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Plano de cargos e salários: 10 passos para implementar

Independentemente do tamanho da empresa, certas práticas são essenciais para motivar os colaboradores, levando-os a vestir a camisa do negócio a fim de ter seus resultados melhorados. Neste contexto, o plano de cargos e salários é sem dúvida uma incrível ferramenta a ser utilizada pelo departamento de recursos humanos.

Além de estabelecer critérios de promoção, sendo este de modo bastante claro e que demonstre o não favoritismo nas escolhas, tal prática permite ao funcionário saber até onde ele pode chegar dentro da empresa. O que o desperta um sentimento de que “se ele se empenhar, poderá ser promovido”.

Interessado em investir na criação de um plano de cargos e salários para o seu negócio? Será que compensa em organizações pequenas e com poucos funcionários? Como começar este planejamento do zero? Veja neste artigo todas essas respostas e obtenha o passo a passo completo de como criar este plano para melhorar os resultados da empresa!

O que é o plano de cargos e salários?

O plano de cargos e salários é o documento, ou norma, que determina o funcionamento de cada função, suas tarefas, respectivos proventos e possibilidades de crescimento. Um exemplo prático e bastante compreensível de como o plano de cargos e salários é utilizado é ao compará-lo com um esquema tático de um time de futebol. A equipe, composta por 11 profissionais, é segmentada para que o resultado, ou seja, a vitória seja conquistada.

Quem joga na defesa dificilmente atuará no ataque sendo o inverso verdadeiro também. Os reservas, por sua vez, além de saberem bem as suas funções, como os que estão no campo, sabem exatamente em que momento ou situação atuarão na partida. Na empresa, de modo semelhante, este plano demonstra em detalhes quando, como e porque cada colaborador trabalhará em determinada função até ter a sua oportunidade de crescimento.

Para que serve e qual a sua importância?

Ainda seguindo o exemplo anterior, imagine um time sem qualquer esquema tático, em que todos queiram fazer o gol, ninguém queira ficar no gol e assim por diante. Confusa a cena, não é mesmo? Pois bem, sem a organização de um plano estratégico é justamente isso que acontece.

Dentro da empresa não é nenhum pouco diferente. Se cada colaborador não estiver consciente do seu trabalho, poderá intervir em outras áreas gerando eventuais problemas para o negócio como um todo.

Além disso, o plano de cargos e salários também tem essencial importância na demonstração de como cada profissional pode crescer. Se hoje determinada pessoa é auxiliar, quais requisitos deverá cumprir para ser promovida a assistente? O plano de cargos e salários deve ter sempre essa resposta!

Guia de Gestão de Equipes

Quais os objetivos do plano de cargos e salários?

Veja a seguir quais são os 3 mais comuns e recorrentes objetivos no momento em que o departamento de recursos humanos decide criar este plano:

Manter o equilíbrio organizacional

Através do plano de cargos e salários é possível minimizar situações em que aparentemente existe favoritismo entre os diferentes profissionais;

Expectativa de crescimento para o profissional

Ao entrar na empresa o colaborador já sabe exatamente até que posto poderá chegar, qual o caminho a ser percorrido e a expectativa de salário para cada uma das funções; 

Definir claramente o funcionamento de cada tarefa

Cada cargo e função é completamente destrinchado neste plano a fim de que ninguém tenha dúvida de quais são as competências e atribuições de cada profissional dentro do ambiente empresarial.

Passo a passo para implantar um plano de cargos e salários

Veja agora o passo a passo de como criar, do zero, o plano de cargos e salários para a sua empresa independente de seu tamanho e número de funcionários.

1. Organização e planejamento do trabalho

Na fase inicial da criação do plano de cargos é preciso considerar informações genéricas acerca da empresa como atuais práticas de salários, políticas de promoção e reconhecimento profissional e assim por diante.

Antes de simplesmente iniciar a criação do plano, pode ser necessário fazer uma transição entre os modelos antigos e atuais, por isso neste primeiro passo é essencial organizar e planejar.

Também é importante para o gestor do plano verificar o comprometimento e engajamento dos demais chefes e líderes ao projeto.

2. Levantamento de cada uma das atribuições

O primeiro passo para começar, de fato, com a construção do plano de cargos e salários, é o momento em que são elencados todos os cargos e funções existentes dentro do negócio. A fim de que absolutamente nada fique de fora.

Aqui é possível utilizar da observação, entrevistas e questionários com os colaboradores para definir quais são as diferentes áreas e departamentos.

Tratando-se de uma empresa pequena, ou até mesmo familiar, é possível que essa etapa seja rapidamente concluída.

