatsApp.
É preciso encarar o momento econômico atual do Brasil como algo passageiro, e que reduzir custos é a melhor forma de evitar problemas financeiros no próximo ano.
Utilize ferramentas de gestão
Fazer um diagnóstico realista sobre o próprio negócio não é uma questão fácil, e mensurar cada fato ocorrido precisa de certas ferramentas que podem ser úteis e tornar todo o processo mais facilitado.
A escolha de um sistema ERP que auxilia na gestão depende, principalmente, da identificação das reais necessidades do negócio. Assim, dependendo da situação em que a empresa se encontra, o uso de um sistema adequado pode auxiliar na elaboração de um planejamento estratégico assertivo e que dê bons resultados.
Isso possibilita a boa penetração ou manutenção da empresa no mercado, oferecendo estratégias para alavancar os negócios frente à concorrência.
Definir o planejamento adequado ajuda a organização a entender melhor as necessidades da empresa, identificando sua posição no mercado atual e auxiliando no processo de melhoria dos negócios. Dessa forma, projetar o futuro influenciado pelas situações levantadas do presente é essencial na elaboração de uma ação estratégica e que dê resultados positivos para o próximo ano.
Invista na capacitação dos colaboradores
Se você deseja que sua empresa cresça, capacite seus colaboradores para alcançar o sucesso nesse novo ano. Assim, mudar, criar ideais e diretrizes ou mesmo propor novos produtos exige investimento e capacitação da sua mão de obra. O sucesso da empresa é, em grande parte, a satisfação dos seus colaboradores — que trabalham mais satisfeitos e buscam sempre o melhor no desenvolvimento das atividades.
Ter funcionários capacitados e bem preparados para o desenvolvimento de novas estratégias é em grande parte responsabilidade da empresa. Por isso, proporcione cursos, workshops, capacitações e treinamentos aos seus colaboradores, levando para a empresa resultados positivos na gestão dos negócios.
As 5 forças de Porter
As forças de Porter correspondem a um modelo de análise que norteia todo o processo decisório de muitos administradores atualmente. Elas foram criadas por Michael Porter, uma das maiores referências no estudo da administração. Ainda, vale destacar que é importante agregar tal modelo a outras matrizes analíticas em vez de usá-las de modo separado.
Veja a seguir quais são as 5 forças de Porter, desenvolvidas antes dos anos 80 e ainda muito atuais, e entenda como seu uso pode beneficiar o planejamento estratégico da sua empresa:
1. Rivalidade com concorrentes
Que é essencial conhecer a fundo cada um dos concorrentes da sua empresa, sejam os diretos ou indiretos, com certeza você já sabe, certo? Mas será que sabe qual é o atual nível de rivalidade existente entre vocês?
Segundo Porter, essa rivalidade pode ser mensurada em meio à disputa por clientes e espaço no mercado. A análise da intensidade, agressividade, número de concorrentes e valores investidos em marketing e publicidade são alguns dos determinantes desta avaliação de rivalidade entre concorrentes.
E por que tudo isso é importante no planejamento estratégico, afinal? Simples! Ao traçar metas de faturamento, por exemplo, pode ficar claro a necessidade de conquistar um novo público, e atrair clientes requer sempre bons investimentos em marketing.
Neste contexto, saber qual a capacidade de reação do concorrente é importante para que a empresa não perca dinheiro nem trave uma luta que, posteriormente, não terá chances de vencer.
É imprescindível colocar-se um passo à frente dos demais para não apostar recursos em um canal que não trará retornos.
2. Ameaças dos novos negócios
O mercado nunca é estável ou seguro o bastante para bons empresários. Sempre existe a possibilidade de que uma nova organização abra as portas e conquiste, em poucos dias, tudo o que a empresa demorou anos para construir.
Ameaças hoje atingem os empreendimentos de todos os lados e formas. Quando Porter divulgou as 5 forças, o mercado era apenas local e muito mais simples de controlar e observar.
Porém, com o advento da globalização e universalização do uso da internet, tudo isso mudou. Agora uma empresa que está do outro lado do mundo compete com os seus produtos e serviços assim como você, daqui, pode competir com os dela, desde que trace estratégias eficientes também.
Em tempos de acesso virtual, onde se compra e vende com poucos cliques, é mais do que imprescindível apostar no planejamento estratégico para manter bons resultados e ritmo de crescimento.
Com olhos atentos a tudo o que surge, antecipar ameaças e novas tendências pode ser a diferença que indica e garante o sucesso no mundo corporativo.
3. O poder de barganhar do cliente
A terceira força de Porter com certeza faz muito mais sentido hoje do que fazia há 30 anos, quando a ideia foi de fato difundida. Na ocasião, tinha-se um poder de barganha apenas em torno do valor de determinada mercadoria, o que hoje já não condiz com a verdade.
Atualmente é comum que clientes optem por adquirir mercadorias e serviços mais caros, desde que o pacote final do produto traga também qualidade maior e atendimento excepcional, por exemplo.
