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Intraempreendedorismo: O que ele pode fazer pelo seu negócio

Os nomes podem até ser parecidos e terem a mesma atribuição no que se refere ao potencial de inovação, criatividade e iniciativa, no entanto, empreendedores e intraempreendedores são profissionais bastante diferentes! Na verdade, se o empreendedor contar com uma equipe na qual existam funcionários com atitudes intraempreendedoras, as chances de seu negócio dar certo e crescer passam a ser bem maiores!

Mas como fazer a diferença entre os dois? Qual a função de cada um no empreendedorismo e no intraempreendedorismo? Pois é exatamente sobre isso que vamos discutir no artigo de hoje. Confira!

O empreendedorismo

Aquele que empreende, realiza algo com impacto positivo na vida das pessoas, seja sozinho ou em parceira com outros colaboradores. Em geral, ele consegue dar vida a novas ideias, trazendo à sociedade soluções práticas para problemas que, muitas vezes, essas pessoas sequer percebiam que existiam.

Sendo assim, o empreendedor sempre esteve presente na história da humanidade. Cada vez que alguém identifica um problema e oferece uma solução, seja na criação de um negócio, de um projeto ou até mesmo de um movimento importante, podemos dizer que essa pessoa está empreendendo.

Assim, a característica empreendedora envolve, fundamentalmente, a capacidade de identificar oportunidades e transformar as coisas quando ninguém mais parece ser capaz de fazer.

O intraempreendedorismo

O termo intraempreendedorismo vem da expressão inglesa intrapreneur, ou seja, empreendedor interno. Ela diz respeito a um processo que ocorre dentro dos limites de uma organização, independentemente de seu porte. Esse processo envolve o desenvolvimento de novidades que podem ser negócios, atividades e, até mesmo, técnicas administrativas, tecnologias e estratégias.

Como visto, o intraempreendedor atua dentro da empresa, sendo assim, podemos defini-lo como um profissional que realiza mudanças ou aperfeiçoamentos inovadores no ambiente interno dela, buscando oferecer alto nível de competitividade a partir de um tipo de colaboração muito próxima da característica empreendedora.

As diferenças entre os dois

Um empreendedor é, basicamente, alguém que cria um negócio e está disposto a assumir a plena responsabilidade tanto por seu sucesso como, se for o caso, por seu fracasso, tudo por meio de suas habilidades e sua paixão. Já o intraempreendedor, por outro lado, é alguém que utiliza sua habilidade, paixão e capacidade de inovação para gerenciar ou criar utilidades para outras pessoas ou negócios.

Embora ambos tenham espírito empreendedor e possam até ser visionários, é o empreendedor quem tem o zelo e a aplicação para converter a oportunidade de mercado em negócio, enquanto o intraempreendedor cria algo novo para o que já está em funcionamento no mercado.

Os riscos e as recompensas

Os empresários se arriscam voluntariamente em um amplo horizonte de resultados possíveis, que podem percorrer desde grandes vitórias até perdas arrasadoras.

Mas a realidade não é bem assim para os intraempreendedores que tomam uma decisão consciente por receber um salário para, em grande parte, evitar o risco, não tendo a expectativa de ganhos financeiros enormes. Só que o empreendedor pode motivar esses profissionais com aumentos de remuneração, bônus, premiações e outras iniciativas, a fim de reconhecer o mérito de sua atuação em prol da empresa.

A cultura da empresa

Os empreendedores constroem a cultura corporativa de seu negócio, muitas vezes, a partir do zero, não é mesmo? Já o intraempreendedor, dependendo de seu ânimo inovador, pode até mesmo remar contra as ideias já estabelecidas e tradicionais de uma corporação, contrapondo-se a uma longa história de crenças e práticas compartilhadas dentro do negócio. E é aí que se torna relevante analisar a situação, a fim de ver se a cultura da empresa se impõe como letal para a inovação.

O papel do intraempreendedor nas empresas

A figura do intraempreendedor pode, então, ser vista como um diferencial dentro das empresas, mas, para ocupar esse espaço é preciso oferecer mais do que somente um bom currículo.

É preciso desenvolver uma mentalidade empreendedora, no sentido de apresentar constantemente soluções criativas visando o futuro da organização, além de demonstrar proatividade para que, diariamente, a empresa tenha condições de identificar problemas e investir em novas alternativas.

Assim, essa postura empreendedora, no caso, intraempreendedora, deve ser compatível com os objetivos da companhia. Essa, por sua vez, deve estar preparada para receber esse tipo de atuação. Aqui, estamos falando da cultura organizacional, que precisa ser trabalhada de modo que sua estrutura hierárquica não impeça os colaboradores de apresentarem ideias e transformarem a realidade da empresa ao oferecer inovações internas.

A importância das inovações internas

Uma vez que a empresa alcança certa estabilidade, é muito comum que ela perca um pouco de seu potencial empreendedor, algo natural, pois, ao conseguir espaço no mercado, a tendência é que toda a estrutura organizacional seja mantida.

Entretanto, também é natural que, com o passar do tempo, não somente o comportamento do consumidor, mas também as soluções oferecidas pela concorrência acabem impactando seus resultados, fazendo com que processos que foram eficientes no passado tornem-se obsoletos e deixem de apresentar lucros interessantes.

Sendo assim, é preciso considerar alternativas para inovar internamente e permitir que a empresa possa reinventar seus processos e técnicas a ponto de criar soluções para o consumidor e assim se manter competitiva dentro do mercado.