3. Descrição minuciosa dos cargos e funções

Você já sabe que a empresa tem, por exemplo, 6 cargos: Gerente, coordenador, caixa, assistente de produção, estoquista e servente. Agora é o momento de definir, com o máximo de exatidão, o que cada um desses cargos tem como atribuição ao longo de uma rotina comum de trabalho.

Para obter êxito neste passo é imprescindível questionar os colaboradores atuais, pois eles melhor do que ninguém, sabem exatamente o que devem fazer e como fazer para manter o equilibro da empresa.
Procure desenvolver perguntas que, em suas respostas, torne-se evidente o que cada cargo faz, como faz e para que faz. Também determine quais são as competências, habilidades e atitudes esperadas pelos profissionais de cada um desses grupos.

4. Avaliação e classificação

Qual cargo é mais importante que o outro? Quais se equivalem? Nesta etapa é preciso trabalhar com tais determinações.

Sua empresa pode optar, por exemplo, pelos modelos que avaliam e classificam tal importância segundo os contracheques que são mensalmente pagos. Apesar de ser o método mais comum, ele não é o único.
Essa classificação também pode ser hierarquizada ao se trabalhar com a questão “quem responde a quem” dentro da empresa.

5. Pesquisa salarial

Hora em que os donos fecham a cara, é chegado o momento de avaliar se os salários pagos aos funcionários estão dentro das médias salariais do mercado local. Seja sincero nesta avaliação e responda: Seu funcionário está recebendo um salário justo?

Traçar políticas salariais justas e compatíveis com o ambiente externo possibilita que menos profissionais abandonem a empresa em busca de melhores oportunidades com seus concorrentes.
Inclusive, vale destacar que é realmente importante comparar essas médias com os concorrentes diretos. Em um shopping, por exemplo, um funcionário pode ser facilmente convencido a ir trabalhar na loja da frente se lá o pagamento for melhor.

6. Constituição da estrutura salarial

Depois de ter elencado todos os cargos e funções da empresa e ter feito uma minuciosa pesquisa sobre as médias salariais destes postos, é hora de confrontar resultados e avaliar quis são as oportunidades de melhorias.

Não quer dizer que você tenha que igualar todos os salários ou oferecer valores superiores aos de seus concorrentes, mas vale a pena investir em alguns benefícios, quem sabe, para compensar as disparidades.

Dentro do plano de cargos e salários é possível, ainda criar uma progressividade. Ou seja, a pessoa entra ganhando menos do que nos demais lugares, mas com prazos definidos para ter seu salário aumentado.

7. Cálculos relacionados a cargos e salários

Considere transpassar este passo junto com o profissional responsável pelo financeiro do negócio. Há como melhorar a folha de pagamento ou ela já está em cima do limite?

É importante ressaltar que um salário de R$ 2 mil reais pago a um funcionário representa muito mais que isso para a empresa.

Portanto, ao estabelecer os valores que serão pagos aos diferentes cargos consulte o financeiro sobre tal viabilidade e determine esta relação que, resumidamente falando é muito simples: Cada promoção deve significar um acréscimo financeiro no holerite.

8. Criação da política do plano

O plano de cargos deve ser mantido em arquivo, tanto digital quanto físico, se necessário, e deve ter todos os detalhes da função além, é claro, de determinar quais são as iniciativas necessárias para passar ao próximo cargo, superior direto.

Por exemplo, se uma pessoa encontra-se na função de coordenador de área de um supermercado, poderá interessar-se em tornar-se um coordenador geral, seu cargo superior direito, certo?
Para tanto, pode ser critério para a empresa que este profissional esteja há pelo menos 2 anos na atual função para começar a ser cogitado para o novo cargo.

9. Transcrição visual

Já nos passos finais desta criação, nesta etapa é importante transcrever todos os passos anteriores de modo claro e conciso.

Capriche no visual para que todos os colaboradores possam entender perfeitamente como o plano de cargos e salários funciona.

10. Divulgação do plano de cargos e salários

E divulgue! Todos os colaboradores devem saber da existência do plano de cargos e salários e ter acesso a este documento.

Para aqueles que estão chegando, ou seja, nos processos de contratação, este material já deve ser apresentado a fim de que o profissional tire suas dúvidas e aceite o posto consciente do ritmo de crescimento da empresa.

Viu como é simples implantar uma política de cargos e salários dentro da empresa? Quanto menor ela for, mais rápido será o processo, por isso, não perca tempo e invista já neste recurso.

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Escrito em: 31/03/17
<a href="https://blog.egestor.com.br/author/pedro-henrique-escobar/" target="_self">Pedro Henrique Escobar</a>

Pedro Henrique Escobar

Pedro Henrique Escobar é formado em Administração e gerente de marketing no eGestor. O eGestor é uma ferramenta online para gestão de micro e pequenas empresas. Teste gratuitamente em: eGestor.

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