O cliente deixou de frequentar estabelecimentos que baseiam sua organização e estrutura na exclusividade de produtos. A não ser que sua empresa seja excepcionalmente artesanal, com certeza existe alguém no mercado que tem algo muito semelhante a oferecer. Para atrair e manter clientes é preciso focar em diferenciais.
Barganhar com o cliente do século XXI é muito mais difícil do que barganhar com o dos séculos passados. Hoje, além da exigência comum a todo o público, existe também a legislação que protege o consumidor.
A velha máxima de que “o cliente sempre tem razão” permanece. Não atender as necessidades e precisões do seu consumidor pode significar uma propaganda negativa da sua marca em ambientes de muito acesso, como as redes sociais.
E qual a solução? Traçar um planejamento estratégico que se preocupe em atender com muita atenção e qualidade a cada cliente, transformando-o em um divulgador da sua marca e do seu produto.
4. As barganhas dos fornecedores
De modo semelhante, há um perceptível extremismo entre as possibilidades atuais de se barganhar com fornecedores.
Dependendo do segmento, se este contar com uma vasta gama de opções de fornecedor, por exemplo, é possível colocar em prática todo este poder ao orçar com diferentes empresas, trabalhar em busca de melhores preços e prazos de pagamento e assim por diante. É a lei da oferta e da procura!
Quando, por outro lado, o número de fornecedores for restrito, haverá uma perceptível redução do poder de barganha. Cada empresa poderá precificar seus produtos e serviços como quiser por encontrar-se em um lugar majoritário e único.
Vale ressaltar que com o presente mercado, que é extremamente acirrado e competitivo, estar no topo de um segmento pode não significar muito. Tudo pode mudar em um piscar de olhos e a empresa pode perder o posto consagrado.
É necessário ter temperança e conduzir as negociações com fornecedores e clientes da melhor forma possível para não se ver, posteriormente, em uma situação difícil.
5. Novos produtos e suas ameaças
Você se lembra quando o primeiro celular foi lançado? O ano era 1984; o modelo, um Motorola Dynatec 8000x que custaria em torno de 9 mil dólares hoje em dia. O produto foi absoluto por alguns anos, visto que o segundo aparelho lançado foi apenas no começo da década de 90.
E como funciona o mercado dos celulares hoje em dia? Um lançamento atrás do outro! Não dá mais tempo de uma pessoa ter o melhor aparelho do momento. Enquanto uma nova geração vai para as lojas, outra já surge nas propagandas.
O que significa tudo isso? Que é imprescindível se preocupar e se programar para não ficar muito tempo sem concorrentes diretos. Produtos novos são lançados a todo instante e mais do que ameaças, eles podem tirar a atenção e a venda da sua empresa.
Além dos produtos que concorrem diretamente – no caso dos celulares, as outras marcas –, também é necessário se preocupar com outros produtos que podem vir a substituir o seu. No caso citado, um tablet pode acabar com a necessidade de compra de um aparelho telefônico móvel, não é mesmo?
10 passos para desenvolver o planejamento estratégico da sua empresa
Veja a seguir o passo a passo para começar agora mesmo o planejamento estratégico do seu negócio e direcione-o para o crescimento:
1. Estipule uma meta
O ponto de partida do planejamento estratégico deve ser sempre a meta. Essa, por sua vez, precisa ser tangível. Pergunte-se sobre quanto a empresa precisa crescer ao longo do próximo ano e anote essa resposta.
A meta deve considerar os últimos resultados alcançados pelo negócio. Também deve levar em conta os valores atingidos nos mesmos períodos dos anos anteriores e a situação econômica da região e do país.
Deve prever ainda uma porcentagem de crescimento para a empresa, sendo esta segura e possível de se trabalhar.
2. Faça uma análise da empresa
Quais são os pontos fortes e fracos da empresa? Quais são os seus diferenciais competitivos, trajetória e posicionamento no mercado atual? Analisar o negócio é o primeiro passo para fazer com que a meta estipulada seja, de fato, alcançada.
É importante considerar o tipo de relação que a empresa mantém com os seus clientes, como sua marca está sendo vista atualmente pelo público em geral e analisar como as últimas estratégias foram desenvolvidas e postas em prática.
Quanto mais informações você reunir sobre o empreendimento e seu momento atual, mais fácil será o direcionamento correto do planejamento estratégico.
3. Defina missão, visão e valores organizacionais
A base do planejamento estratégico é a formulação da missão, visão e dos valores da empresa. Se o seu negócio ainda não tem isso definido, a hora de definir é agora.
A missão deve responder o porquê de a empresa existir; a visão, por sua vez, deve demonstrar como ela espera ser vista por seu público dentro de alguns anos. Os valores da organização ditarão a sua conduta tanto nos relacionamentos internos quanto externos.
Este passo não é difícil e, ao mesmo tempo, é essencial para nortear não apenas a política de estratégia que está sendo criada como também o dia a dia dos trabalhos. Todos devem se alinhar a essa tríade para que os resultados sejam alcançados.
4. Saiba quem é o seu público
Antes de traçar um planejamento estratégico é importante avaliar mais a fundo quem é o público-alvo da empresa. Mesmo que você já tenha um perfil criado, vale a pena ressaltar que é imprescindível sempre atualizá-lo, afinal, as pessoas mudam e os clientes também.
