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IGPM: Entenda sobre o índice que reajusta preços

Quem mora de aluguel ou tem algum imóvel alugado já deve ter ouvido falar no IGPM. Ele é um indicador que interfere tanto no reajuste dos contratos imobiliários que já ficou conhecido como inflação do aluguel. Além da atuação do IGPM no aumento do preço do aluguel, outros setores da economia também são afetados completamente pelo índice. Veja a seguir o que é o IGPM, qual a sua importância, função e como ele interfere na sua vida diária.

O que é o IGPM

O IGPM (Índice Geral de Preços de Mercado) é um indicador criado com o objetivo de identificar e analisar a movimentação dos preços de diversos setores do mercado. O IGPM tem ampla atuação porque é calculado com base em outros indicadores como o IPA-M, o IPC-M e o INCC-M.

De forma prática, o IGPM é um indicador que mostra como anda a economia do país, em especial a inflação, uma vez que é gerado em cima das alterações de preços de vários setores do mercado.

Além disso, esse indicador serve como referência para movimentações de valores cobrados em aluguéis de imóveis, mensalidades escolares, tarifas de energia, planos de saúde e investimentos financeiros, dentre outros.

Ou seja, apesar de não ser uma sigla conhecida por todos, o IGPM impacta diretamente na vida do consumidor em geral porque interfere na alta de preços de bens e serviços consumidos diariamente.

Apesar de extremamente importante para a compreensão da economia do país e ser utilizado como parâmetro para o aumento de alguns custos como o valor de aluguéis, por exemplo, o IGPM não é um indicador oficial da inflação no Brasil.

Esse título pertence ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). O IPCA é calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), após a análise do setor de comércio, serviços e aluguéis de imóveis, traçando um panorama do custo de vida do brasileiro.

A partir do resultado do IPCA, são criadas políticas públicas de contenção de juros com o objetivo de alcançar o equilíbrio inflacionário.

IGPM

IGPM acumulado

O IGPM acumulado, como o próprio nome já diz, é o acúmulo do valor do índice IGPM ao longo de um determinado período. Esse acúmulo segue a mesma forma de cálculo dos juros compostos. Portanto, o IGPM acumulado do mês de março, por exemplo, é a união dos índices dos meses de janeiro e fevereiro e assim sucessivamente.

Ao final do ano, temos o IGPM acumulado anual, que oferece um apurado geral da economia dentro desse período de 12 meses.

Como é calculado

O cálculo do IGPM é realizado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) através do IBRE (Instituto Brasileiro de Economia) e leva em consideração, como já dissemos, outros indicadores econômicos. São eles:

IPA-M: Índice de Preços por Atacado

O IPA monitora as variações de preço que envolvem o comércio atacadista, mas também pode ser usado no setor de varejo. É responsável por 60% do valor do IGPM.

IPC-M: Índice de Preços ao Consumidor

O IPC analisa e apresenta o consumo do indivíduo em diferentes áreas da sua vida como transporte, educação, saúde e moradia. É responsável por 30% do valor do IGPM.

INCC-M: Índice Nacional de Custos da Construção

Já o INCC é responsável pelos últimos 10% de formação do IGPM. O estudo do índice acontece em cima dos gastos efetuados no ramo da construção civil.

O cálculo acontece após o levantamento dos preços de todos os setores envolvidos nesses índices, no país inteiro. Esses preços são calculados e o resultado é uma média ponderada, que representa o indicador IGPM.

Impactos na economia

O valor do IGPM afeta completamente a economia e o consumidor, consequentemente. Os reajustes anuais de aluguéis de imóveis, por exemplo, levam em conta o cálculo do IGPM e, quanto mais alto ele for, mais caro o inquilino deverá pagar pelo imóvel que utiliza.

Como vimos, o IGPM é resultado de outros três indicadores que mapeiam a alta de preços nos mais variados setores do mercado. Havendo uma alta em qualquer aspecto, como gasolina, alimentos, transporte e moradia, por exemplo, o IGPM também vai aumentar.

A elevação do preço das matérias-primas vai influenciar no valor final do produto. Da mesma forma que a alta nos materiais de construção vai impactar nos custos de habitação, dentre outras situações. Então, o IGPM é fundamental para compreender o custo de vida financeiro do país.

Se para o consumidor comum, a alta do IGPM indica um custo de vida mais alto e nem sempre compatível com a sua realidade financeira, para o fornecedor do bem ou do serviço o aumento deste indicador também pode afetar os seus ganhos, uma vez que fica bem mais difícil para ele repassar o valor do reajuste no preço final de um produto, por exemplo.

Por outro lado, investidores podem fazer melhores escolhas na hora de investir o seu dinheiro, pois terão mais segurança e garantias de um bom retorno financeiro, uma vez que os rendimentos dessas aplicações afetadas pelo IGPM são maiores do que outros tipos de investimento.

Bolsa de valores e IGPM

Como vimos, o IGPM também impacta diretamente nos investimentos financeiros realizados. Isso acontece porque este indicador está associado a diversos tipos de aplicações, influenciando em suas rentabilidades. Os títulos de renda fixa são os mais afetados positivamente pelo IGPM.

As aplicações que têm sua rentabilidade modificada pelo IGPM são chamadas de híbridas e, diferente das aplicações conservadoras, como a poupança, oferecem ao investidor rendimentos acima da inflação, o que é um ponto extremamente positivo.

Portanto, os investimentos de longo prazo que estão atrelados ao IGPM são mais vantajosos, se tornando uma opção para os investidores em geral.

Conclusão

O IGPM é uma demonstração calculada de como anda a economia do país em vários aspectos econômicos e afeta diretamente a vida do brasileiro, seja na utilização e consumo de bens e serviços ou em aplicações financeiras, através de investimentos de longo prazo. E essa é a razão pela qual a compreensão deste indicador é tão valiosa para todos. Sabendo que o IGPM é um reflexo da realidade financeira do país, fica mais fácil compreender como está o poder de compra do brasileiro, o quanto vale de fato o seu dinheiro e o que ele pode esperar da economia no futuro.

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Escrito em: 06/04/22
<a href="https://blog.egestor.com.br/author/pedro-henrique-escobar/" target="_self">Pedro Henrique Escobar</a>

Pedro Henrique Escobar

Pedro Henrique Escobar é formado em Administração e gerente de marketing no eGestor. O eGestor é uma ferramenta online para gestão de micro e pequenas empresas. Teste gratuitamente em: eGestor.

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