
Números do Sebrae dão conta de que a indústria de autopeças faturou, no ano de 2010, R$ 86 bilhões no mercado brasileiro. Um crescimento de 14,2% em relação a 2009.
Os dados acima são relativos a um período virtuoso da economia brasileira, porém, ao contrário do que se possa sugerir, nem mesmo os tempos recessivos tendem a reduzir substancialmente as oportunidades no setor. Para ter uma ideia, em 2015, o faturamento do setor de peças de reposição faturou 4,7% a mais com serviços ao consumidor que em 2014, enquanto as vendas de veículos novos tiveram queda de 26,55%.
A explicação para a vitalidade do setor de reposição é o envelhecimento da frota nacional com a queda nas vendas de carros novos. No momento atual, a percepção geral é de que o melhor é esperar e, enquanto espera, o consumidor vai dando uma ajeitada no carango antigo. Essa perspectiva não tende a mudar nos próximos anos, em virtude, sobretudo, da crise política e da incerteza quanto aos rumos da economia.
Em resumo, o setor de autopeças continua sendo uma oportunidade para quem quer investir, mas, em um cenário favorável, dinheiro e vontade não são tudo, por incrível que pareça. Algumas recomendações importantes devem ser observadas.
Tópicos
Pesquisa
É imprescindível a realização de uma boa investigação de mercado para conhecer as características dos atores envolvidos na relação oferta x demanda. O público para autopeças não se restringe aos proprietários particulares de veículos. Há também um grande número de clientes institucionais, que devem ser considerados na hora de definir quem será o público-alvo da empresa e quais são as estratégias para capturá-lo.
Boas fontes a serem utilizadas são publicações e guias sobre o segmento, seminários especializados, fontes oficiais e dados do IBGE sobre o mercado-alvo. Visitar os concorrentes e tentar entender quais são as forças, as fraquezas e os diferenciais competitivos é uma recomendação que deve ser seguida. As informações obtidas ajudarão o empreendedor a calcular o tamanho e as características do investimento, assim como o potencial, levando em conta os fatores volume e tempo de retorno sobre o mesmo, assim como a definição de fatores táticos fundamentais, como as características de promoção e a escolha da melhor localização.
Localização
Falando em localização, se tratando de um negócio voltado para um público robusto e com alta exposição a fatores diversos, os especialistas recomendam cuidado especial com esse aspecto do negócio.
Devem ser levadas em consideração as necessidades operacionais e de expansão dos negócios. É fundamental averiguar aspectos como a acessibilidade do local, as condições dos serviços públicos, como água e esgoto, luz, gás, telefonia e internet, a vulnerabilidade a fenômenos naturais, a situação legal do imóvel e as leis que regulamentam e limitam a atividade comercial em geral e as específicas do setor.
Legalização
Para que a empresa seja legalizada, é preciso atender a diversas exigências. As etapas para a legalização são:
- Registro na Junta Comercial;
- Registro da Receita Federal (CNPJ);
- Secretaria Estadual de Fazenda;
- Obtenção do alvará de funcionamento junto ao município;
- Enquadramento na Entidade Sindical Patronal;
- Inscrição junto à Caixa Econômica (INSS/FGTS);
- Alvará do Corpo de Bombeiros Militar;
- Alvará da licença sanitária;
- Vistoria do DFA/SIV das instalações e equipamentos.
Uma recomendação fundamental é de que a empresa monte uma estrutura para zelar pelo cumprimento do Código de Defesa do Consumidor. Além de evitar problemas, contribui positivamente para a construção da marca, o que irá render dividendos mais à frente. O índice de satisfação do cliente é fundamental em um negócio em que as interações tendem a se repetir, com a possibilidade da criação de um relacionamento, que só pode ser satisfatório para a empresa.
Estrutura e operação:
Tomados os devidos cuidados estratégicos e legais, é a hora de começar a operar. Algumas recomendações específicas do setor devem ser seguidas à risca.
– A área ocupada por uma loja de autopeças deve ter de 80m2, em geral, a 100m2, no caso da necessidade de estoque de peças grandes, como para-choques, sempre levando em conta a possibilidade de ampliação do espaço físico caso o crescimento do negócio assim exija.
– A loja deve ter dispositivos de segurança, como alarmes e câmeras de segurança, sobretudo em grandes cidades, mas nada que torne o ambiente menos aconchegante e acolhedor aos clientes.
– A primeira impressão é importante. O cliente deve, ao entrar na loja, se deparar com um ambiente pintado em tons claros, com tinta acrílica, que dão sensação de amplitude, deve ter um mostruário de produtos e um balcão de venda. É preciso sempre lembrar que o cliente é um ser humano, que quer atenção e um atendimento tão simpático quanto eficaz. Iluminação, decoração e letreiros também são importantes. O carro não liga para isso, mas o cliente sim.
– A segunda impressão também é importante. Para que ela aconteça, é fundamental que o contato com o cliente seja qualificado em dois sentidos: o técnico e o pessoal. O relacionamento é de longo prazo, o cliente pode ser fidelizado, mas, para isso, precisa ser atendido por pessoas que estejam muito bem treinadas e atualizadas, já que o mercado automobilístico é movido a tecnologia e as mudanças não param. O nível de relacionamento também é fundamental. Um bom atendimento pode definir a continuidade da relação tanto quanto um atendimento ruim.
– Quanto à automação, é importante lembrar que, como nas mais diversas áreas de negócios, há produtos e empresas com especialização na implantação e gestão de soluções específicas para o setor automotivo. Convém procurá-las.
– Outro cuidado primordial, que vai ajudar a definir o sucesso do negócio, bastante ligado ao item anterior, é a gestão dos estoques. É preciso lembrar que não é a loja, mas o cliente que determina o prazo de entrega de serviços. Se a loja não está apta a entregar no prazo desejado, o cliente procura outro lugar. Perder cliente por má gestão do estoque significa, ao mesmo tempo, perder uma venda e a oportunidade de iniciar uma relação duradoura e lucrativa com o cliente.
Há outros aspectos importantes a serem levados em consideração. Os enumerados acima são, dentro da especificidade do negócio em questão, aqueles aos quais se deve dedicar uma atenção especial.
Conheça o eGestor, um software online para gestão de micro e pequenas empresas.
Boa tarde !
tenho uma loja junto com assistência técnica, trabalho com armas de carabina de pressao e,vendas estoques e assistências técnicas, gostaria de um sistema que usa-se tudo isso,
vendas, estoque,clientes,O.S…
Olá Deybson. O eGestor faz tudo isso. Vamos entrar em contato por e-mail com você.
olá boa tarde! gostaria de saber qual o valor de capital de jiro para montar um loja de peças elétricas para automóveis