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Gestão financeira para autônomos: A melhor maneira de fazer

Se você é um profissional autônomo, a preocupação com o controle financeiro é frequente, certo? Essa inquietação é compreensível, visto que os rendimentos mensais são variáveis, o que exige disciplina na hora de administrar as finanças.

Assim, para sanar todas as dúvidas em relação à gestão financeira para autônomos, separamos no artigo de hoje dicas imperdíveis para você estar sempre no positivo! Acompanhe:

1. Crie um fundo de reserva

É um erro correr atrás de soluções somente quando as finanças estão no vermelho. Portanto, uma iniciativa prudente para neutralizar as variações de rendimento mensal é criar um fundo de reserva.

Poupar recursos é essencial para evitar futuras dores de cabeça, mas o brasileiro não cultiva esse hábito. Essa constatação vem do Indicador de Reserva Financeira, o qual revelou que 62% dos brasileiros não têm o costume de guardar dinheiro.

Um fundo de reserva servirá para os momentos em que as despesas superarem as receitas ou em caso de doenças que impeça você de produzir, por exemplo. Assim, para não recorrer a empréstimos e contrair novas dívidas, a melhor solução será utilizar a quantia poupada.

E como compor o fundo? Nos meses de fluxo positivo, separe uma parcela dos lucros e deposite nele. Ter esse cuidado deixará você tranquilo quando as contas chegarem porque não haverá risco de endividamento.

O profissional autônomo pode buscar investimentos de boa liquidez para depositar os recursos de emergência. São boas aplicações o Tesouro Direto, que vende títulos públicos federais pela internet, e o CDB, ou seja, títulos emitidos pelos bancos.

2. Separe as contas pessoais e profissionais

Separar as contas pessoais das profissionais é uma atitude positiva porque facilita a análise da saúde financeira do seu negócio e a declarar corretamente o faturamento no Imposto de Renda. É bom lembrar: a desorganização do orçamento leva o negócio ao fracasso!

O primeiro passo é criar uma conta bancária para cada finalidade. Uma conta exclusiva para a empresa ajuda a identificar os gastos e os investimentos e, assim, torna possível ter uma visão global da movimentação financeira. Veja alguns exemplos de destinação dos recursos aplicados:

  • pagamento de contas: luz, água, aluguel, transporte e internet;
  • investimento em equipamentos e materiais de consumo;
  • contratação de terceiros;
  • despesas com fornecedores;
  • educação: cursos, congressos, workshops, etc.

Importante também redirecionar para a conta profissional todos os pagamentos, sejam os efetuados por boletos, máquinas de cartão de crédito, cheques, etc. Assim, a movimentação dessa conta vai facilitar na hora de pôr no papel as retiradas destinadas aos gastos citados acima.

Terminados esses cálculos e com o saldo da conta profissional definido, chega a hora, portanto, de sacar a quantia destinada à remuneração do seu trabalho.

3. Trabalhe com uma planilha

A boa e velha planilha de receitas e despesas é um auxílio e tanto na gestão financeira para autônomos. Ela é sempre aconselhada, embora subestimada!

Manter as contas em dia e não se descontrolar financeiramente só é possível quando o profissional toma nota de cada centavo movimentado. Existem diversos tipos de planilha de controle financeiro empresarial e elas contribuem bastante para:

  • reduzir as despesas: com tudo anotado fica mais fácil detectar as despesas desnecessárias;
  • fiscalizar os gastos: por meio da planilha você fica a par dos gastos fixos e variáveis e, dessa forma, traçar novos objetivos e investimentos;
  • controlar a margem de lucro: pelo corte de itens supérfluos e mapeamento dos investimentos, é possível identificar o que está ou não gerando bons rendimentos ao negócio;
  • definir preços: a planilha ajuda na hora de estipular os preços dos produtos ou serviços com base nas receitas e despesas;
  • melhorar a gestão do empreendimento: com tudo anotado, a percepção de um problema é imediato e favorece a tomada de decisão antecipada.

Uma maneira eficiente na hora de organizar as finanças é trabalhar com um sistema de controle financeiro. Ideal para pequenas e médias empresas, esse mecanismo contribui para que o você administre os recursos por meio eletrônico, o que gera ganho de tempo e agilidade na hora de controlar pagamentos ou de checar o fluxo de caixa.

Planilha de controle Financeiro gratuita

4. Planeje as férias e gastos sazonais

As férias têm influência direta na gestão financeira. Apesar de os profissionais autônomos não terem esse período regulamentado, recomenda-se planejá-lo com antecedência. Afinal, reservar uns dias para descanso é benéfico tanto para o rendimento no trabalho como, principalmente, para a saúde.

E como planejar as férias sem prejudicar as finanças? Primeiro, evite programá-las para épocas de bons faturamentos e demanda alta pelo seu serviço. Se você vende chocolates, por exemplo, não faz sentido tirar férias na Páscoa! Segundo, priorize a baixa temporada para economizar enquanto descansa.

A organização da agenda de trabalho é uma vantagem para você ter controle dos prazos e dos ganhos. Se possível, antecipe as obrigações para entregá-las com antecedência e aumente a produtividade antes das férias para garantir uma renda extra e, por consequência, mais segurança.

Gastos sazonais, como os de início de ano — IPTU, IPVA, matrícula e material escolares, Imposto de Renda, entre outros — também devem ser lembrados para melhor se programar e saber em quais momentos será fundamental pôr a mão na massa para garantir renda extra e não se endividar.

5. Contribua para a Previdência Social

Tornar-se desde já um contribuinte da Previdência Social significa que você planeja um futuro seguro financeiramente para si e para a família. Por isso é uma atitude prudente acrescentar a contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) às suas despesas mensais.

A Previdência assegura ao contribuinte direito a benefícios como auxílio-doença, salário-maternidade, além da aposentadoria, que é uma renda certa no futuro. O trabalhador autônomo pode contribuir por meio da Guia da Previdência Social (GPS), que pode ser emitida via internet ou comprada em papelarias.

 A gestão financeira para autônomos está ligada intimamente ao sucesso do negócio. Com planejamento de curto e de longo prazos, controle e disciplina, o profissional fica imune a imprevistos graças a uma vida financeira saudável.

Guia de Gestão Estratégia
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Escrito em: 16/03/21
<a href="https://blog.egestor.com.br/author/pedro-henrique-escobar/" target="_self">Pedro Henrique Escobar</a>

Pedro Henrique Escobar

Pedro Henrique Escobar é formado em Administração e gerente de marketing no eGestor. O eGestor é uma ferramenta online para gestão de micro e pequenas empresas. Teste gratuitamente em: eGestor.

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