Qual a faixa etária do seu consumidor? Quais são os seus gostos e preferências? Sua empresa atende a um gênero em específico?
Quanto mais informações sobre o público, melhor será o direcionamento da estratégia para atingi-lo gerando, desta forma, melhores resultados que ajudarão na conquista da meta.
5. Determine os envolvidos na ação
A relação empresa e cliente lhe parece simples demais? Isso é porque você sabe que na verdade não é assim. São muitos os personagens envolvidos em uma ação estratégica.
Por exemplo, os colaboradores do empreendimento têm lugar de destaque na busca da concretização dos objetivos. Stakeholders e investidores colaboram propiciando ambientes favoráveis para que o planejamento saia do papel e vá para a prática.
Para por certa ação em prática, como uma campanha de marketing digital, verifique e determine quais serão os agentes envolvidos para garantir o sucesso. Após determinar quem será responsável por cada tarefa do projeto, você pode representar essa estrutura em um diagrama online para compartilhar com todas as equipes envolvidas.
6. Estipule objetivos, estratégias e metas específicas
Depois dos cinco passos anteriores e considerando as forças de Porter que já foram abordadas neste artigo, é chegado o momento de estabelecer, mais de perto e em maiores detalhes, quais são os objetivos, estratégias e metas específicas da empresa. Nesta etapa prepara-se a empresa para que comece a buscar pelos seus objetivos reais.
Qual o passo a passo para atingir aquela primeira meta que foi estabelecida neste processo de planejamento estratégico? É hora de detalhar! Por exemplo, se a meta da empresa é fechar o mês com um total de vendas de R$ 50 mil reais, um de seus objetivos é fazer, semanalmente, R$ 10 mil. Entre as estratégias pode-se citar aquelas que atraem clientes para dentro do ambiente físico do negócio.
7. Dê atenção ao planejamento das ações estratégicas
Ações estratégicas precisam ser bem detalhadas para que cumpram seus objetivos. Sendo assim, não basta dizer que uma das ações é atrair clientes para dentro do negócio – é preciso determinar como isso será possível.
Um planejamento estratégico deve ser pormenorizado. Por exemplo, em uma campanha promocional é necessário passar pelas etapas externas de divulgação e atração, feitas enquanto o cliente está fora do ambiente físico, e de atendimento e fechamento enquanto ele está dentro.
As ações devem, portanto, demonstrar como será possível atingir os objetivos e metas propostos no início deste planejamento.
8. Preocupe-se com a comunicação
A comunicação é responsável por construir toda a imagem de uma empresa. Cuidar bem dela significa ter uma vantagem em relação aos concorrentes.
Com o advento da comunicação digital, promover uma estratégia tornou-se algo muito mais simples. Ainda assim, é claro, é preciso ter muito cuidado para utilizar as tecnologias a favor do empreendimento e jamais contra.
Estabelecer canais seguros de comunicação interna é o primeiro passo no que diz respeito a sanar as preocupações na área. Após desenvolver uma boa comunicação entre os colaboradores, é hora de investir na comunicação externa também, cuidando de cada cliente de perto.
9. Monitore tudo
Próximo ao fim dos passos do planejamento estratégico de sucesso, é importante destacar o acompanhamento e monitoramento de tudo o que está sendo feito a fim de minimizar erros ou até mesmo deslizes.
Outro ponto importante para que nada fuja do controle é criar cronogramas de trabalho para simplificar a visualização das etapas da estratégia.
Neste cronograma é importante destacar o tempo de criação, de divulgação e de realização do que foi planejado. Se for uma campanha promocional, por exemplo, deverá ser reservado um período para preparo, para aviso dos clientes e público em geral, e um prazo específico para término.
10. Mensure e avalie constantemente os resultados
O último passo do planejamento estratégico é posterior à realização do mesmo. Ainda assim, ele é de muita importância, e possibilitará que as próximas estratégias sejam lançadas de modo mais direcionado.
Mensurar o projeto como um todo, avaliar os resultados alcançados e contrastá-los com aqueles previstos e esperados é apenas parte desta etapa.
É importante ouvir o feedback de todos os envolvidos, elencar o que deu certo, o que deu muito certo e também o que deu muito errado. Falhas devem servir como alertas e ensinos para que nas próximas não ocorram. O que saiu como planejado deve ser posteriormente melhorado.
Conclusão
Como se destacar em meio a um mercado apinhado de empresas? Fazendo as mesmas coisas de modo diferente! Seu negócio só pode crescer se o planejamento for estratégico e diferenciado do que os seus concorrentes têm feito.
Em tempos de competitividade, trabalhar estratégias e ações é a melhor forma para que você possa conquistar os resultados desejados. Aproveite para baixar o E- book, aperfeiçoe os seus conhecimentos sobre planejamento estratégico e posicione sua empresa no melhor lugar do mercado já! Esta é a fórmula do sucesso!
Muito bom o texto!! Linguagem simples, prática e estimulante. Parabéns!!