Nesse sentido, o intraempreendedorismo apresenta-se como uma solução altamente viável, pois a partir dele, é possível não somente reagir de maneira rápida diante das eventualidades, mas também, identificar possíveis vulnerabilidades com antecedência e, assim, preparar a organização para mudanças antes mesmo dos resultados negativos começarem a aparecer. Isso sem falar na possibilidade que intraempreendedores têm de oferecer soluções inovadoras capazes de fazer com que a empresa cresça além das expectativas.

Um ambiente intraempreendedor faz com que a companhia opere nas fronteiras da tecnologia, encorajando o surgimento de novas ideias. Neste sentido, é preciso considerar a existência de elementos como multidisciplinaridade, patrocinadores da ideia e, fundamentalmente, o apoio das principais lideranças.

Um aspecto importante dentro dessa ação é que cabe ao intraempreendedor atuar em plena conformidade com os objetivos de sua organização, sendo assim, é fundamental que ele tenha suas ideias e apresente propostas de maneira alinhada com as estratégias da empresa. Isso significa que não basta apenas ser criativo, é preciso também ter uma série de outras características, como veremos a seguir.

As características mais comuns dos intraempreendedores

Um intraempreendedor só terá condições de oferecer soluções inovadoras para garantir maior competitividade para a empresa se tiver:

  • capacidade de analisar cenários;
  • facilidade de apresentar novas ideais;
  • atenção constante a novas possibilidades para a empresa em que trabalha;
  • inquietude;
  • vontade de encarar novos desafios de maneira constante;
  • motivação;
  • criatividade;
  • ousadia;
  • espírito empreendedor.

Como visto, o intraempreendedor não é apenas alguém que possui boas ideias, mas sim, um profissional plenamente adaptado à empresa em que atua, a ponto de poder oferecer contribuições diferenciadas para seu crescimento.

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Como identificar os intraempreendedores dentro da empresa?

É possível que você já conte com pessoas com esse perfil dentro de sua empresa, mas que não identifique isso justamente porque a cultura organizacional ainda não está voltada para o intraempreendedorismo.

Sendo assim, uma maneira de conhecer os intraempreendedores que já estão na sua organização, mas que ainda não tiveram a oportunidade de mostrar suas competências é dando espaço para que eles comecem a apresentar suas ideias. Isso pode parecer óbvio, mas, infelizmente, é algo que tem se tornado cada vez mais raro na maioria das empresas brasileiras.

Práticas como reuniões de brainstorming, feedback, entre outras, quando aplicadas, permitem melhorar a comunicação interna, além de dar a toda a equipe a possibilidade de contribuir com o crescimento da empresa. Este pode ser um primeiro passo na direção da criação de um espaço em que as pessoas se expressam melhor.

Além disso, é possível começar a incentivar a participação do profissional desde sua contratação. Procure desenvolver um processo de seleção que valorize a capacidade do indivíduo de lidar com desafios, indo além da trivial análise de currículo de cada candidato.

Sendo assim, você pode propor atividades inovadoras como a criação de um vídeo de apresentação, a produção de um infográfico, entre outras. Isso tudo pode ser feito a partir de uma disputa na qual o que estará sendo avaliado serão as competências de cada pessoa em função das necessidades do dia a dia da empresa.

A autonomia e a independência

Os intraempreendedores, por definição, não são autônomos como os empreendedores. Mas aqueles profissionais, dependendo do nível de organização e da abertura do negócio onde trabalham, podem ter bastante independência em relação a suas políticas e aos procedimentos já consolidados.

Se as tomadas de decisão críticas acabam recaindo sobre as costas do empreendedor líder, os intraempreendedores podem, muitas vezes, trabalhar suas ideias com poucas restrições e interferências, sem ter que pedir autorização a todo instante à alta administração do negócio. Por essas e outras é preciso manter uma relação de elevada confiança entre as partes.

A faísca e a manutenção da chama do negócio

Podemos, no fim das contas, dizer que o empreendedor provê a faísca do negócio, enquanto o intraempreendedor mantém a chama acesa, dentro, obviamente, dos limites da organização. O primeiro enfrenta barreiras nos cenários externos e na produtividade de sua equipe, mas o outro pode ter que superar a visão ultrapassada e os conflitos da própria empresa.

O empresário pode ter dificuldade para obter recursos, enquanto o intraempreendedor tem recursos mais facilmente disponíveis para colocar as ideias inovadoras em prática, caso tenha o aval do gestor. O empreendedor deve tomar conta do negócio em escala macro e pode perder tudo se seus esforços fracassarem. Já o intraempreendedor é, em geral, altamente qualificado e especializado, ainda podendo contar com seu salário caso sua ideia inovadora não alcance o êxito esperado.

O que faz com que empreendedores e intraempreendedores sejam semelhantes é a paixão de ver que as coisas são seguidas até o fim e a coragem para enfrentar o fracasso. Se o primeiro é essencial para a empresa existir, o outro é importante para a empresa se manter competitiva, passando a se colocar como um recurso fundamental para a longevidade do negócio. É uma relação de complementação que, se bem estabelecida, pode ser igualmente proveitosa para ambas as partes!

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Escrito em: 04/03/20
<a href="https://blog.egestor.com.br/author/pedro-henrique-escobar/" target="_self">Pedro Henrique Escobar</a>

Pedro Henrique Escobar

Pedro Henrique Escobar é formado em Administração e gerente de marketing no eGestor. O eGestor é uma ferramenta online para gestão de micro e pequenas empresas. Teste gratuitamente em: eGestor.

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